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Melissa

Eu ainda chorava quando Carlos saiu, eu ainda estava muito triste por Carlos estar bravo comigo. Eu podia dizer com certeza que eu não me arrependo do que eu fiz com aquele nojento de Pedro. Ele era com toda certeza um lixo de ser humano, eu só me arrependo de não ter falado a verdade verdadeira para Carlos, que com toda certeza estava furioso comigo.

Eu não o culpava, mas eu estava com um nó na garganta, mas eu isso não quer dizer que eu vou deixar as coisas assim. Eu amo Carlos, amo ele com as minhas forças. Eu não consigo nem imaginar a minha vida sem ele. Com uma decisão, eu levanto da minha cama, enxugo as minhas lágrimas  arrumo minhas roupas. Respirando fundo, eu vou atrás de Carlos.

Vou primeiro em seu quarto, infelizmente, ele não estava lá, então eu vou ao a biblioteca e depois ao escritório. Ele não estava  lugar nenhum dentro desta casa, cheguei ao ponto de perguntar a Sebastian onde ele estava.
"Ele foi a uma boate, senhorita."
Boate? Carlos gosta de boate? Claro que ele gosta. O que é ele estava fazendo la? Eu agradeço a Sebastian e vou até a cozinha e preparo um sanduíche para comer.

Eu tento me segurar para não chorar, mas não consigo, minha mente só imagina o que ele estava fazendo em uma boate. Sebastian disse também que Juliano estava com ele. Affs, é um pior que o outro.
"Querida." Eu escuto a voz doce de Raquel, olho para ela e vejo os seus azuis acolhedores. "Hoje foi um dia muito difícil, não acha?"

Ela foi até a geladeira e pegou um suco de laranja, eu faço aceno com a cabeça. Então vou terminado de fazer o meu sanduíche.
"É verdade?" ela pergunta de repente.
"É verdade o quê?"
"Você e meu filho?" Minha alma naquele momento saiu do meu corpo, ela me dá um sorriso irônico. "Seu silêncio já me deu a resposta."
"Raquel... Eu..."

"Não se sinta envergonhada, querida, imagino que meu filho vai me dizer com clareza o porquê ele ter seduzido uma jovem inocente."
Sem conseguir me conter, eu solto uma risada estrondosa, o que assusta Raquel.
"Me desculpa, mas não foi ele que me seduziu, foi completamente ao contrário."

Raquel arregala os olhos, mas depois volta a sua expressão de plena calma.
"Então, foi você?"
"Sim, foi. Não descansei até que Carlos cedesse a mim. "
"Por quê? Ele é mais uma década mais velho que você."
Eu dou um sorriso apaixonado, então eu respondo a sua pergunta.

"Porque seu filho me cativou, Raquel, me interessei por ele desde a primeira vez que o vi, e agora eu estou apaixonada por ele."
Agora foi a vez de Raquel de rir.
"Você é muito jovem, minha querida, como sabe que é amor..."
"Eu não disse que é amor, eu disse que estou apaixonada, paixão e amor são coisas completamente diferentes."

O sorriso dela morre.
"Você tem um ponto, mas você e ele..."
"Oras, Raquel, a senhora deve saber que isso não é a coisa mais incomum do mundo."
"Realmente, não é."
Eu e ela ficamos em silêncio por alguns minutos.
"Bom, eu não sei o que acontece agora." diz Raquel.
"É justo."

Depois ela foi deitar para descansar, quando eu terminei de comer, fui para o meu quarto, não consegui pregar o olho, eu não conseguia dormi, milhares de perguntas vinham a minha cabeça. Será que minha foi pega? Carlos ainda gosta de mim, pelo um pouquinho? Será que eu vou pagar pelo meu crime? Cansada de pensar, eu fui para a biblioteca, pegar algum livro para ler.

Pego o primeiro que vi, era rapunzel. Quem não gosta de história infantil de vez em quando, não é? Eu começo a ler, mas minha mente está em outro lugar, quando eu menos espero, a porta se abre, e lá está um Carlos meio bêbado manco. Ao me ver, ele me olha nos olhos, então, eu vejo seu desgosto.
"O que faz aqui?" ele pergunta com a voz arrastada.

"Eu não consegui dormi, então eu..."
"Tanto faz, eu vou para o meu quarto."
Eu vejo um pouco de pô branco em seu nariz. Ele usa drogas? Desde quando? Misericórdia, eu nem ligo, simplesmente volto para o meu livro. Se ele não me quer mais, fazer o quê? Vida que segue. Realmente começo a prestar atenção no livro, me resolvendo não ligar para o dia de amanhã.

No dia seguinte...

Acordo em uma cama, o que é estranho, pois não não me lembro de ter ido parar lá. Eu fico confusa, mas logo me esqueço disso. Me espreguiço e me levanto. Eu coloco minha roupa de empregada, e desço para fazer minhas tarefas. Tomo um susto ao ver James da escada.
"Ai James, que susto!"
"Me desculpe.

"Tudo bem."
Eu já estava indo para a cozinha, quando ele diz:
"Melissa, eu queria saber se você gostaria de sair comigo para jantar?"
"Sim, claro."
Nem sei o porquê eu disse sim, mas já que eu disse... Os olhos dele brilham de alegria.
"É serio?"

"Sim, vamos! Que dia?"
"Não sei, eu..."
"Quando descobrir, me avisa ta, agora com licença."
Fui para a cozinha, e lá estava Sebastian, fazendo o café.
"Bom dia, Sebastian!"
"Bom dia, nossa, esta bem animada hoje."

"Eu to, ontem eu podia jurar que morreria, mas hoje, eu estou tranquila, não sei o porquê."
"Que bom, já que esta tão animada, leve essa barra de suco para a mesa.
Imediatamente eu faço o que ele pede, mas é claro que eu encontro Carlos e sua família sentados a mesa.

Carlos me olha, mas fica sem nenhuma expressão no rosto.
"Trouxe suco."
"Ai que bom!" diz Fernanda.
"Temos uma notícia para te dar, Melissa." diz Carlos, fico surpresa por ele me dirigir a palavra.
"Pode falar."

"Sua mãe consegui fugir."
Não sei o que expressar nesse momento, então eu apenas digo."
"Ta bom."
Então eu volto para a cozinha, mas eu posso escutar Raquel dizendo para Carlos ter paciência comigo, e Fernanda perguntado o que aconteceu.

Duas semanas depois...

Minha vida se seguiu normalmente, todos da família de Carlos, resolveram me acolher.  Hoje era o primeiro dia de aula, depois das férias, e confesso que estou ansiosa. Carlos nunca mais falou comigo, desde aquele dia, enfim. Isso quebra o meu coração, quebra por completo, sinto falta dele, de tudo dele, das sua grosserias, das nossas 'brincadeiras', de tudo. Ele estava me ignorando completa, ainda mais ao ver que eu e James nos aproximamos mais ainda. James realmente tem sido um amigo muito necessário, lógico que ele quer alguma coisa a mais comigo, mas eu não quero, pelo menos por enquanto.

Eu já estava pronta para ir, mas então de repente alguém bate na porta, eu peço para que entre. Eu quase tenho um infarto ao ver Carlos entrando no meu quarto. Ele me olha da cabeça aos pés. Bom, estava calor, então eu resolvi colocar um vestido mais florido e leve, e por incrível que possa ser, eu resolvi colocar uma maquiagem.
"Você gostaria de uma carona para escola?"
"Não precisa, sua mãe deu permissão para James me levar."

A cara de Carlos se contorce em uma carranca se nojo.
"Vocês estão bem próximos ultimamente, não é?"
Realmente, nem parece qua ha duas semanas atrás, eu e Carlos estávamos planejando um casamento.
"Pois é, ele foi bom amigo."
"Amigo, sei." diz ele ironicamente.
Resolve não me importar com a falta de noção dele, pelo que eu saiba, eu e ele não estamos mais nem ficando.

Eu desço as escadas e vou para onde James estava com o carro da família. Raquel também vem até nos.
"Animada?"
"Muito!"
"Que bom, boa sorte.
Eu sorrio para ela, e entro no carro.





Nadando Contra A EscuridãoOnde histórias criam vida. Descubra agora