Nadando Contra A Escuridão

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Melissa

Só podia ser sacanagem, até aqui, o meu professor lindo e gostoso esta? Eu estava em apuros, pois hoje ele estava mais bonito que o normal. Estava mais elegante, mais apessoado. E eu não estava a mais atraente das pessoas, afinal, eu estava vestida como uma serviçal.

Coloquei os benditos pratos a mesa de jantar como Raquel mandou, eu já ia saindo na sala de jantar, mas logo bato minha cara em um peitoral musculoso, olho para cima de vejo o rosto dos meus sonhos ardentes: Carlos Gonçalves.

"Me desculpa, senhor..."
"Não me chame de senhor.
Credo, pra que falar nesse Tom comigo? Carlos estava me olhando como se quisesse me comer viva, e a mãe dele olhava para Carlos com reprovação, mas não disse nada.

Por que será que ele esta tão puto assim? Sem dizer mais nada, eu saio da sala de jantar, e vou para cozinha, lá pelo menos eu vou estar longe da vista de Carlos.
"Ah, finalmente esta tudo pronto, agora é só esperar os convidadas chegarem.

"O meu professor de matemática, e o Carlos Gonçalves." digo sem pensar, e isso parece acordar minha tia.
"O que?"
"Meu professor é..."
"Essa parte eu ouvi, mas é o de cara fechada?"
"Sim"

"Ata, que coincidência!"
Ela parecia até mesmo animada com isso. Por fora eu até parecia normal, mas por dentro, me coração estava pedindo socorro.
Eu e minha tia, saímos da cozinha e fomos até a Raquel, em busca das novas ordens.

"Ohh queridas, não precisa se preocupar, apenas fiquem a espera de todos chegarem.
E foi o que fizemos, esperamos, e não deu nem 5 minutos, e as pessoas começam a chegar. Primeiro foi um casal de pessoas de meia idade, que no caso, eram tios de Carlos, depois apareceu outro casal, que também eram tios de Carlos.

Essas quatros pessoas que apareceram, eram completamente esnobes e hostis. Raquel e Carlos pareciam muito desconfortáveis em recebe-los. E foi chegando mais gente, deveria ter umas 10 pessoas agora.
E então, Juliano, vestindo um Jens e camiseta bem simples, desceu as escadas com uma cara de poucos amigos.

Todos também foram cumprimenta-lo, mas ele parecia mais distante que os outros.
"Meu Deus, por que não foi logo pegar um refresco para nos, garota?"
Quem esse velho pensa que é? Affs, me lembrou o jeito que aqueles cretinos do meus professores falavam comigo.

Olhei para minha tia que estava ao meu lado, ela me olhou com a mesma indignação que eu, mas logo ela fez um aceno com a cabeça, e eu fui para cozinha, pegar os refrescar, antes que esse velho mucho grite outra vez.

Sebastian era o mordomo com a aparência mais esquisita que eu já vi, mas pelo menos ele era simpático.
"Aqui, vá rápido, se não eles vão acabar com você."
E acento, e volto para a onde estava os convidados, com uma bandeja cheia de copos de refresco

Vou passando de um em um, perguntado a mesma coisa.
"Gostariam de um refresco?"
Alguns diziam que sim, outro que não, até que eu cheguei no velho rabugento, que foi rude comigo.

"Gostaria de um refresco, senhor?"
Ele estava todo sorridente, conversando com a mulher tão velha quanto ele. Eu julgava que poderia ser a esposa dele. Mas logo a cara dos dois fecham assim que me vêem.

"Até que fim, agora saia da minha frente!"
Minha vontade era de jogar o refresco todinho nele, mas eu engulo a raiva, e saio.
Percebo que a bandeja estava vazia, eu corro de volta para cozinha, pegar os aperitivos que eles pediram.

"Melissa, será que você pode me fazer um favor?"
Era Juliano, o que ele poderia querer de mim uma hora dessas?
"Diga, mas seja rápido."
"Será que poderia passar o telefone da sua amiga para mim?"

Olho para ele desconfiada.
"E por que você nao..."
"Rápido, garota!"
Era a voz daquele velho nojento.
Eu pego a bandeja de aperitivos, e saio da cozinha, penso que Juliano falou alguma coisa, mas não escuto, pois eu preciso correr contra o tempo.

Vou direto no velho que chamou, na qual me trata de novo com ignorância.
Eu vejo Carlos conversando com um homem, assim que ele me vê, eu desvio o olhar, e volto a servir os outros. Até que cheguei em Carlos, que agora estava sozinho.

"Aceita um aperitivo, se..." o olhar de Carlos, era claramente um aviso, para eu não continuar aquela frase." ... Car...los."
E então seu rosto suaviza, ele sorri, e pega um bolinho de carne que estava na bandeja.
"Então, é você que veio ajudar a sua tia? Realmente, é muita coincidência."

"Realmente, uma grande coincidência."
"Sentindo falta da escola?"
"Nem um pouco."
Digo em Tom de brincadeira. E ele também parece relaxar.
"Eu sinto, me sinto mais confortável lá, do que aqui."

"Meu Deus será que esses bolinhos não chegam? Que demora!" agora era uma mulher falando.
"Da pra ver o por quê."