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Melissa

Tudo foi ótimo, não tinha nada errado, a não ser pelo fato, de que Carlos ficou o tempo todo olhando para minhas pernas e se vez em quando pros meus seios.

Carlos até que era bem divertido, ele é bem diferente do que eu vejo na sala de aula, nada haver com o cara azedo que já entra na sala bufando.

É claro que eu me sinto uma idiota por ter quase contado a ele o que aquele porco nojento quase chegou a fazer comigo. Óbvio que o clima entre nos estava bem sério. Ele estava muito pensativo enquanto dirigia, enquanto o ônibus ia seguindo bem na nossa frente.

Tudo estava bem, até que eu, por acaso, passei olhar no short do professor Carlos. E pasmei, eu vi que ele estava ereto. arregalei os olhos, e olhei para ele, e ele fingindo que nada está acontecendo.

Meu Deus do céu, o que será que ele ta pensando para estar assim?
"O que foi?" ele pergunta com a uma das sobrancelhas levantadas, devo ta parecendo uma bobona olhando para ele daquele jeito, por Deus, como se eu já não tivesse visto um homem excitado na vida.

"Nada" e olhei a estrada" "Nossa, ta demorando para chegar neh?"
Ele sorriu para mim. Um daqueles raros sorrisos, deixava qualquer a vontade.

"Calma, logo estaremos lá, espero que esteja pronta para o que preparei para você."Olho bem nos olhos dele, ele tinha olhos tão escuros que eu até poderia me perder neles. Ele passou os olhos para os meus lábios, foi tão rapido, que se eu tivesse olhando diretamente para ele, eu não teria percebido.

"Sim professor, eu estou prontíssima"
Eu disse com o tom de malícia, o que era estranho, porque eu nunca sou maliciosa. Carlos pareceu desconfortável, e voltou seu olhar para estrada.
Eu sorri, era tão divertido deixa-lo sem jeito. Acho que vou fazer isso mais vezes.

"Chegamos"Eu estava quase dormindo, quando escutei a voz dele, olhei no meu relogio e vi que era quase meio dia.

"Meu Deus, ficamos quatro horas na estrada?"

"Não, eu fiquei quatro horas na estrada, você só dormiu."
Ele estava sério, pronto, voltamos ao mesmo professor sarcástico e sem noção que eu sempre vejo na sala de aula. "Nossa, não precisa ser grosso."

"Não estou sendo grosso, apenas irônico"
Revirei os olhos "Mesma coisa" abri a porta do carro e sai.

O lugar um cheio de árvores e mato, as pessoas já estava se acomodando, todos pareciam feliz e bem dispostos. Meu professor tirou a mala do carro. Na verdade era to uma mochila como a minha.
"Não tem nada que precise pegar no carro?"

Eu balancei a cabeça em negativa.
"Você ao trouxe só isso ai?"
"Só, só minha barraca e minhas roupas."

"Turma do terceiro ano, junta todos aqui!"
Era o diretor, e ele estava mais sorridente do que nunca. Será que usava alguma droga para se manter sempre sorrindo?
Eu fui correndo até lá, mas a maioria dos alunos eram muito mais altos do que eu, eu não conseguia ver o que estava acontecendo, até que eu sentir alguém apertar o meu braço.

"Vem comigo" era Carlos, ele me arrastou entre as pessoas e nos acabamos acabamos lá na frente, deu para ver a figura assustadora do diretor.
"Vocês poderão fazer o que quiseram nesse acampamento com a supervisão dos seus tutores, certo?

"CERTO!!!"

A turma foi dividia em duas, cada uma com um professor diferente como tutor.
Meu grupo ficou, sem nenhuma surpresa com professor Carlos, a outra ficou com Rodolfo.

Infelizmente Rebeca e sia, ficaram no meu grupo.
Já começou com o pé esquerdo já.
"Nos vamos fazer uma trilhas até o lago, levem suas mochilas, por favor."Foi que o que fizemos. Deixei minha mochila em qualquer lugar dentro do ônibus.

O professor estava de costas para mim mexendo no celular. Eu fui bem de mansinho atrás dele, quando eu eu cheguei perto, eu pulei nos ombros dele.

"Bum!!!
Ele pulou de susto, e me olhou assustado, e eu dei risada.
" Você é realmente maluca de pular em cima do seu professor assim do nada.
"O que vai fazer, me reprovar?" De novo aqueles olhos escuros passou pela minha boca, e eu abaixei a cabeça envergonhada.

"Oii professor, como o senhor esta? "
Era Rebeca, affs, tinha que ser ela para acabar com meu dia.

"Olá Rebeca."
Ele disse daquele jeito seco, não julga, quem suporta a voz insuportável dela? Credo.
"Olá, como vai, Menina."
"B... Bem, e o... O meu nome é... É Melissa."
"Credo, você gagueja demais para falar mulher, que horror."
Ela começou a rir. Como sou uma verdadeira idiota, eu me encolhi mais ainda e abaixei a cabeça.

"Chega senhorita Chaves"
Rebeca nem ligou, simplesmente começou a olhar o celular.
"Não tem sinal, aqui nesse fim de mundo?"
O professor olhou para ela com cara de deboche.
"Não senhorita Chaves, aqui é um acampamento ao ar livre, ou seja, nada de aparelhos eletrônicos."

"E vai ter o que para fazer aqui?"
"Ué, tem um lago a pouco quilômetros daqui, carregar lenha para fogueira..."
"Ai que horror, meu pai foi muito incoveniente com essa viagem horrível. Não tem nada de bom para fazer."

"Atenção grupo 1, vamos começar a caminhar, agora." o professor ignorou ela, a deixando furiosa.
Todos vieram correndo até nos, pareciam bem animados, e felizes, menos claro, a rabo seco da Rebeca.
Nos fizemos uma fila única e seguimos caminho, que foi muito longo para o meu gosto. Nem sei mais mais quantas pessoas, já reclamaram que estava muito longe.

Nadando Contra A EscuridãoOnde histórias criam vida. Descubra agora