67: final

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Carlos

Eu simplesmente não consigo entender o porquê eu não posso ver minha família agora, eu estava acordado e bem, mas é claro que eles tinhas que me anestesiar de novo, enfim, acordei de novo naquele leito, pós observação, e graças a Deus, os médicos deram permissão de visita.

"Meu filho!" Diz minha mãe vindo diretamente me abraçar, junto ao meus outros familiares, inclusive Melissa, que estava com um lindo sorriso no rosto, ela parecia bem alivia em me ver.

"Onde está Juliano?"
O sorriso de Melissa morre na hora, a preocupação me toma por completo, pensando que ele tinha morrido. Eu poderia não gostar muito de Juliano, mas com certeza eu não queria ele morto.

"Ele ainda não acordou." solto um suspiro de alívio, pelo menos ele não está morto, não é mesmo? Depois de muitos abraços e beijos de Fernanda e de Raquel, eu pedi para ficar a sós com Melissa, que surpreendentemente, minha mãe deixou sem questionar. Eu logo perguntei a Melissa o que aconteceu depois que eu apeguei.

"Bom, tive uma conversa com minha mãe, ela admitiu que tinha matado minha tia, e depois de eu gritar todas as minhas frustrações, ela meteu uma bala na própria cabeça, sem qualquer motivo."

Eu podia ver que Melissa estava se segurando para não chorar naquele momento.
"Vem aqui." e ela veio, eu a abracei, mas ela não chorou, simplesmente me abraçou com força. "Eu sinto muito." na verdade, eu não sentia nada, mas eu também não vou um insensível.

Ela se afasta de mim, e faz uma carinha irônica.
"Sente nada!"
"Mas é claro que eu sinto..."
"Não precisa, Carlos."
Então eu fico calado. Mas não por muito tempo.

"Agora que sua mãe morreu, como fica?"
Melissa me olha confusa.
"Como fica o que?"
"Todas as nossas preocupações e inseguranças, durava em torno da sua mãe, provavelmente, nos vamos ter que dizer aos polícias o que aconteceu naquela estrada, quando eu me recuperar, que quero saber se você ainda vai querer continuar comigo."

"Carlos..."
"Sei que não é o momento para falar disso, mas vai demorar muito para voltarmos a tocar no assunto de novo, então me responda Melissa, sem exitar, você vai querer casar comigo?"

Ela respira fundo e responde.
"Carlos, é óbvio que eu quero me casar com você, mas sem pressa, agora nós podemos esperar um pouco mais."
Eu respiro aliviado por saber que ela ainda quer se casar comigo, eu queria dar um beijo nela, agora.

"Ai que alívio." então Melissa começa a dar risada. "Do que esta rindo?"
"Nada, é que eu acho estranho que depois de um acidente, e de eu contar de um suicídio, você esteja pensando em casamento, com certeza, o último romântico da terra."

"Melissa, eu sei que é estranho, mas, acho que sofremos o suficiente por causa da sua mãe, a partir de boné, eu só quero pensar em alegria, e não em tristeza."

"Lógico, ela não era ninguém para você!" eu não sei se Melissa realmente esta ou não chateada, ou se é ironia dela.
"Na verdade, ela era minha sogra louca que tentou me matar com cobras e tiros, e me fez sofrer um acidente de carro."

"Voce sabia a sogra que tinha." diz ela cruzando os braços.
"Falando sério, como você está?" a atmosfera fica completamente tensa agora.
"Eu não sei, aconteceu tudo tão rápido, eu ainda consigo entender o porquê ela fez isso, na realidade, eu não sinto nada, agora, fiquei em choque na hora, mas depois, eu... Me senti meio que aliviada."

Ela não era a única a se sentir aliviada, finalmente teremos paz, é claro que nos ainda vamos ter que ir a delegacia, para dizer o que houve, com certeza aquilo não iria passar em branco. Mas seria fácil de resolver, afinal, nos não cometemos crime algum. Obviamente, eu vou esconder a sete chaves, que matou o padrasto de Melissa, era uma informação que ninguém fora minha família, precisava saber, já que Suzane estava morta.

"Bom, com o tempo e com muita terapia, a gente supera esses traumas."
Ela ri e depois nos abraçamos. De repente minha mãe entra com alvoroço dentro do quarto.
"Juliano acordou!"

A alegria foi forte no meu peito, lógico que eu pedi aos médicos para poder me colocar em uma cadeira de rodas, para poder ver o meu primo que amo odiar.
Ao entrarmos dentro da sala, eu vejo Miranda ao lado de Juliano. Meu primo estava com uma faixa em sua cabeça, estava cheio de hematomas no seu rosto.

"Você está com uma cara horrível." minha mãe me da um beliscão no braço, e Juliano da risada.
"Você não está muito diferente priminho."

Semanas depois...

Graças a Deus, eu e Juliano nos recuperamos bem, óbvio que eu vou mandar por um bom tempo, mas nada muito sério. Lógico que nos respondemos a polícia, mas logo tudo foi resolvido, eu voltei a dar aula, fizemos um velório para a mãe de Melissa, não que merecesse. A vida continuou normalmente.

Melissa e eu conversamos e decidimos nos casar depois que ela fizer uns 25 anos, já que na concepção dela, 18 anos é muito nova para casar, eu nem me importei, afinal de Contas, ela vai continuar sendo minha.

Juliano e Miranda finalmente assumiram um relacionamento, e estão noivos.

Fim🥰



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