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Carlos

Eu sei que eu deveria ter calma, mas pelo amor de Deus, um aluno com dificuldades em fazer as contas eu até entendo, mas simplesmente não colocar nada na folha, é de irritar qualquer um .

Eu entreguei as folhas para aqueles pirralhos mimados, peguei a da pirralha e fui para fora, e lá estava ela. Ela estava menos arrumada que ontem, mas havia um brilho no olhar, o que a deixava linda. Mesmo ela parecendo triste.

Ela estava sentada no chão, em posição frontal, de cabeça baixa, e completamente encolhida.
"De pé pirralha"
Ela tomou um susto e imediatamente ela, ficou de pé.
"O que significa isso? "
Eu mostrei a folha para ela e balancei a folha na frente dela.
Ela olhou a folha e começou a falar em tom que mal dava para falar"

"Me... Me des... Desculpe.
Eu resolvi manter a calma.
"Porque você não respondeu nada, no seu teste, agora você ficou sem nota."
Ela me olhou e disse. "Eu não sei como fazer."
"O que?" Eu estava incrédulo, como ela são sabia fazer?
"Eu na sei fazer, nenhum professor me ensinou."
"Não coloque a culpa da sua má vontade e da sua incompetência, nos professores"
E então eu vi seus olhos brilharem de lágrimas, então ela parecia uma metralhadora de tanto que falava.

"Não e incompetência, e simplesmente os filhos da puta dessa escola que fazem de tudo para me ferra... "
"Olha como fala... "
"Não, agora e a minha vez de falar, o professor de matemática Márcio, simplesmente me tirava da sala sem porra de motivo nenhum, ele dizia, que eu parecia um orangotango feio, e que tirava a concentração de toda a turma... "
Ele parou e abaixou o olhar e então, eu vi uma lágrima descendo pelo seu belo rosto, e ela levantou o rosto e me olhou com desprezo.
"E por isso que eu não sei nada das matérias de exatas, era aquele louco, que simplesmente me expulsava da sala de, eu só entrava de novo quando a aula dele acabava."

"E por que ele fazia isso?" Eu nem sei o porque eu perguntei isso, eu sei o porque. Ela me olhou com deboche.
"Você sabe o porquê?

Eu já não sabia o que dizer. Então eu entreguei a folhas.
"Você tem até sexta para me entregar, deve ter alguém que possa te ajudar, não e mesmo"
Ela pegou a folha com a mão trêmula, ela e com as lágrimas nos olhos.
"Obri... Obrigada, professor"
E

Então ela voltou para sala, certamente aliviada.

Então o dia seguiu, e a bendita aluna Melissa não saia da minha cabeça. Eu estava perdido, eu nunca me importei com os problemas pessoais dos meus alunos, mas aquele não era um problema pessoal, era um problema escolar.

A questão e que ela era muito maltratada naquele colégio, eu ficava me perguntando como que não aconteceu nada com aquele tal de Márcio, que se dizia ser professor.
Tirar a menina da sala, e ainda usar palavras tão ofensivas, deveria ser crime.

Na sala dos professores, eu já estava planejando o que eu deveria fazer, eu não poderia atrasar a turma, já que todos já deviam saber bem sobre o conteúdo de bhaskara. Mas eu como professor, também não poderia deixar um aluno se formar sem saber o básico.

Junto comigo na sala dos professores, estava a professora Patricia o professor Julio.
"Vocês poderiam me falar um pouco sobre a aluna Melissa, do terceiro ano? "
Os dois me olharam de maneira surpresa, pareciam nunca ouvir da tal aluna.
"A mudinha que vive encolhida?" perguntou Julio olhando para mim.

Bom de todos os alunos daquela sala, ela e a que menos fala e sempre esta encolhida.
"Sim"
Patricia, foi a primeira a se pronunciar.

"Essa é uma das piores alunas alunas que eu já tive, sempre tirou as piores notas, nunca prestou a atenção nas minhas aulas. Sempre tirou as piores notas, e nunca se esforçou. "
Já Julio teve uma resposta diferente.

"Ela sempre foi boa na minha aula, nunca me deu trabalho, não tenho nada contra ela.
"Vocês sabem me dizer como e o desempenho dela em outras materias? "

Eles pensam um e respondem.
"Ela na verdade e uma ótima aluna na maioria das matérias, ela tem muita dificuldade em tudo que envolve matemática. " respondeu Julio com naturalidade.

"Então ela sem muita dificuldade só em matemática."
"Como eu disse, ela muito burra, detesto aluno burro, ela deve ter herdado isso da família dela, não e possível."
Não sei o porque, isso que Patricia disse me deixou estranhamente irritado.
"Perdão, mas você conhece a família dela, ou por acaso, você conhece a família dela?

"Não, mas não precisamos conhecer para saber que a pessoa e um delinquente, basta olhar para ela, e percebemos onde pessoas como ela, deveriam estar.
Aquilo me deixou puto de uma tal maneira, que eu nem eu mesmo me reconhecia.

"E pessoas como você deveria estar na água, já que e lá que as baleias vivem."
Me levantei e sai, deixando ela com uma cara horrorizada, eu não me importei, esqueci de mencionar que eu sou muito infantil quando estressado.

O dia terminou e eu estava indo em direção ao meu carro, até que eu vi Melissa e Miranda conversando, enquanto Miranda falava alegremente, Melissa só escutava sem nenhuma expressão aparente, até que ela me viu, eu não desviei, só fiquei olhando o quanto ela era era linda.

Seus olhos, me cativaram, eu fiquei pensando como seria se seus lábios avermelhados passassem em certas partes sensíveis do meu corpo, ver aquele rosto inocente vermelho de paixao, enquanto eu... sei que não deveria pensar essas coisas de uma aluna, ou de qualquer mulher que seja, uma coisa que aprendi duramente com uma mulher e que a maioria delas são malignas e traiçoeiras, não são todas, mas eu não queria pagar pra ver.

Melissa já tinha desviado o olhar, parecia desconfortável, e eu me repreendi, eu não deveria fazer isso, não mesmo, a única coisa que me preocupa sobre ela, são as notas dela, e meu dever como professor, fazer ela ter notas melhores.

Nadando Contra A EscuridãoOnde histórias criam vida. Descubra agora