Nadando Contra A Escuridão

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Carlos

Eu simplesmente não tenho um pouco de paz de espírito, graças a Deus, eu vou voltar para o meu precioso apartamento, e não terei mais que olhar o jovem casalzinho apaixonado. Eu sei que vacilei, ao não falar com Melissa depois da nossa 'agradável' conversa, mas é que eu precisava de um tempo para pensar.

Pensar no que fazer. Eu não sabia como me sentir depois de descobrir o que realmente aconteceu, mas depois que eu finalmente estava pronto para realmente falar com ela, minha mãe resolveu pegar as rédeas da situação.

Uma semana antes...

Minha cabeça dava voltas e voltas quando eu estava de encontro ao quarto de Melissa, para finalmente por as coisas em ordem, encontro minha mãe no corredor.
"Filho, precisamos conversar."
Pela cara dela, já vejo que não é coisa boa.
"Claro, eu só preciso..."
"Agora, Carlos."
Então ela aponta para o escritório. Misericórdia, tô fodido.
Assim que entramos dentro daquele santuário, minha fecha a porta, geralmente, isso não é um bom sinal.
"Então, o que deseja falar comigo?"
"Melissa me contou sobre o seu romance com ela, e já deixo bem claro, que não apoio esse tipo de comportamento."
Meu sangue gela ao ouvir suas palavras.
"Mamãe, eu..."
"Não precisa se explicar, Carlos,mas se você voltar a sequer olhar para Melissa, juro que eu a mando embora em um piscar de olhos."

Atualmente...

Eu acho que ela estava blefando, mas melhor previnir do remediar. Eu só não esperava Melissa ficar tão próxima de James. Meu Deus, que tortura, ver eles se aproximando, e eu tendo que me afastar cada vez mais. Fico abismado com o quão rápido Melissa se esqueceu de mim, ela parece que se esqueceu.

Eu entro no meu carro, mas não posso evitar observar James e Melissa conversando com minha mãe. Eles realmente pareciam um belo casal. Devido ignorar essa pontada no meu peito, prometi a mim mesmo que não vou fazer nada para prejudicar Melissa. Então eu dou partida e saio.

Lógico que durante as semanas, eu já fui a delegacia umas três vezes para saber o como estava indo o caso. Em todas as vezes eles deram a mesma resposta. "Ela está desaparecida." Como que alguém tão procurado desaparece assim?
Para piorar em duzentos por cento a minha situação, Samantha tem me perturbado com insistência, sobre uma impossível, reconciliação.

Lógico que minha resposta foi não, em todos os sentidos. Eu sei que não fiquei louco de vez, mesmo pelo fato de que estou perdidamente apaixonado por uma assassina, mas isso não vem ao caso. Eu sinto falta de Melissa, muita falta, é uma tortura sem fim ficar sem poder falar com ela, sem beija-la, sem toca-me, sem fode... Enfim, sem estar perto dela.

É difícil, pois eu passei a semana toda com aquela pirralha na cabeça, pensando em uma forma de me aproximar dela, nem que seja um pouco, pensando nas inúmeras formas de foder com ela. Me recrimino por pensar nessas coisas meio ao caos, mas não posso evitar. Olhar para ela, já é o suficiente para me deixar confuso.

Chego a escola, junto a Melissa, ela me comprimento quando entramos na sala aula, Melissa vai direto se sentar ao lado de sua amiga, Miranda. Eu não pude deixar de notar o vestido que ela estava usando. Ela rosa e todo florido, a deixa tão fofa.
"Bom dia, alunos."
Todos respondem de volta, eu passo um exercício bem simples para eles, e fiquei na mesa planejando as provas do fundamental.

Estava tudo muito tranquilo, até que chega a hora de corrigir as provas. Todos foram muito bem, até chegar nos exercícios Melissa, que estava escrito as seguintes palavras:

"Se eu acertar tudo, eu ganho um beijo?"

Olho na direção dela, e vejo que ela conversava tranquila com sua amiga, realmente eu não entendo essa garota. Num momento, ela finge que eu não sou nada para ela, e no outro, ela me escreve uma porra dessas? Que coisa!
O sinal toca.
"Bom, alunos, até quarta. Melissa, você fica."
"Posso saber o porquê?"

Ela me desafia com o olhar.
"Eu queria falar com você, sobre o seu exército." digo simplesmente.
"Esta bem." o sorriso inocente dela não me engana.
Assim que todos saem, eu fecho a porta, e vou calmamente até aos exercícios que estavam sobre a mesa.

"Você pode me explicar, o que é isso?"
Mostro a sua folha, com as palavras escritas. Ela olha, e arqueia a sobrancelhas.
"Bom, isso são os meus cálculos."
Eu respiro fundo para não gritar com ela.
"E essa, pequena, perguntinha, que esta ai, Melissa?"
"Exatamente o que é professor, uma pergunta, na qual você não deu a resposta."

"O que te fez pensar que pode me fazer esse tipo de pergunta?"
"Oras, você me deu um beijo, na nossa última prova."
Meu sangue ferve essa memória.
"Você está por demais de atrevida, Melissa."
"E o que vai fazer? Vai tentar me ensinar matemática de novo, como fez comigo na biblioteca?"