Meu Namorado Mafioso

Capítulo 40

Acordo ouvindo Nathan batendo na porta perguntando se eu estava aqui. Olho pro Justin que ainda está dormindo e me repreendo por tudo que foi feito aqui. Já é de noite, eu estou morrendo de vergonha de abrir essa porta e deixar Nathan saber quem está aqui comigo. Ele vai brigar comigo, não vai me perdoar. E eu sei bem que estou errada por fazer o que fiz, não consegui pensar com a cabeça, na hora eu só tinha meu coração mole e apaixonado.

  Balanço Justin que faz cara feia por estar sendo acordado.

Ele sorri ao me ver.

— Você precisa ir embora. - disse ainda balançando ele.

— Hm? Do que você está falando? Eu vou ficar aqui. - me olhar fechando o olho novamente.

— O que te faz pensar que vai ficar?

Ele se senta e me encara.

— Nós voltamos. - diz simples passando a mão pelos cabelos.

Levantei uma sobrancelha.

— Não! Nós não voltamos.

Justin me encara enquanto Nathan insiste em bater na porta. Faço sinal pro Justin ficar quieto.

— Oi amor, estou aqui! Estava dormindo, vou tomar banho e já saio daqui!

Escuto um "tá bom" de Nathan.

Volto a encarar Justin.

— Amor? - ele faz cara feia.

— Olha só, nós não voltamos coisa nenhuma! Isso foi um erro e eu tô pensando em como vou botar você pra fora sem ninguém ver. - disse pensativa.

— O que? - ele quase gritou.

— Shiiiu! Fala baixo.

— Eu não estou acreditando no que acabei de ouvir. Você tá falando sério? Eu não acredito! Olha só, nós voltamos sim!

— Não voltamos não! - disse com os olhos serrados.

Ele me encara por mais uns segundos, de cara fechada.

— Nathan!!!! - ele começou a gritar.

— Ei! Cala a boca. - me aproximei tapando a boca desse traste.

Escutei passos se aproximando.

— Mell? Quem está aí? - Nathan pergunta do outro lado da porta.

— É, quem está aí? - Agora é Soph que pergunta.

— Ninguém! - digo rapidamente.

Justin se solta do meu aperto, vai até a porta, destranca e abre a mesma.

Pra piorar ele ainda está de cueca.

A cara de espanto daqueles dois do lado de fora do quarto era nítida. Eles estão tão confusos que não conseguem nem formular uma frase. Parecem incrédulos.

— Eu que tô aqui. - Justin diz simples.

— É... Eu posso explicar. - Tento falar algo.

Mas Nathan sai pisando fundo como uma criança birrenta. Soph ainda permanece na porta tentando analisar a situação mas logo vai atrás de Nathan.

Olho pro Justin furiosa.

— Você está satisfeito agora? Olha só, vai embora! Eu não quero mais olhar pra sua cara!

Ele segura meu braço.

— Coloca uma roupa? Fica difícil raciocinar com você assim só de lingerie. - ele avalia meu corpo.

— Você é um ridículo mesmo.

Começo a me vestir.

— Olha só, é melhor eles já saberem logo que estamos juntos novamente.

— Não! Não Justin! Você não tinha o direito de jogar isso assim na cara deles. Nós somos como irmãos. Eu não tô te culpando pelo que fizemos, você não me forçou a nada! Eu fraquejei! Agora, se eles deveriam e como deveriam saber isso era escolha minha. Já esqueceu tudo que me fez? Você acha que é fácil pra eles ver um cara que me destruiu, me bateu até sangrar...

Ele me interrompe.

— Para! Por favor não fala mais isso! - seus olhos marejam. — Eu não suporto a idéia de ter feito tudo isso como você! Eu errei muito, todas as vezes que te liguei eu pedi perdão, mesmo sabendo que não apaga nada que te fiz. Se eu pudesse voltar no tempo eu faria tudo diferente, eu jamais machucaria você. Você é tudo que eu mais amo na vida.

— Mas agora é tarde e novamente você fez merda, não podia ter chamado Nathan como se tudo que fez fosse apagado porque fizemos amor. Não Justin, não há nada que você faça que vai apagar. E eu não preciso nem dizer que ainda te amo porque você sabe bem, mas por favor, eu ainda não superei e o meu amor ainda não passa por cima de tudo isso.

— Me desculpa, eu não pensei na hora. Estou tão ansioso pra te ter de volta que não quis adiar nada. Eu sei que eles devem morrer de raiva de mim e como razão. Como você disse, são como irmãos. - ele diz colocando sua roupa.

Ele me encara e se aproximar.

Estou sentada na beira da cama e ele se ajoelha na minha parente colocando suas mãos na minha perna.

— Eu amo você, e eu não vou desistir. Eu entendo que mereço tudo que está fazendo comigo, mas isso dói demais. Eu preciso de você como nunca precisei de ninguém. Eu sei que estou sendo egoísta e quem você merece alguém melhor que eu, mas não consigo abrir mãos de você. Me deixa tentar, por favor. Me dá a última chance e eu vou te provar que nunca mais vou ser ruim para você.

— Eu preciso pensar, preciso consertar a merda que você fez com soph e Nathan. Você pode me ligar, mas não teremos mais nenhum encontro. Espero que você respeite isso e só venha me ver se eu permitir.

— Isso vai demorar muito? - Pergunta triste.

— Sim...talvez.

— Eu posso esperar por você a vida inteira. - Me olha nos olhos.

Deixei escapar um sorriso pequeno no canto da boca. Querendo ou não, eu o amo e ouvir isso foi como uma música.

— Posso te dar um beijo? - Pergunta esperançoso.

— Pode.

— Posso mesmo? Aqui e agora?

Seu semblante era como de uma criança que acabou de ganhar seu doce preferido.

Confirmei com a cabeça.

Ele me beijou devagar e com amor. Nós dois estávamos aproveitando cada segundo do beijo pois não sabíamos quando seria o próximo.

Finalizamos o beijo com um selinho.

— Melhor você ir agora.

— Tudo bem, eu vou.

Ele se levanta e me olha uma última vez antes de ir.

Me jogo na cama e fico pensando com que cara eu vou olhar pra Nathan e Soph.

Mas vou explicar como me sinto e espero que entendam.

E sobre Justin eu ainda não sei, mas temos muita história pela frente ainda.