11.

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Abriu seus olhos e percebeu que estava deitada no chão da sala, levantou rapidamente, ela era a garota, foi ela que estava aqui e fez tudo aquilo acontecer, O Raio a mandou ir para Central City, mas tinham coisas que não se encaixavam, ela recuperou uma boa parte das lembranças, mas não todas elas.

Não sabia em quem confiar, e se fossem essas pessoas que Doutor Wells a tinha alertado sobre, como elas saberiam que viria hoje, olhou-se no espelho e continuava com o mesmo rosto da Taylor Swift, concentrou seus poderes para não mudar mais a forma, abriu seus olhos e viu Lois a analisando, talvez fosse a única com quem pudesse contar.


- O que houve com você Alissa? - perguntou Lois

- Eu sei o que aconteceu com a menina.

- Também sei, algo escapou da cela, sem falar que houve uma luta nela entre raios, não sei como explicar.


Alissa andou até a antiga cela da menina e quase caiu no chão com tanta pressão. Depois de todos os anos que viveu porque não se lembrava desses, talvez fossem algum tipo de trauma que tentou evitar, porque ela tinha memórias deste lugar, mas não como prisioneira e sim como uma cientista, o que teriam feito com ela?


- O que houve Alissa?

- Posso confiar em você?

- Não sei, acho que pode.

- Lois preciso confiar plenamente em você, pois tenho um segredo, e quando te contar, você terá que sair daqui para sempre e não voltar.

- Não, isso é a matéria da minha vida. - disse ela com raiva na sua voz

- Lois por favor.

- Me conte que então penso se vale a pena.


Alissa concordou com a cabeça e colocou suas mãos sobre a testa de Lois.


- O que você está fazendo?


Não precisou responder a pergunta já que tudo que queria mostrar estava passando para a cabeça da ruiva, quando acabou apenas retirou suas mãos e a encarou.


- Me desculpa Alissa. - ela acabou a abraçando - Eu não sabia disso, na verdade nenhum de nós sabia.

- Agora você entende porque deve ir?

- Sim, é perigoso para os humanos. Vou inventar alguma coisa para fechar isso.

- Não precisa, vou tornar o ar radioativo então será impossível operar a área até com roupas especiais.

- Sempre pensando em tudo, mas ainda tenho uma dúvida.

- Então pergunte.

- Porque eu não pude vê-la como é?

- Ninguém vê quando estou com essa roupa, costumo chamar de tecido Afrodite.

- Que engraçado, mas porque logo Afrodite?

- Afrodite era a Deusa do amor, e o mais curioso sobre ela era que nunca a viam como ela era, por ser a Deusa do amor os humanos só viam quem eram destinados a amar ou já amavam. Comigo é diferente, você pode ver quem ama, como também pode ver o que deseja ou acredita que eu seja, mesmo sem perceber.

- A roupa que acharam junto com a garota. - Alissa apenas confirmou - Mas você tem dúvidas sobre si mesma.

- Sim, muitas. Não sei porque não me lembro de certas coisas, sempre me lembrei de tudo.

- Alguém as pode ter apagado.

- Talvez.

- Foi um prazer te conhecer Alissa.

- Digo o mesmo.


Em menos de meia hora não havia mais ninguém na base, o sinal tocou avisando da radiação, ela saiu normalmente vendo todas aquelas pessoas sendo desinfectadas e com um balanço de braços houve um pequeno deslize de neve tampando toda a entrada para aquela base. Alissa olhou no meio da multidão e lá estava Lois Lane sorrindo orgulhosa, ela havia enviado uma ótima matéria para as memórias de Lane agora era só ela usá-la.

Andou entre a multidão seguindo seu coração e não parou até chegar onde o viu pela última vez, era como a lembrança, o rio ainda estava congelado, mas no meio havia um grande buraco. Devia estar ali, a esperando, olhou por todos os lados, mas nada, então se aproximou da beirada e só assim viu algo, com um piscar de olhos um raio a sugou levando-a mais abaixo onde havia a tal criatura desfigurada, sangue escorria pela sua cara, mal conseguia respirar. Ainda indecisa se aproximou vendo-o levantar sua cabeça.


- Me perdoe Alissa...

- O que houve com você, porque queria me machucar? - ainda afastada perguntou

- Você entendeu errado, disse aquilo apenas para afastá-la dele, mas não importa o que façamos, você sempre volta por ele.

- Quem?

- O homem de vermelho, ele e você tem uma...

- Por favor, não morra. - disse ela se agachando e logo pegando a mão

- Todos morrem um dia Alissa, e não é nada assustador, te garanto.

- Quem é você?

- Já fui seu Doutor, só estava testando seus sangue e isso me aconteceu, de repente tudo que você ainda ia presenciar passou pela minha cabeça e eu sabia que tinha que ajudar você menina. - ela rapidamente coloca a mão no peito dele olhando para os céus, clamando pelos raios, para poder torná-lo igual a ela e só assim o salvar - Não faça isso, já chegou minha hora.

- Me perdoa, você deve ter sido um ótimo doutor, mas não me lembro de você. - ela dizia começando a chorar

- Então funcionou a lavagem cerebral. - ele sorriu como se fosse seu maior feito - Acredite, foi pelo seu bem Alissa, sei que agora está assustada e querendo saber mais sobre mim e seu futuro, mas acho que um dia você saberá, hoje a única coisa que deve saber é que no fim terminamos uma boa história, e finalmente nela pude salva-lá daquele homem assustador.

- Me salvar? Por favor, me diz algo mais sobre meu passado, por favor.


Como o vento ele se foi, a luz verde o cercou e quando desapareceu, não havia mais nada ali, só ela e um buraco no meio do rio. Alissa levantou-se e antes de desaparecer olhou mais uma vez para o lugar onde ainda havia resto do sangue que um dia desapareceria dali, mas nunca da sua memória e finalmente voltou para o seu "lar".


A Garota que Foi Embora / Barry AllenOnde histórias criam vida. Descubra agora