10.

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Algum Tempo Atrás...

- Você é o futuro da humanidade. - eles diziam, mas ao mesmo tempo torturavam seus amigos - Quando crescer, vai usar esse uniforme, você foi encontrada com ele vagando nas ruas há muito tempo atrás.

- Mas porque o futuro depende de mim? - perguntou a garota

- Porque você é extraordinária, seu DNA é único.

- Você quer dizer que sou uma arma.

- Se você quer se autodenominar assim.

- Não sou eu, mas sim vocês. Nem sabem meu nome, só falam do meu DNA e dos poderes que ainda nem manifestei, porque tenho que fazer justiça a uma raça que não me vê como uma pessoa mas sim como uma arma biológica.

- Onde você aprendeu essas palavras?

- Em todo o lugar e ao mesmo tempo em nenhum.


O cientista a olhou pela parede de plástico e sorriu anotando mais algumas coisas se retirando. Sem mais nada a se fazer ela apenas se sentou no chão sonhando com flocos de neve e o vento. O plástico há sua volta era especial, não permitia que nada entrasse ou saísse, ou seja, seus poderes não se manifestam dentro do seu quarto.


- Humanos! - ela gritou - Homens da ciência, tolos. - voltou a chorar.

- Não chore por favor.


Aquela voz era sua melhor amiga, Gideon, não sabia o porque mas sempre esteve com ela, a interface sabia tudo sobre a menina, ela foi colocada ali não só para vigiá-la, mas também para cuidar e ouvir. Quando chegou era apenas uma voz que ecoava pelas paredes, depois de uns anos virou um holograma, e meses depois ganhou a imagem de alguém em quem pudesse confiar, uma mãe.


- Porque tanta raiva dos "humanos", você é uma deles. - pergunta Gideon

- Não queria ser Gideon, preferia ser qualquer coisa, menos isso. Como eles trancam uma pessoa só por experimentos?

- Tudo vai ficar bem, um dia você vai sair daqui. - respondeu ela

- Mas quando Gideon? Estou tão cansada.


Alissa olhava pelas parede de plástico que a separava de um grupo de cientistas, era sempre a mesma coisa, vinham monitorá-la de uma em uma hora. Sentou no chão e pegou um dos livros sobre física que seu antigo doutor havia trago para ela.


- Sei que você sente falta dele, mas...

- Gideon, ele foi o único que me tratou como um ser humano de verdade, me ensinou sobre física, biologia, me elogiou quando compreendi cada matéria e prova que me dava.

- Sim, você ficou mais inteligente.

- É, mas ele me abandonou como todos os outros doutores. - ela fechou o livro e olhou para o chão

- Não fique assim querida, ele te deu um nome.

- Uma coisa que não ouvia há muito tempo.

- Não fique triste Alissa, tenho a sensação de que você vai sair mais rápido do que já imaginou.

- Como você pode ter tanta certeza? - estava surpresa, sempre pensou que Gideon sabia muito mais sobre o futuro do que aparentava

- Alguma vez errei meus cálculos?

A Garota que Foi Embora / Barry AllenOnde histórias criam vida. Descubra agora