Carlos
Eu estou pronto para partir. Peguei a chave da minha caminhonete para partir até a casa de minha mãe. Coloquei minhas malas dentro do carro, e dei partida, e fui em direção ao meu velho lar. Cheguei ao meu destino, no total de zero surpresa, James, o motorista da minha família já estava me esperando.
"Como vai seu Gonçalves?" eu gostava de James, ele é uma pessoa muito simpatia.
"Vou muito bem, James, e minha mae?""Ela está radiante, e seu primo Juliano esta aqui. Ele está muito ansioso em te ver."
Meu bom humor morreu na hora, eu odiava Juliano, ele com toda certeza era o primo mais chato e invejoso do mundo. Lá se foi a minha tão sonhada paz, se Juliano fosse ficar na mesma casa que eu, com certeza vai me obrigar a ir em festas e boates, que eu com certeza não gostaria de ir.James me ajudou com as bagagens, e me conduziu para dentro da enorme mansão.
Ao entrarmos damos de cara com minha mãe, sorrindo emocionada.
"Filho!" e veio me abraçando bem forte, e eu retribuo da mesma forma, eu a amo tanto.
"Como vai mae?" sigo ao me afastar.
"Bem meu filho, e você, como foi combate escola nova?"Meu sorriso morre na hora, só de me lembra daqueles pestinhas. Mas logo forço outro sorriso. "Ótimo, a coisa mais maravilhosa só mundo." A cara da minha mãe muda imediatamente para uma carranca.
"Não minta para mim, Carlos Gonçalves Cabral!"Eu dei risada, minha mãe sempre dizia o meu nome completo quando estava brava comigo. Algumas coisas nunca mudam.
"Olá primo!"Aquela voz irritante só podia significar uma coisa, que o meu primo mais insuportável, estava presente. Eu me virei e dei um sorriso falso a ele, eu não queria causar uma cena na frente da minha mãe.
"Olá Juliano, como vai?"
Juliano vem todo todo me abraçar, e minha cara fecha na hora ao te-lo grudado em mim
"Muito bem primo, como vai aquele seu empregozinho educando criança dos outros?"Que cara mais sem noção! Empregozinho? Como ele podia falar assim?
"Vai bem."
Aquela cara de idiota de Juliano, me lembra muito a cara de idiota do diretor Rodolfo, eles eram tão parecidos."Eu gostaria de saber, se você vai querer ir numa festa comigo."
Eu sabia! Será que é tão difícil ir para qualquer lugar encher a cara SOZINHO!?
"Poxa primo, infelizmente não..."Filho, acho melhor você ir, não é bom você ficar assim: em confinamento."
Poxa mãe! Podia ter ficado de boca bem fechada. Eu já tinha ido em uma boate ontem, agora eu vou ter que ir em outra? Não posso acreditar."Mãe, eu estou muito cansado e..."
"Não seja um chato Carlos, ouve a tia Raquel, vai ser divertido."
Por Deus, é tão difícil assim aceitar que eu não quero ir? Pelo o olhar de minha mãe, e a determinação de Juliano, vi que eu não teria muita escolha. Eu suspirei derrotado.
"Esta bem, vamos.""Prometo que você não vai se arrepender primo, vai ter um monte de gente..."
"Cala a boca"
Eu ignoro a cara de espanto de Juliano, a fui subindo as escadas até meu quarto, ouvindo minha mãe gritar: "Carlos"*********************
Eu já estava pronto, quando ouvi a batida forte na porta.
"Carlos, já está pronto?"
Era o irritante do meu primo, esse garoto era realmente insuportável. Não respondo, apenas abro a porta, com a cara fechada, e o idiota começa a rir."Eu posso saber, o porquê você está rindo?"
"Você parece um velho, com essa cara."
Observo Juliano de coma a baixo, com deboche.
"E quantos anos, o meu primo favorito tem?" minha voz está recheada de ironia, claro que eu sabia o idade desse bunda mole."Eu tenho 26, Carlos."
"Não diga! Eu não podia imaginar que fosse tao novo assim, primo."
"Você continua sendo um tremendo de um debochado, algumas coisas realmente não mudam. Vamos logo, se não vamos nos atrasar.***********************
Meia hora depois, lá estava eu, em um lugar abafado, sufocante, e cheio de gente. Juliano já estava na pista dançando com uma mulher qualquer, enquanto eu estava no bar, enchendo a cara, até que eu senti uma mão feminina, tocar o meu braço.
"Oi gato" era a mulher loira de peito cirurgicamente grande, e de meia idade. Ela era linda, mas eu não estava afim hoje.
"Desculpe, mais hoje nao."
"Ora vamos, te achei tão atraente, por que não bebemos juntos"Eu aceitei, se ela queria tanto beber junto comigo, que mal havia?"
Não deu outra, meia hora depois da piriguete começar a beber, ela já estava parecendo uma maluca que saiu do hospício
"E ai, ele me trocou por uma jovem de de Universidade!" ela chorava, eu fiquei com pena, eu sabia o que era ser trocado dessa maneira."Tudo bem, você é uma mulher incrível."
Eu nem sabia o que tava falando, eu nem conhecia essa doida, só falei aquilo para ela parar de choramingar no meu ouvido.
"Oooohhhh, você é um fofo."Eu odiava pessoas muito, muito bêbadas perto de mim, quando eu já não tinha bebido o suficiente para suporta-la no meu lado. A loira, na qual eu nem havia perguntado o nome, aproximou sua rosto para me beijar. Eu iria deixar, mas uma coisa na pista de dança me chamou atenção.
Era uma jovem que estava dançando desajeitadamente com uma garota, que pelo cabelo loiro, e pelo jeito da roupa, eu podia jurar que era minha aluna Miranda.
A jovem que dançava daquele jeito, todo duro, estava de costas para mim, por isso eu não podia ver seu rosto, ela era baixinha, tinha o cabelo solto cacheado, era negra, estava usando um vestido vermelho todo colado, realçando aquelas curvas, que me pareciam, tão familiar. Não podia ser quem eu estava pensando.
Eu ignorei a loira ao meu lado, ela falava e eu apenas murmurava em concordância, em nem sabia do que ela estava falando. Eu apenas continuei observando a jovem dançar, e esperando ela se virar, para mim ter certeza que era quem eu estava pensando.
Até que a jovem se virou para mim, ela estava com um copo de bebida na mão, e eu quase tive um treco ao ver seu rosto. Ao perceber que eu a estava observando, ela me olhou com os olhos arregalados. Eu dei um sorriso que dizia: Olá, doce Mel.
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Nadando Contra A Escuridão
FanficA vida de Melissa nunca foi fácil, mas alguma coisa muda quando ela conhece Carlos, seu novo professor de matemática, que se mostra muito preocupado com as notas de sua aluna.