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Carlos

Já era de noite,e eu estava no belo jardim de minha mãe quando eu sentir as pequenas mãos de Melissa em meus olhos.
"Adivinha que é."

Eu demoro um pouco para responder mas depois digo.
"Eu acho que é a garota mais linda do mundo."
Eu sorrio com isso eu me viro, ela estava com um baita sorriso no rosto. Eu a agarro  pela cintura, e a beijo.

"Achei que estava brava comigo."
Nos separamos, e então ela faz uma cara de séria.
"E estou, não gosto que falem comigo daquele jeito tão rude."
Eu fico serio.
"Me desculpa, eu..."
"Não se preocupa, mas que não se repita, ouviu?"

Eu sorrio e dou outro beijo, mais ai ela começa a se tremer todinha
"Com frio?"
Ela respondi que sim, e eu dou minha jaqueta, e nos nos sentamos mas duas cadeira que tinha no jardim. Era de se admirar o tanto de estrelas que tinha no céu.

"O que a sua ex-mulher fez para você? E que  história era aquela de que ela matou um bebê, só porque ele ele não era mais útil?"
Eu fico um pouco desconfortável com essa pergunta, mas eu sentia que ela precisava saber de uma vez.

"Eu e Samantha nos casamos cedo, ela tinha 18 e eu tinha 22, eu não estava apaixonado nem nada, foi uma grande forçação de barra para que acontecesse."
"Por que você aceitou, então?"
"Ela eu sei que nutria a paixão por mim, mas o pai de Samantha era um famoso professor de advocacia, e como eu era uma grande de fã dele, eu ele me induziu a me aproximar da filha dele, e eu como era um grande idiota, fui na onda dele.

"E quem era esse professor?"
"Ele se chamava Cláudio Álvares, ele e meu pai eram grandes amigos. Mas eu não gostava de Cláudio só por conta dessa amizade, e sim pela arte dele de ensinar. Eu sempre quis ser professor, desde da infância. E por conta desse meu desejo, eu ele também criamos uma amizade só nossa, e por consequência eu conheci Samantha."

Eu fiz uma cara de desgosto, só de falar no nome dela. Eu respiro fundo e continuo.
"De cara eu já não gostei muito dela, ela era mimada e desagradável, sempre cheia de si, completamente insuportável. Mas todos ao meu redor queriam que eu me casasse com ela, já que ela era rica, principalmente o meu pai, aque apesar de já estar muito bem de vida, ainda queria que eu me casasse com uma mulher de berço."

"Qual era o nome do seu pai?"
"O nome do meu pai era Álvaro Gonçalves. Eu era louco para agrada-lo, mesmo não convidando muito com os desejos dele. Então uma coisa levou a outra, e eu e Samantha nos casamos. E já te digo que foi o maior desastre. Nos primeiros meses, até que foi bem, mas depois tudo começou a desmoronar. Eram brigas atrás de brigas, e todas não tinham de nenhum motivo, ela surtava porque eu ficava apenas alguns minutinhos a mais no trabalho, por eu ir de mais a academia, ja que para ela eu não veria frequentar um lugar que tivesse muita mulher. Enfim, uma louca surtada.

Mas ai, eu descobri que ela estava me traindo, pois em uma noite, eu voltei do trabalho mais cedo, e peguei ela na cama com outro homem."
"O que? Mas ela não dizia que você não deveria estar num ambiente com muita mulher?"
"Eu também não entendi, mas eu não eu não  briguei nem nada, eu nem disse que estava lá, apenas sai de mansinho e deixei ela com o homem dela, e fui para um puteiro e fiquei lá a noite toda."

Ela não aprecia nada feliz com essa parte, eu percebo que que ela ficou brava , então eu tento acalmar ela.
"Olha Melissa, eu cometi sim muitos erros, mas eu estava puto, e precisava relaxar. Enfim, quando finalmente eu voltei para casa, ela gritou e reclamou, mas daquela vez, eu não a respondi, apenas fui tomar um banho, e depois dormir.

A vida se seguia assim, ela me corneano e eu também a corneano, mas ela começou a perceber, pois eu passei a me recusar a fazer sexo com ela, então ela me questionou o por que disso, eu a respondi, e isso gerou uma discussão que durou a noite toda. Ela se recusava a aceitar que ela também estava errada. Mas quando os gritos e choros finalmente tiveram fim, decidimos continuar casado, pois na época, nossa família não queria se envolver em escândalos. Isso durou por 5 anos.

Mas o pior estava por vim, pois Cláudio foi acusado de abusar de 5 crianças, eu já era formado em advocacia na época. Então ele me implorou para salva-lo. Eu perguntei a ele se era verdade do que o acusavam, na maior cara de pau, ele disse não, e eu acreditei nele. Mas então, uma voz na minha cabeça, me disse para ouvir as palavras da vítimas, não só a de Cláudio.

Eu fui ouvir as crianças e as mães das crianças, foi de partir o coração. Sensibilizado, eu resolvi defender as mães das crianças. Eu fui ensinado por Cláudio, eu sabia exatamente o que fazer para coloca-lo atrás das grandes. Só havia um problema, meu pai. Ele acreditava cegamente em Cláudio, não queria nem saber o ponto de vista das famílias.

Então uma guerra de família se instalou, eu contra o meu pai, pois meu era advogado, então ele defendeu Cláudio com unhas e dentes,as não teve jeito, para piorar, descobrimos que Cláudio era um assassino também, pois encontramos um corpo de uma criança, enterrado no quintal dele. Ele pegou perpétua, mas não durou muito, pois ele foi assassinado a 25 facadas na prisão.

Eu queria chorar só de lembrar dessas coisas terríveis, das crianças das famílias do assassinato... De tudo, mas me controlo.
"Depois disso, Samantha me culpou pela a morte dele, ela não aceitava que o pai dela era um monstro nojento. Depois daquilo, ei desistir de tentar agradar os outros, decidi ser um egoísta de merda, e pensar só em mim, segui minha vontade de ser professor.

Meu pai não aceitou muito bem, apenas a minha mãe, minha irmã e primo que apoiaram. Então meu pai me deserdou, simplesmente por não continuar na carreira que ele queria, que eu seguisse. Não me importei, era como se eu estivesse me libertado de um peso enorme. Porém, eu descubro que Samantha estava grávida, o filho não poderia ser meu, então eu a questionei.

O que ela disse me chocou, a me deixa puto só de lembrar, ela disse que não sabia se o filho era do seu padrasto Roberto, ou do meu primo Juliano."
Melissa parecia chocada. Calma querida, que vai piorar.
"Bom, mesmo sendo uma das pessoas que eu mais confiava no mundo, Juliano pareceu esquecer da nossa amizade por conta daquela vagabunda, e jurava de pés justos que o filho era dele.

Rosa, a mãe de Samantha, nunca teve dedo muito bom para homem, primeiro foi o nojento de Carlos, e depois foi esse embuste de Roberto, que tinha um caso com a própria enteada. Se o filho era dele ou de Samantha, nunca saberemos, pois a maluca tomou um monte de remédio e usou muitas drogas para abortar o bebê. Por uma questão de consciência, eu fui visita-la no hospital, mas ela disse que a culpa era minha, que eu nunca tinha sido um bom marido e blá blá blá.

Pode até ser verdade, mas eu não era culpado das escolhas dela. Por fim, eu pedi o divórcio, demorou, mas eu consegui, e ela não ficou com nada meu, afinal eu sou advogado, dei um jeito para que a justiça fosse feita. Quase todos ouviram apenas a Samantha, e por isso eu repudio quase todos na minha família, por isso eu não estava muito feliz com o jantar de ontem. Até hoje eu não consegui perdoar Juliano, Rosa se separou do marido, e foi para o outro lado do mundo, e Samantha não ficou com nenhum de seus amantes.

Meu pai morreu a 2 anos, e então eu pude ser reintegrado na família novamente. Mas confesso que foi um verdadeiro baque na minha vida, por isso eu não Moro mais aqui, não gosto de me lembrar que ele se foi com nos dois brigados. É isso Melissa, essa é a minha linda história."

Nadando Contra A EscuridãoOnde histórias criam vida. Descubra agora