A noite já caiu, mas ainda estamos na piscina. Mell está um pouco distante de mim, está com um biquíni rosa lindo. E o que não fica lindo nela, afinal? Ela brinca com os meninos e afoga eles na água. Eles gostam dela, a tem como irmã, sei que eles ajudariam a proteger ela não só por ordem minha, mas sim por amor.Eu amo esses caras, nós temos tanta história juntos, sempre juntos, sempre irmãos.
Me sinto um pouco sentimental, hoje estou dando muito valor ao bom momento que estou passando.
Saio dos meus devaneios quando Mell joga um pouco de água no meu rosto.
- Eii, acorda! Já tem um tempinho que você está aí olhando pro nada...
Ri.
- Deixa de ser intrometida, moça. - brinco e ela sorri pra mim.
Esse sorriso...
- Você tá bem? - ela pergunta.
Me encara nos olhos como se quisesse decifrar o que está passando na minha mente neste momento.
- Como vou estar se não tenho você completamente?
- Não começa, por favor.
Ela se afasta mas eu a puxo para mim. Agora seu rosto tá bem perto do meu.
Os meninos estão conversando entrei si.
Foi quando escutamos um barulho vindo do outro lado, na área da churrasqueira. Minha mãe havia caído e meu pai começou a gritar seu nome e a tentar levanta-la.
Os meninos saíram correndo em direção à eles. Eu estou observando daqui da piscina, e a Mell está me encarando.
- Você não vai ver sua mãe?
Ela finalmente fala.
- Já tem bastante gente lá, ela deve ter caído, só isso. Esses caras são muito exagerados.
Ela assentiu.
Escutei meu pai dizer que iam precisar levar minha mãe ao médico.
Bom, isso parece ser um pouco mais sério.
Saio da piscina e vou em direção à eles, Mell vem logo atrás.
Ao chegar vejo que minha mãe está desacordada.
Senti um aperto no coração.
- O que houve? - perguntei ao meu pai.
-Filho, vamos para o hospital, lá eu te explico tudo. Agora precisamos nos apressar
Peço para Mell me esperar aqui com os meninos. Ela reluta um pouco mas aceita.
Não pode faltar o chame dela né.
Coloco um roupão e entro no carro com meu pai. Minha mãe segue desacordada.
Isso está me deixando agoniado, embora eu não demonstre.
Eu e minha mãe nós dávamos muito bem na minha adolescência. Éramos inseparáveis, ela me dava toda atenção do mundo, muito amor e carinho. Até que ela se mudou pra fora do país juntamente com meu pai, eu não entendi muito bem na época, me senti insuficiente, achei que ela não me amava mais. Isso criou uma magoa muito grande em mim, me senti abandonado e realmente fui de fato. Ali ela matou um pouco do amor que tinha por ela. Criei até um pouco de ódio.
Mas ver ela assim desse jeito está me deixando extremamente nervoso, eu quero poder fazer alguma coisa. Não quero contato com ela mas eu a amo.
Chegamos ao hospital, os enfermeiros a levaram numa maca para uma sala onde não podíamos entrar.
Meu pai pigarreia.
- Preciso te contar algo. - se aproxima de mim.
- Fala, o que tá acontecendo com minha mãe?
Ele se cala.
- Fala logo! - grito.
Já estou ficando irritado.
- Sua mãe tem câncer.
Ele deixa escapar algumas pequenas lágrimas.
- O que? - pergunto.
Eu ouvi muito bem o que ele disse, só não consigo acreditar.
- Filho...
O interrompo.
- Não! Não ouse repetir isso.
Saio daquele inferno de hospital, entro no carro e saio catando pneu. Vou para um dos galpoes, o último, perto da fronteira. Preciso ficar sozinho, não quero ver ninguém.
Chego no galpão e sinto uma dor no peito, uma vontade de chorar. Jogo tudo tudo pro alto, chuto tudo, estou surtando.
Pra que ela voltou? Passou tanto tempo longe e agora voltou morrendo? Isso não pode ser, nós não passamos mais tempo juntos, não criamos memórias e vivências. Eu sinto que perdi a oportunidade de ter uma vida com ela. Tudo porque ela foi embora, ela me deixou e agora simplesmente ela pode me deixar pra sempre.
Que ódio, eu sinto tanto ódio.
(...)
Já se passou algum tempo, estou aqui sentado no chão, ainda pensando e tentando entender porque isso tá acontecendo.
Meu celular brilha pela milésima vez todos os caras já me ligaram, meu pai me ligou mas eu não quero falar com ninguém.
Foi quando meu celular brilhou e apareceu o nome da Mell.
Ela sim eu atendo.
Pego o telefone e aceito a chamada.
- Oi.
- Preciso de você. - digo de uma vez.
- Sim, claro. Seu pai ligou para os meninos e nos contou o que aconteceu, Justin, ele está preocupado.
- Preciso de você. - insisto.
É só o que eu consigo falar.
- Onde você está?
- No último galpão, os caras sabem onde é. Peça pra um deles te trazer.
- Sim, estou indo.
Desliga.
Solto o telefone e tento me recompor. Não quero que a Mell me veja nesse estado. Se bem que olhando em volta, tudo quebrado, ela vai saber que eu surtei.
Passou 30 minutos e ouvi barulho de carro. E a Mell entra com Chaz logo em seguida.
Ela me abraça e eu afundo minha cabeça no seu pescoço.
Os céus sabem o quanto eu precisava desse abraço.
- Eu sinto muito bro.
Olho pra Chaz que fala comigo meio sem jeito.
- Tudo bem...
Não sei muito bem o que dizer.
- Bom eu vou indo, só vim mesmo deixar a sua boneca aqui.
Ri.
- Sim, minha bonequinha.
Olho nos olhos da Mell.
Chaz se retira.
Mell pega no meu rosto e me faz encara-la.
- Tudo vai ficar bem, eu vou passar por isso com você.
- Vai sim, tenho certeza que vai ficar bem porque você está aqui.
Ela sorri fraco e volta a me abraçar.
Eu pensei em terminar essa noite de muitas formas, mas nenhuma foi arrasado dessa forma. A gente não dá o devido valor que as coisas tem até correr o risco de perder.
- Promete que vai ficar comigo?
Pergunto pra Mell que está de frente para mim agora.
- Eu prometo.
Me da um selinho e volta a me abraçar.
Com essa mulher do meu lado eu sou capaz de passar por qualquer coisa.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Meu Namorado Mafioso
RomanceEsta é uma fanfic do JUSTIN BIEBER Mellanye é uma garota que acabou de se mudar para o Brasil em busca da felicidade. Ela que já tinha sofrido muito na vida estava disposta a não se relacionar com mais ninguém...MAS ISSO PODE MUDAR.