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Carlos

Onde é que eu estava com a cabeça, quando eu resolvo sair do meu santuário... Que no caso era o meu quarto, para fazer companhia a essas duas mulheres? Por Deus, Samantha estava mais insuportável do que nunca, minha mãe como sempre estava tentado agrada-la. E Samantha ainda tinha a chatice de ainda se comporta como se fosse minha mulher.

Da uma raiva isso. Em primeiro lugar, eu não entendo o porquê ela insiste em ter minha mãe como médica dela, em segundo, por que minha mãe aceita? Por dinheiro não é, e elas não tem mais a mesma amizade de antes, a única opção que resta é que ela está me punindo. Será que ela ainda acredita que eu sou culpado das loucuras de Samantha?

"E então Carlos, como vai o seu emprego medíocre de professor?"
Medíocre? Ela nem mesmo tem um emprego!
"Vai bem." respondo secamente. E minha mãe logo muda assunto.
"Nossa, Melissa esta demorando com essa xícara!"
Era verdade, eu só espero que ela não esteja de gracinha com Juliano, ou algo assim.

"Vocês podem continuar sem..."
"Trouxe sua xícara, Carlos!"
Ela serviu a minha xícara. Por algum motivo, Samantha olhava para Melissa com nojo, e isso me deixou puto. Ela que é a intrusa aqui!
"Muito obrigado, Melissa."
Melissa arregalou os olhos para mim, mas então ela voltou a postura de antes e respondeu com um seco de nada.

"Essa negrinha é muito atrevida, não acha Raquel?"
É o que? Como ela pode falar assim? Se controla Carlos, se controla! Você não pode ir preso.
"Não acho, ela serviu tão bem ontem, e ela parece ser tão boazinha, não pude resistir em contra-la."

"Mas você sabe que esse povo não é confiável confiável."
"Que povo?"
Eu pergunto, sem rodeios, eu até posso aguentar isso na escola, mas aqui na minha própria casa, nem pensar.
"Ora Carlos, não se faça de inocente, ela pode ter uma família de traficantes, ela pode acordar uma noite é..."

"Pelo menos ela não matou um bebê ainda na barriga, só porque ele não era mais útil!"
O rosto de Samantha caiu, é minha mãe tomou um susto. Eu seu que eu estava sendo rude, mas eu não me importo.
"Carlos...!
"O que? Você sabe o que ela fez! Por que insiste em recebe-la aqui?"

"Bom, eu sou médica e..."
"Você se aposentou a anos! Eu quero saber o por que voce insiste em coloca-la aqui dentro, mesmo sabendo que eu estou aqui!"
As duas ficaram quietas, e isso me deixou ainda mais irritado.
"Esta bem, se não querem me falar..."
Então eu sai, ainda furioso, ouvi minha mãe me chamar, mas eu a ignorei.

Já dentro do meu quarto, eu pude respirar, contei até dez na minha cabeça, para evitar quebrar ou jogar as coisas pelos ares. Como aquela mulher pode falar assim da minha Mel? Oh mulherzinha insuportável! Ouço uma batida na porta, rudemente eu pergunto quem era, mas a pessoa não me responde, apenas entra.
"Sua mãe quer falar com voce."

Era Melissa, e ela parecia uma pouco desconfortável.
"A megera já foi?" Ela abaixou a cabeça e se encolheu.
"Sim, ela acabou de sair."
"Você ouviu tudo né?"
Ela se encolheu mas ainda, envergonhada. Eu sorri para ela e levantei o queixo dela.
"Esta tudo bem, não teria como você não ter ouvido mesmo, Doce Mel."

Ela me olha com cara de confusa.
"Eu realmente não te entendo, uma hora você esta puto comigo, e em outra você esta me chamando de Doce Mel."
Fico sem resposta para aquilo.
"Eu peço desculpas... De novo, mas vamos combinar que você também não é a pessoa mais fácil de lidar."

Ela solta uma risadinha, mas logo ela fica mais quieta.
"Bom, eu vou avisar a sua mãe que você já vai vê-la."
"Espera"
Eu a seguro pelo braço, mas sem apertar e a viro docemente para mim, ela me olha nos olhos, e vejo aquele brilho lindo neles.
Eu pego o rosto dela, e a beijo, mas é um beijo calmo e sem pressa, era tudo o que eu precisava para o meu dia melhorar em cem por cento.

Melissa passa os braços ao redor do meu pescoço, é aprofundou o beijo, nem eu nem ela se importou com nada além de nos. Eu senti meu corpo começar a esquentar, foi ai que eu percebi que estava ficando duro, e se não parasse agora, a coisa iria seguir para frente, e infelizmente, nos não estávamos com tempo.

Eu parei o beijo chupando o seu lábio inferior, ela abriu os olhos bem lentamente, seu rosto estava vermelho, e seus pesados de desejo, assim com deveriam estar os meus também. Estava na cara que ela queria seguir em frente.
"Agora pode ir."
Ela não fez cara de brava nem nada, apenas seguiu o seu caminho, e eu fiquei la, com vontade de puxa-la e terminar o que começamos.

Já no escritório de minha mãe, eu já pude notar que eu estava em apuros. Eu bem sentei e esperei o sermão vir.
"Filho, por que disse aquilo?"
"Porque é verdade." respondo sem rodeios. Minha mãe faz cara de decepção, mas eu já entendi que aquilo era uma chantagem emocional.

"Ela era uma visita..."
"Por que recebe ela aqui, mesmo sabendo que eu estou morando aqui também. Você parece esquecer tudo o que ela me fez passar.
"Eu não esqueci, mas é ela que insiste, não eu. Eu só fui educada."
"Mamãe, ela é uma psicopata, ela é um monstro. Fala a verdade. Você me culpa por tudo o que ela fez não é?"

Ela não responde de imediato, mas logo ela diz que não, que coisa da minha cabeça é blá, blá, Blá.
"Então me diz, porque eu não entendo. Uma pessoa como ela não merece nenhum tipo de educação e gentileza."
Ela se encolhe, sem saber o que responder. Esse é o mal de minha mãe, ela não consegue perceber o ruim das pessoas, mesmo quando elas não tem mais salvação.
Deve ser por isso que ela demorou tanto para perceber com quem ela estava casada.
"Meu filho... Mesmo estando aposentada, eu ainda sou médica, tenho um dever com

as pessoas, mesmo com as piores morais.
"Eu não vi ela falar nada sobre a saúde dela hoje, e também não faz sentido ela aparecer em jantares familiares, sendo que ela nem é mais nada da nossa família." De novo ela fica sem resposta. "Eu acho que no fundo, você sabe que Samantha é má, eu só não achei as provas ainda, mas você que ela tem a pior índole possivel, isso nunca foi um segredo.

Eu saio do cômodo com essas palavras, eu não tenho mais fôlego para ficar aqui dentro, esse lugar já estava me sufocando.
Chamo Sebastian.
"Me chamou?"
"Sim Sebastian, quero que chame Melissa para mim, agora."
"Mas..."
"Agora Sebastian, sem discussão."
Então ele vai atrás do meu anjo caído do céu.





Nadando Contra A EscuridãoOnde histórias criam vida. Descubra agora