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Carlos

Eu estava nas nuvens de tanta satisfação, eu  estava feliz, como a muito tempo não me sentia. Eu sai de cima de Melissa, e me deitei no chão ao lado dela.
"Você está bem?" pergunto olhando para ela, e vejo que ela está radiante, e diz sim com cabeça, e sorri. Depois volta a olhar para o teto. Ela parecia satisfeita. Decido não da importância a aquela voizinha chata no fundo na minha mente, gritando que o que fiz foi errado.

Então era isso que eu estava perdendo?
"Por que você está sorrindo?" agora Melissa estava me olhando com um sorriso Alegre e inocente, eu nem tinha percebido que estava sorrindo.
"Eu só estou feliz." respondo simplesmente.
"Eu também estou muito feliz."
E ela se levanta, e vai pegando suas roupas, e se vestindo. E eu fico olhando, admirando suas curvas naturalmente sedutoras.

"Quer parar de me olhar assim?"
Eu não consigo parar, então eu também me levanto, e eu já começando a sentir minha cara doer com o sorriso idiota que eu estou no meu rosto.
"Não posso deixar de olhar."
De repente o rosto de Melissa caiu, estava mucho, minha mente logo ficou em alerta.
"Carlos, não usamos proteção, e se eu ficar grávida?"

"Não se preocupe, é só tomar a pirula do dia seguinte, é bem eficaz."
E então ela relaxa, e coloca de volta sua blusa, e eu já estava colocando de volta a minha gravata.
"E agora?"
Eu acolho confuso, e logo eu entendo o que ela está perguntando. Eu fico sem resposta, e volto a dar ouvidos a voizinha insuportável na minha mente.

Eu ainda está sentindo a felicidade posterior a uma grande foda. Então eu ainda não estava cem por cento arrependido do que eu fiz, pelo contrário, nunca uma coisa me pareceu tão certa.
"Você não se arrependeu, né?"
A voz dela era um pouco agitada.
"Não, eu não me arrependo, mas, você entende que eu sou seu professor, não é?"

"É claro que eu entendo, mas estamos de férias e..."
"E sabe também, que eu sou 13 anos mais velho do que você?"
"Isso não me importa."
"Mas isso importa para mim, eu já sou muito velho para você, doce Mel. Sabe que isso não é correto."

Os olhos dela se encheram de lágrimas, mas era contorceu o rosto para não chorar.
"Então é isso? Vamos fazer como sempre fizemos? Fingir que nada aconteceu?"
Eu digo sim com a cabeça, só que agora, eu é que fico de cabeça baixa, agora sim eu estava ficando arrependido, mas não pelo o que eu fiz, e sim por estar fazendo minha Doce Mel sofrer.
"É o certo, Mel."

"E só por causa da idade, ou por você ser meu professor? Ou tem mais algum motivo?"
"O que?"
"Você ouviu muito bem, tem mais algum motivo?"
"Claro que não, eu não tenho mais nenhum motivo."

Minto, óbvio que tem o fato dela ser menor de idade, minha família não iria aceitar muito bem esse tipo de relação. E eu não posso simplesmente acabar com minha carreira, minha reputação, por conta de um momento de loucura.

Quando olhei para ela, vi seu coração se quebrar só pelo seu olhar. E isso me fez entrar em pânico, só se vê-la assim. Ela respirou fundo, e enxugou o olhos, e então, seus olhos ficaram abatidos, seu rosto entristecido, era de partir o coração.
Agora, sua expressão, era igual ao começo das aula, quando eu a vi pela primeira vez, encolhida no canto da sala.

"Tudo bem então, se é assim, eu prometo que eu nunca mais vou lhe dirigir a palavra, e o que aconteceu aqui hoje, nunca mais, vai voltar a ocorrer."
Com o semblante pesado e magoado, ela sai, me deixando sozinho com meus pensamentos.
Eu sou mesmo um porco imundo e nojento.

Mas eu não conseguia me sentir arrependido, e faria de novo. A única que coisa que eu mudaria, é que eu a teria levado para para o meu quarto, não te-la desvirginado em banheiro de empregada.
O melhor a fazer, é realmente fingir que nada aconteceu, e seguir as nossas vidas.

Eu só preciso preparar bem meu psicológico, para quando as aulas voltaram. Ou vou ter que dar aula em outra escola.
Saio do banheiro, e volto para a mesa, todos conversavam animados e felizes, me sento em meu acento e bebo uma taça de vinho. Melissa nem sequer olhava na minha cara.

"Por que demorou tanto mano?"
Fernanda já parecia estar um pouco alta, rapidamente eu respondo.
"Só fui ao banheiro, nam demorei tanto."
Fernanda olha para o relógio pendurado na parede, e me olha com a sombrancelhas levantadas.
"Isso foi a 40 minutos"
"Provavelmente declive ter fumado, esta com um cheiro repugnante."

Olho para a Cascavel, que falou isso. Samantha olhava para mim com cara de nojo, e eu lancei o melhor olhar de desprezo que pude.
"Se eu estou com um cheiro repugnante ou não, isso não é problema seu, além do mais não sou eu que estou numa festa onde eu não fui convidado, para falar alguma coisa."

Essas palavras parece ofende-la."
"Eu fui convidada!"
"É mesmo? Por quem?" pergunto bem Tom de deboche. Antes que a jararaca pudesse responder, minha mãe interfere.
"Já chega vocês dois, se comportem."
Eu e a bruxa ficamos quietos, o clima na mesa tinha ficado tenso. Dane-se, eu em, não tenho que ficar aguentando desaforo dessa vaca.


Nadando Contra A EscuridãoOnde histórias criam vida. Descubra agora