53 - A ida de um anjo.

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TW: Violência

•George's POV•

Estávamos finalmente correndo até o cofre. Espero que a gente chegue a tempo.

A conversa com Suzan aliviou um pouco meu estresse, mas não significa que não estou morrendo de preocupação. Aqueles dois caras me atrasaram muito.

Não vou mais admitir isso, sei o que eu sou dentro da DSMP e vou cumprir o meu papel, os planos não podem ser atrapalhados como eles seriam se um deles tivessem atirado. Sinto que eles acham que eu não sei o que faço.

Estou tentando me controlar ao máximo para não perder a cabeça, a parte mais difícil deixou de ser a dor das torturas, e passou a ser o medo. Medo de algo ruim acontecer.

E digamos que eu não estou com um bom pressentimento.

Suzan estava a minha frente e me mostrava por onde ir. O porão dessa casa parece ser infinito, confuso e meio escuro, um verdadeiro labirinto.

Ela corria confiante, estava com dois revólveres na mão, eu havia pego apenas um deles e algumas facas, caso precisasse de algo para arremessar.

Descemos uma pequena escada, que estava debaixo de um alçapão. A nossa frente, uma enorme porta de metal pesado.

- É aqui. Está pronto? - Ela me olhou.

- Sim. - Respondi, por mais que estivesse com medo do que eu poderia encotrar.

Ela abriu a porta, e de cara pude ouvir alguns suspiros, além de perceber alguns vidros quebrados, isso fez meu coração apetar.

Tirei duas das pequenas facas do meu bolso e entrei em alerta. Suzan se mantinha na minha frente, nós caminhávamos de forma sorrateira, para que não fossemos ouvidos.

- Fim, Dream, esse é o seu fim! De tudo aquilo que construiu, está na hora de você devolver meu cargo... - Ouvi a voz áspera de Dylan.

- N-nunca... - Era a voz dele.

Ouvir a voz de Dream me daria um pouco mais de esperança, se ela não estivesse tão falha e cansada.

Nesse momento, eu não ligava mais para o silêncio, apenas passei na frente de Suzan, que ficou confusa, e corri em direção as vozes.

Eu definitivamente odiei o que eu vi. Eles continuavam lutando corpo a corpo, Dream ainda estava com a faca cravada em seu corpo, e mesmo assim ainda estava de pé.

Ele olhou em meus olhos, e em apenas um milésimo de segundo eu pude perceber várias coisas.

Ele parecia estar preocupado, e obviamente sentindo muita dor, já que seus olhos estavam marejados. Eu odiei o ver assim, tão mais vulnerável.

- O QUE PENSA QUE TÁ FAZENDO COM MEU MARIDO OU SEU IMBECIL!? - Gritei a plenos pulmões.

Meu corpo está cheio de ódio novamente, não posso deixar isso acontecer com Dream de jeito nenhum.

Estava fora de mim, e percebi isso no momento em que tive forças para correr até Dylan e o puxar brutalmente de perto de Dream.

Ele tentou reagir, porém fui mais rápido em fazer um corte no pulso que ele usava para segurar meu ombro, como uma distração. Aproveitei essa distração para chutar seu estômago, o derrubando no chão.

- FILHO DA PUTA. - Dylan gritou, enquanto tentou se levantar.

Porém, eu consegui o impedir quando praticamente me joguei de joelhos contra seu peito.

Usando a faca que está em minhas mãos, comecei a o bater e cortar ferozmente. Ele tentou se defender, mas eu não dei espaço para isso.

Estou disposto a o apagar. Mal consigo ver ou pensar no que está acontecendo a minha volta, não vejo mais Suzan, e nem me importo com isso.

I'm The Mafia •DNF & SIDE KARLNAP•Onde histórias criam vida. Descubra agora