A Garota que Foi Embora / Barry Allen

05.

Uma a uma foi sendo acesa, conseguia sentir a energia que elas transmitiam, todos os alarmes tocavam, mas ela continuava andando como se não fossem nada, adentrou a sala principal e lá estava ele, Dr. Wells em sua cadeira sozinho em todo aquele edifício.

- Você ainda está viva.

- Achou que era fácil me matar?

- Sinceramente, sempre acreditei que não seria fácil e isso é incrível. - ele ria - Já vi vários meta-humanos de perto, mas você nunca tive o prazer, não é igual a eles, de acordo com todos os testes.

- Você só pode estar brincando comigo!

- Alissa White, codinome Stormy.

- Onde você achou isso? - perguntou ela se aproximando irritada

- Stormy, é seu nome de heroína não é?

- Não sei do que você está falando. - afastou-se

- Mas sabe quem sou não é? - mais uma vez negou com a cabeça - Sim, você sabe! - ele gritou se levantando da cadeira - Isso não é possível, deve ser o que está pensando, o engraçado disso é que você nem se lembrará amanhã.

As mãos dele começaram a tremer a primeira coisa que ela pensou e fez foi correr, o problema era que ele também era rápido, não o suficiente, mas o bastante para alcançá-la.

Deitada no sofá do seu apartamento pensava no quanto sua cabeça doía, mas não havia tempo de tentar entender, estava atrasada para o seu turno no Jitters. Correu para o seu quarto e se arrumou o mais rápido que pode, parando apenas para observar seu reflexo no espelho, seu cabelo longo e escuro sempre a deixou feliz, por ser tão saudável.

Fazia algum tempo que estava em Central City, mas ainda se sentia uma estranha na cidade, se alguém a perguntasse o motivo de ter se mudado não saberia dizer, porque no fundo ela não se lembrava, só sabia que sempre esteve correndo, para algo ou talvez de alguém, as pouca memórias que tinha a fazia se lembrar que nem todos nesse mundo eram bons.

Correu o mais rápido que pode até a Cafeteria onde encontrou Charlie com uma cara nada boa a encarando, sussurrou um foi mal quando passou ao seu lado e foi até a parte de trás.

- Dia difícil? - perguntou Iris enquanto se arrumava

- Esqueci de colocar o despertador. - sorriu

- Você não tem jeito mesmo Alissa. - sorriu para a menina que terminava de colocar seu avental - Hoje tenho aquela premiação para ir, estou muito animada, obrigada por me cobrir.

- Sem problemas, é para isso que amigos servem.

- Vamos que hoje o dia vai ser longo.

Alissa concordou saindo com ela dos fundos, se dirigiu ao caixa substituindo Charlie que foi até as mesas com Iris, amarrou seu cabelo e sorriu para o próximo da fila.

- Doutor Wells, bom dia. - ela diz

- Realmente, um dia maravilhoso. 

- Nada te estressando hoje? - ela sorri

- Não, só trabalho e trabalho.

- Então um café vai resolver tudo, mais alguma coisa?

- Não mesmo.

Ela digita na máquina dizendo o valor, pega o dinheiro e dá o troco para o Doutor que esperava o seu pedido ficar pronto.

- É uma pena que não vamos mais nos ver. - disse ele pegando seu pedido

- Porque? - pergunta ela

- Irei ficar um bom tempo sem vir pegar café, as pessoas nessa cidade não perdoam tão fácil. 

- Quando quiser conversar, estarei aqui. - disse contente o vendo ir embora, lembrando do sonho que teve

- O que foi? - perguntou Charlie

- É que, tive um sonho estranho essa noite, e não parecia um sonho, tava mais para premonição. - disse ela

- Alissa, as vezes você é muito neurótica.

Depois de ontem, algo não parecia tão bem com seu passado, ela precisava descobrir sobre ele o mais rápido possível, ou talvez acabasse morta. 

Voltou a sorrir para os clientes e atender seus pedidos, mas sua mente estava em outro lugar, pensava se realmente podia correr daquele jeito e se o sonho foi algum tipo de aviso, deveria ela confiar em Wells?