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Melissa

Convencer minha tia a deixar a dormi na casa de Miranda, não foi muito difícil, bastou algumas palavras de Miranda e minha tia caiu feito um patinho. Eu me sentia péssima de fazer isso, mas eu nunca fui em uma festa, eu queria saber como era.

Agora eu estava aqui, no quarto de Miranda, com um vestido ridículo de curto, e vermelho, um sapato de salto alto, e passando uma maquiagem.
"Você vai ficar perfeita."

Miranda tinha essa mania de não me deixar me olhar no espelho enquanto me arrumava. Dizia ela que era para ter um impacto maior. Nunca entendi o que ela queria dizer.

Quando estava acabado, eu pude ver a obra prima. Eu estava realmente bonita, nem se quer parecia eu. Eu estava de sombra bem escura, e um baton marrom.
"Uau!" Digo, feliz. Miranda me olhava em admiração, me deixando constrangida. "O que foi?" pergunto a Miranda a olhando nos olhos.

"Você está realmente perfeita, de tirar o fôlego, todos vão ficar babando por você na festa."
Eu sinto o meu rosto esquentar, e dou um sorriso a Miranda, observei sua roupa e disse: "você também está ótima, vai chamar bastante atenção."
Diferente de mim, o vestido de Miranda era preto colado só que era mais cumprido que o meu, e rá bem mais decotado.

"Sempre neh querida, agora vamos terminar de ajeitar seu cabelo, ou você quer ele soito, desta vez."
Eu quase nunca ficava de cabelo solto, então dessa vez eu vou variar. Eu disse a Miranda que não precisa arrumar meu cabelo, então nos duas estávamos prontas.

Descemos as escadas com bastante cuidado, pois eu não queiramos chamar atenção dos pais dela. Passamos com sucesso pela escada, mas quando estávamos quase na porta, escutamos um barulho.
"A onde você vai dona Miranda, e quem é essa que estava com você?"

Nos viramos bem depressa, é nos deparamos com um homem loiro de olhos azuis, Calvo e pançudo, ele era bom velho para falar a verdade.
"Essa é minha amiga, Melissa, é nos vamos para uma festa, pai."
Como é que Miranda saiu daquele homem tão feio? Jesus Maria José.

"O que está acontecendo?" agora era uma mulher magra e alta de cabelo castanho e olhos verdes.
"Sua filha trouxe essa Mulata aqui para casa, e quer ir para uma festa com ela."
Eu precisei muito engolir a vontade de chorar naquele momento.
"Pai! Não fale assim da minha amiga!

"Isso mesmo, não fale assim menina!" disse a mulher ao babaca, depois dirigiu o seu olhar a mim. "Como se chama, querida?"
Eu engulo em seco, e respondo.
"Melissa Silva, senhora."
"De onde você conhece a Miranda?"
"Da escola."

De repente o pançudo começou a rir, Miranda, a mãe de Miranda e eu olhamos para aquele monte de estrume, esperando uma resposta.
"Mentira que eu pago uma fortuna naquela escola, para deixar gente desse povo estudar la, jamais."

Minha vontade, era de arranhar a cara de imbecil com minhas próprias mãos, ele é igualzinho a maioria dos meus professores.
"Cale a boca Frank! É sai daqui agora!"
"Mas..."
"Agora!"

É o idiota saiu pisando duro. Credo, como alguém pode ser casada com uma pessoa assim?
"Me desculpe Melissa, Miranda me fala muito de voce."
Olho para Miranda, e ela abaixa a cabeça toda tímida, o que era surpreendente, pois Miranda nunca ficava tímida."

"E o que exatamente, ela fala de mim?" pergunto em Tom de deboche, só pra irritar, Miranda.
"Ela vive dizendo que você é a melhor amiga que ela poderia..."
"Mamãe! Vamos logo Melissa!" Miranda me arrastava pelo braço.

"Alto lar mocinhas, posso saber a onde vocês vão, vestidas desta forma?"
"Vamos a uma festa mamãe." Miranda parecia completamente sem paciência.
"Ata, divirtam-se."

E ela saiu sem fazer mais perguntas, não sei o que Miranda tinha, para convencer as pessoas assim tão fácil. Já no carro, eu puxo conversa, com Miranda.
"Sua mãe é muito legal. Só o seu pai que é um escroto." digo em divertimento.

"Bom, é por isso que ela o trai com o personal dela."
"E por que ela não se divorcia dele? É mais fácil."

"Ele não deixa, não quer que ninguem saiba, com é a verdadeira vida deles."
"E ele também a trai?" eu pergunto, e eu me sinto uma idiota, e claro que trai, que pergunta boba.

"Trai sim, mas é com homem.
Eu agregado os olhos, e engasgo.
"O que?!"
"Pois é, é por isso que minha mãe tem poder naquela casa, você sabe que seria um grande escândalo."

Resolvo não perguntar mais nada e ficar em silêncio.
Chegamos a tão festa, e logo percebo que eu cometi um terrível erro ao vim para cá.
"Então o que achou?" Miranda parecia animada. Eu observei a festa, tinha de tudo. Pessoas bebendo, usando drogas, dançando, beijando, cantado, música alta... Aquilo literalmente não era para mim, mas é claro que eu não iria dizer isso a Miranda.

"É tudo..." eu paro de falar, em busca de uma palavra que pudesse resumir tudo. "Muito bom"
É Miranda não falou mais nada, simplesmente me arrastou ate o bar, é pediu uma bebida, na qual eu não entendi muito o nome, e me entregou, mandando eu beber.

Por pura pressão, eu tomei um gole, e surpreendente, eu achei bom.
"Ai que delícia." disse Miranda, e quando dei por mim, Miranda já estava no segundo copo, e eu nem estava na metade do meu.

"Vamos dançar!" e eu fui arrastada pela posta de dança. Eu não sabia o que tava fazendo, eu apenas fui seguindo os passos de Miranda. Eu estava toda desajeitada, mas quanto mais ai ia bebendo, mais solta eu ficava. Ao me virar, eu quase caiu no chão quando vejo Carlos me observando.

Ele sorri para mim, eu sinto que ele queria me dizer alguma coisa  com aquele sorriso. Eu simplesmente sorri de volta, mas um detalhe que me incomodou, profundamente, é que ele estava com uma loira. Uma mulher realmente muito bonita. Eu ignorei isso, e voltei a dançar.

Eu podia sentir os olhos de Carlos em mim, e toda a  em que eu olhava para ele, eu podia jurar, que ele estava me comendo com os olhos, ele nem se quer prestava atenção na mulher que ele estava.

"Ora, Ora, Ora! Olha quem estão aqui, as meninas mais desinteressantes do planeta."
Tinha que ser a vaca da Rebeca, puta que pariu, essa idiota tem que me atormentar até fora da escola?

"O que você faz aqui, Rebeca?!" pergunto tou Miranda, com raiva.
"Ué queridinha, aqui é uma boate, você não sabe? É pública! Eu só não entendo o que essa macaca está fazendo aqui."

Antes que Miranda pudesse responder por mim, eu respondo.
"Como você mesma disse rebeca, a boate é pública, qualquer um pode vir aqui."
Rebeca da uma risada debochada.

"Mas você é menos, que qualquer um, não entendo como as você conseguiu entrar em um lugar tão elegante como esse. Ah já sei! Com certeza essa idiota, pagou para você entrar, claro ela tem que ser caridosa, com os mortos de fome."

Alguma coisa dentro de mim se quebrou, eu realmente fiquei puta.
"Olha aqui sua puta...! Eu já estava indo para cima dela quando eu senti, um par de braços músculos, agarrarem minha cintura.
"Ooooopa, calma princesa, sem escândalo."

Eu conhecia aquela voz, era a voz de Carlos.
"Professor?" a quenga da Rebeca teve coragem de se fazer de vítima. "Vê professor, como essa Mulata é, ela já ia me agredir."

Se não fosse Carlos me segurando, eu já teria ido pra  uma daquela  cachorra, a tempos.
"É lógico! Não tem problema ir para cima de putas, igual a você."
A boate já estava quieta, ficaram arregalaram os olhos e colocaram a mão na boca. E Rebeca ficou vermelha de ódio."

"Eu vi tudo que estava acontecendo, e Rebeca, voce esta errada, deixe Melissa e Miranda em paz."






Nadando Contra A EscuridãoOnde histórias criam vida. Descubra agora