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Carlos

Hoje eu finalmente voltaria a ser professor, depois de finalmente consegui resolver o meu caso na justiça.
Ao mesmo tempo que eu me sinto bem com isso, eu me sinto péssimo, afinal eu teria que enfrentar alunos mau educados e que não respeitam nem um pouco o meu trabalho. Mas isso faz parte da vida de um professor, tudo o que podemos fazer e ter paciência.

Vou ao banheiro e e tomo um banho. Pego uma camisa e uma calça social, e meu sapato, arrumo meu cabelo, e coloco terno, e pego minha mala e saiu de casa.

Vou ao meu carro e dirijo até a escola, eu nunca dei aula no colegio Santa Cruz. Eu nuca fui um daqueles professores bonzinhos que deixava os alunos fazerem o que quisessem, e ficar de sorrisinho pelos cantos. Sempre fui ético e responsável, nunca cometi nenhum erro grave como professor, e podia dizer que eu não era o professor favorito de ninguém.

Eu não me importava nem um pouco, afinal o meu trabalho era ensinar matemática, não ser amigo dos meus alunos, os alunos e até professores já me chamaram de chato. Eu não ligava.

Quando eu cheguei ao colegio, já fui recebido pelo diretor da escola.
"Olá senhor Gonçalves, preparado para o primeiro dia? "

Eu não gostei desse cara, aquele sorriso de crocodilo não me desceu.
"Boa tarde diretor, sim me sinto preparado"
Isso era meio verdade e meio mentira, estava preparado para ensinar, não para conhecer aquelas pestes.

Ele sorriu falsamente e depois pois a mão no meu ombro.
"Ótimo, me deixe apresentar a escola.
Então ele começou a me mostrar cada canto daquela escola, não podia negar que aquele colegio, era bem estruturado.
Então o sinal tocou e entramos na primeira sala que eu iria dar aula, bem aquela seria a única sala do ensino médio que eu daria aula.

Ao passar pela porta, eu prestei atenção em casa aluno e aluna naquela sala, pra indentificar com qual deles eu teria problemas.
Mas um dos rostos daqueles quarenta alunos, me chamou atenção, era uma jovem negra que estava encolhida no canto da sala, ela tinha um olhar triste e cabisbaixo, mas não deu para ver muito bem, porquê assim que percebeu que eu estava olhando diretamente para ela, ela abaixou a cabeça.

Eu, por um milésimo de segundo observei o seu decote, e pude perceber que tinha os seios bem avantajados.
E claro, como um bom professor que eu era, me condenei por isso, eu nunca pensei assim de uma aluna na minha vida, de todos os anos que já fui professor, aquela era a primeira vez que aquilo acontecia.

A aluna só levantou a cabeça de novo, quando o diretor começou a falar.
Como sempre achei o sorriso daquele homem falso, e senti alívio, quando saiu da sala. Assim eu começo minha própria apresentação, e falo em tom bem severo, as minhas regras e o que eu espero da turma.

Mas pelo visto eu consegui assustar a sala toda, então eu sem querer volto meu olhar para aquela aluna misteriosa, que estava de novo de cabaça baixa, então ela me encarou de volta, e por impulso e perguntei o nome dela.

Mais uma vez ela abaixou a cabeça, e sinceramente, aquilo já estava começando a me irritar, e ela respondeu tão baixo que eu não entendi nada, então pedi para ela responder mais alto, ela se encolheu mais ainda, e tentou novamente, mas os alunos do fundo começaram com as risadinhas bestas e ela parou, eu já estava prestes a dar um bronca em todos eles, mas a aluna do lado da menina muda respondeu.
Eu voltei olhar para a intrometida, para reprender, mas eu percebi que a tal Melissa já estava muito desconfortável, resolvi seguir a diante. Perguntei o nome de cada um, afinal era o Protocolo, por mim eu ficava sem saber o nome de todos. Ao terminar, finalmente eu pude começar a minha aula.

"Bom alunos, vamos começar com um exercício simples, imagino que todos devem saber a fórmula de bhaskara.

Todos disseram sim, menos Melissa que ficou de cabeça baixa e não falou mais uma palavra a aula toda. Então, já que todos sabiam a fórmula, eu passei uma folha de exercícios com problemas para eles responderem, eram duas aulas, então daria tempo suficiente para todos responderem. Um aluno levantou a mão.
"Diga"
"Vai valer nota? "
"Vai valer dois pontos na média"
E todos começaram a resmungar, e eu já me irritei, digamos que eu não sou um homem de muita paciência.

"Silêncio, parem de resmungar, além do mais eu estou dando dois pontos praticamente de graça, esse e um conteúdo básico, e quero testar para ver se vocês sabem, e quem não souber, vai ficar sem nota, que mandou não prestar atenção. Agora façam, se não vai dar tempo, e o próximo que abrir a boca vai direto para diretoria"

Todos pareciam não ter a mínima dificuldade para fazer, o que eu achei ótimo, era um absurdo alunos de terceiro ano de encino médio não saberem uma fórmula tão simples como a fórmula de bhaskara, ainda mais em um escola como aquela.

Aproveitei o tempo para colocar as coisas em ordem no meu notebook, depois eu teria dar aula no fundamental, o que eu sabia que iria ser uma barra, mas por um instante, eu olhei para Melissa, ela estava olhava para a sua folha com concentração, mas não escrevia nada. Eu a observei, ela lambia os lábios enquanto observava a sua folha, ela parecia não entender nada, e eu estava me perguntado, o por quê eu a estava observando tanto assim, e por aquele pequeno movimento com os lábios me deixou tão desconfortável de repente.

Voltei a minha atenção para o que eu estava fazendo, e programei todos o meus horários.
O sinal tocou e pedi para me trazerem a as folhas, Melissa olhou com os lhos arregalados o que indicava que ela não havia terminado. Um a um os alunos vieram com suas folhas, até que chegou a vez dela, ela parecia envergonhada e intimidada, e ela continua vai de cabeça baixa, quando ela se levantou, eu não pude evitar olhar o seu corpo, e percebi o quanto seu quadril era largo, por conta daquela saia apertada, eu nem me concentrei na folha em sua mão. Ela me deu sua folha e eu agradeci, então ela deu as costas, e eu não podia ignorar que ela tinha uma bela traseira também.

Mas logo tratei de afastar esses pensamentos, me sentindo envergonhado.
"Bom turma até aula que vem."
E sai. Eu não deveria ter esses pensamentos sobre uma aluna, era antiético e errado. Era nojento pra falar a verdade. Mas por Deus, aquela era uma verdadeira gostosa, era impossível qualquer homem não ficar interessado, mas eu não poderia, jamais, eu levava meu trabalho muito a sério. E tinha certeza que aquilo foi um interesse passageiro. Ela era só uma aluna muito bonita e nada mais.

O dia passou do jeito que achei que passaria, com muitos altos e Baixos.
Quando que eu finalmente cheguei em casa, fui tomar o banho, e depois fui corrigir as folhas que eu dei ao terceiro mais cedo.
Tudo ia bem, os alunos não parecia ter nenhuma dificuldade com os problemas que eu passei, que bom pois o conteúdo que eu passaria agora pra frente teria muita fórmula de bhaskara.

Mas ao pegar a prova de Melissa, tive uma pequena surpresa, a sua folha estava em branco. Completamente em branco, não havia um cálculo ou resposta na folha. E só tinha duas explicações para aquilo, ou ela não sabia como fazer, ou ela estava de brincadeira com minha cara.

Eu fiquei chateado, amanhã eu teria uma conversa bem seria com ela, eu terminei de corrigi as folhas e fui dormi, pensando em todas as coisas que eu iria dizer a ela.

Nadando Contra A EscuridãoOnde histórias criam vida. Descubra agora