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O professor Carlos passou aquela maldita folha de bhaskara para nos, e eu imediatamente começo a orar as todos os deuses e deusas que eu poderia imaginar.

Como eu havia dito, eu nunca consegui entender matemática, e o último professor de matemática que eu tive, era o Marcos, era um homem velho e pançudo de cabeça branca, que me odiava com todas as forças.

Eu nunca foi boa em matemática, mas isso não significava que eu não era interessada. Perdi as contas de quantas vezes eu tinha pedido ajuda a Marcos, ele na maior ignorância recusava.
Até que teve um dia que ele resolveu me ajudar, em particular. Eu fiquei feliz e surpresa, nos tinhamos marcado de nos encontrar na biblioteca na hora do almoço.

Eu até que estava entendendo o que Marcos falava, mas de repente eu senti as mãos daquele velho asqueroso subindo minhas pernas, e imediatamente eu me levanto e confronto ele, e eu tinha certeza que nunca mais ela iria esquecer daquele sorriso de lobo, e as palavras cruéis que ele disse.

"Do que você está reclamando? Você e uma preta burra que precisa de ajuda, e eu preciso de um bom carinho, vamos menina eu só quero um agrado.


Eu começo a chorar e pego minhas coisas e saiu sem dizer nada, deixando o homem furioso, aquilo aconteceu no primeiro ano que entrou naquela escola, depois da pandemia.

A partir daquele dia, o professor ficou ainda pior, chegou ao ponto de ele não passar mais nada para mim.

Então eu desisto da matemática, eu não me importava, só me interessava quando estava perto da prova. Pedia ajuda a minha tia Bianca, que era ótima em matemática. Eu não prestava atenção, eu só copiava as respostas no braço e ia pra escola, e passava com a maior nota.
Marcos ficava furioso, mas eu não me importava, era fácil fazer ele de trouxa.
Ele morreu no ano passado de infarto.

Agora era outro professor, e ele não parecia ser um otário. Eu não pude evitar olhar para ele, e ouso dizer que nunca tivemos um professor tão bonito assim.

O tempo pra resolver os exercícios era longo, mas eu olhava para folha, e não enuncia nada. Entao a entreguei em branco, Foda-se que eu iria levar bronca, eu já era humilhada por todos mesmo, mais um não iria fazer diferença.

Na hora do intervalo e eu minha amiga sentamos juntas e começamos a conversar.
"Então o que achou do novo professor de matemática?"
Miranda me perguntou de forma maliciosa, e eu como sempre me fingi de demente.
"Eu achei ele igual a todos os professores. "

A verdade e que não tinha muito o que dizer dele, a não ser que era um gostoso, mas ele mal falou na sala de aula, e o pouco disse, era suficiente para dizer que era um homem sem nenhuma paciência.

"Eu não estou falando disso, estou falando se você achou ele um gato, porque eu achei, todas as meninas da sala ficaram babando por ele."
" Eu não tinha percebido" Era verdade, afinal eu fiquei quase toda a aula de cabeça baixa, eu não prestei atenção no que estava acontecendo ao meu redor.

"Eu só achei um absurdo ele passar exercícios logo no primeiro dia, sem explicar nada. Você achou difícil? "
Eu olhei pra ele e arregalei os olhos.
"Na verdade, eu não coloquei nada, deixei a folha em branco. "
Miranda arregalou os olhos em surpresa, e começou a rir.
"Amiga, vc está completamente fudida, meu amor, como você deixa a folha em branco mulher?
Eu dei de ombros, e disse.
"Eu não me importo, você sabe que os professores de matemática não foram muito gentis comigo antes. "
A partir daí, nos começamos a comer, e Miranda começou a falar de coisas fúteis, como o fato de seu pai ter abaixado sua mesada por conta do seu gasto execivo.

Nadando Contra A EscuridãoOnde histórias criam vida. Descubra agora