CAPÍTULO 51

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~ Decisões ~

Justin Bieber

Procuro as palavras certas, tentando me recordar de onde começou mesmo está história.

Respiro fundo, ainda não sei o que dizer.

Tenho receio da reação dela quando eu abrir o jogo, e na real tem muita coisa em jogo aqui.

- Se puder começar a falar hoje eu agradeço. - Ela dispara me incentivando a falar.

Pigarreio e tento falar o mínimo possível.

- Eu sempre gostei de grana e sabe...mulheres. - começo.

Sua expressão facial já está um tanto irritada depois que a palavras mulheres saiu dos meus lábios.

- Por mais que minha família sempre tivesse dinheiro, eu sempre fui ambicioso e queria ter meu próprio negócio. Bom, eu queria que meu pai morresse logo para eu ficar com a empresa dele porque sou filho único, então ficaria tudo para mim. Já não nos dávamos bem e minha mãe simplesmente tinha ido embora. Hmmm - tento continuar. - Eu nunca aceitei bem a partida da minha mãe, éramos tão próximos e do nada ela se foi e me deixou aqui. Então eu, como todo jovem rebelde, comecei a sair, ir para boates e rachas. Nos rachas eu conheci os meninos: Ryan, Chaz e Chris. Eu também tinha um melhor amigo de infância, o Fredo, mas mataram ele. - Eu não vou contar a ela que foi o Harry que matou, vou esperar o momento ideal para isso. - E então, em meio aos rachas nós começamos a vender drogas e as vezes as pessoas nos pagavam para dar uma lição em alguém, também roubavamos coisas como carros. Mell, por Deus eu não precisava daquilo, eu tinha dinheiro mas a adrenalina era como uma morfina para todo ódio que tinha dentro de mim. Só que as coisas foram tomando proporções grandiosas e acabamos ficando conhecidos nesses meios e viramos líderes do local. Tínhamos bons fornecedores que nós traziam as melhores drogas da cidade e nós faturávamos um monte com isso. Eu queria provar ao meu pai que não precisava do dinheiro dele, e nem de amor. Eu nunca aceite a mesada dele. Eu só precisava de mim.

Ela me olha atentamente, prestando atenção em cada palavra.

Então eu continuo.

- O tempo foi passando, e fui crescendo e me interessando pelas coisas da empresa, por mais rebelde que eu fosse, eu estudava e sempre estava fazendo algo para o meu pai na empresa mesmo sem se quer dar muita atenção a ele. Um dia, ele foi viajar para ficar com minha mãe e deixou a empresa sob meu comando. E eu fiz um ótimo trabalho, fiz a vendas aumentarem e o lucro crescer. Quando meu pai viu como eu deixei a empresa, gostou muito e me elogiou. Mas meus negócios ilícitos nunca pararam. Com o dinheiro do tráfico, eu e os meninos compramos nossa própria boate e lá vendemos drogas, bebidas e colocamos prostituas e dançarinas.
Colocamos vários pontos de venda de drogas pelo Brasil e fornecemos também para as favelas. Também criei muitos inimigos e aliados.

Ela não emite nenhum som, apenas me ouve.

- Então, meu pai resolveu ficar com minha mãe de vez e deixou a empresa comigo, desde então, eu tenho essa vida dupla. Meu pai colocou a lacraia de beco para ser minha secretária e ela ficava enchendo meu saco, nunca sequer a beijei. Aquela mulher me causava asco. E depois... - Respiro fundo. - Depois veio você, como a cura de um câncer, uma brisa fresca num dia de calor infernal. Você me salvou de toda aquela escuridão e eu jamais ia querer que você fizesse parte disso. Tenho minhas coisas ilegais mas você não tem que se meter nisso. Mas acima de tudo, algo fica bem claro aqui, existe um eu antes e um eu depois de você. Eu conheci o amor, eu descobri que quando se trata de mulheres não é só sobre sexo. E quando se trata de amor é sobre você e nosso Matthew que tá aí dentro, o meu pequeno reizinho.

Meu Namorado MafiosoOnde histórias criam vida. Descubra agora