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Os primeiros raios da manhã, penetraram a cortina clara da minha janela. Fazia tanto tempo que eu não dormia bem como hoje. Me sinto renovada, me sinto bem. Será que vou morrer? Amarro meu cabelo e desço até a cozinha. Preparo um café para mamãe e Astrid, antes de ir ao trabalho.

- Que bicho te mordeu? - minha irmã pergunta, ao entrar no cômodo - Ou melhor, quem te mordeu?

- Que engraçadinha - debocho, jogando uma panqueca para ela.

- Amelie - mamãe chama - Isso chegou para você.

Um buque de rosas vermelhas. Meu coração fica quentinho. Não imaginava que Tom era romântico desse jeito. Cheiro as flores e sinto o perfume. Há um bilhete dentro delas. Abro e leio com atenção.

"Duvides que as estrelas sejam fogo, duvides que o sol se mova,
duvides que a verdade seja mentira,
mas não duvides jamais de que te amo."
- William Shakespeare.

De seu admirador secreto, A.

William Shakespeare. Meu poeta preferido. Como Tom sabia? Vejo minha inicial no final do cartão, meu coração palpita de alegria. Estar apaixonada é tão bom, receber o amor é ainda melhor... Me arrumo para ir à casa de Josh e Karl, quando vejo um Audi preto na frente da minha casa. Sorrio para o Kaulitz e entro.

- Bom dia moreninha - ele me dá um selinho.

- Bom dia - respondo.

- Você parece bem... feliz hoje - ele me analisa, com seus olhos cor de caju.

- Aliás, obrigada - aperto sua mão.

- Pelo o que? - Tom me olha com dúvida. É sério que vai se fazer de bobo?

- Pelo buque - falo e ele freia na hora, fazendo minha bolsa voar para frente.

- Buque? Quem te entregou um buque? - seus olhos estão em chamas. Está com ciúmes.

- Eu... não sei, achei que tinha sido você.

- Não tinha nome nem nada? - questiona.

- Não... - tento lembrar do cartão - só tinha uma citação de Shakespeare.

- Quem é esse? - ele da partida no carro novamente, seus dedos tamborilizando no volante.

- Espera, o que? - arregalo os olhos - Como assim você não sabe quem é William Shakespeare. Escritor de Romeu e Julieta? Hamlet?

- Não sei mesmo - ele da de ombros.

- Então te obrigarei a ler - o cutuco, fazendo-o rir.

Chegamos na casa dos meninos. A mãe deles nos cumprimenta e sai ao trabalho. Josh e Karl ainda estão dormindo. Uma música começa a tocar no rádio, dininuo para que as crianças não acordem. Tom começa a se remexer, vindo em minha direção.

- Sai fora Kaulitz - me afasto do mesmo - Quero dançar não.

- Vai, por favor... - ele susurra em meu ouvido - Se eu terei de fazer coisas por você, terá que fazer para mim também.

- Ah - suspiro baixinho - Ok, ok.

Tom sorri e pega na minha cintura, seu toque me faz arrepiar. Ele me rodopia pela sala, me olhando de cima a baixo. Piso em seu pé uma ou duas vezes porém, ele nem liga.

- Porra, você é linda pra cacete - ele diz ao me puxar junto a ele.

- Você também é lindo pra cacete - rio de sua expressão.

Seus lábios se aproximam dos meus. Não sei se isso seria uma boa ideia. E se um dos meninos acordar? Por mais que eu pense nisso, não consigo me afastar. Suas mãos passam livremente pelo meu corpo. Mordisco seu piercing, mordendo seu lábio inferior. Sinto vontade de querer mais, de o querer mais. Nos afastamos assim que ouvimos uma voz atrás da nós.
Karl nos olha boquiaberto. Merda. E se a mãe deles souber que, ao em vez de trabalhar, eu estava dando uns amassos com alguém? Era tchau tchau.

- Karl, desculpa por você ter visto isso... - engulo em seco. O menino ainda está boquiaberto.

- Uou - ele nos analisa.

- Uou...? Uou o que? - olho para o menino confusa.

- Esse foi um dos beijos mais icônicos que já vi, Tom - ele olha para o Kaulitz ao meu lado - Quando eu crescer, quero ser igual a você. Tocar guitarra, ter uma banda e uma namorada bonita.

Tom e eu nos entreolhamos. Suspiro de alívio. Uma criança de 5 anos falando isso é muito... avançado.

- Torcerei para você campeão - o garoto de dreads pretos, passa a mão nos cachos de Karl - Se precisar de algumas dicas, só me chamar.

- Seu namorado é muito legal Márcia - a criança se dirige à mim, com seus olhos brilhantes. Não somos namorados, ou somos? Ainda temos tempo, apesar de Tom ir embora essa noite.

- É Amelie, não Márcia - rio do novo nome que o menininho inventou - E não somos namorados...

- Ainda - o Kaulitz me cutuca - Márcia.

- Márcia seu c....

Saio do trabalho junto de Tom. Ele quer me levar à um restaurante. Apesar de ser perto da casa dos meninos, optamos de ir de carro, para as pessoas não ficarem tirando fotos e especulando coisas. Tom freia de repente, fazendo meu celular voar para frente do carro.

- Você quer parar de freiar desse jeito? Dá próxima vez, não será um objeto que voará para frente, e sim eu - digo mas ele me ignora. Sigo seu olhar.

Uma bancada de revistas ao nosso lado. E bem ali, na frente, há uma com nossos rostos. Olho para Tom que coloca sua touca e vai até lá, sem me deixar o impedir. Ele volta com uma cara não muito agradável, jogando a revista para dentro do carro.

- Eu não sei se essas pessoas sabem o significado de p-r-i-v-a-c-i-d-a-d-e - ele bufa, analiso a revista.

- Eu não sei se essas pessoas sabem o significado de p-r-i-v-a-c-i-d-a-d-e - ele bufa, analiso a revista

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O que está escrito não é muito reconfortante.

Confirmado que Tom Kaulitz está namorando Amelie Zimmer, que não temos muita informação sobre. Ambos foram flagrados em vários lugares juntos. A garota com quem Tom está saindo, foi a mesma que jogou pratos nele por ciúmes, que o guitarrista da banda tokio hotel, estava com Avril. "Talarica", um entrevistado diz "Eu estava no restaurante naquele dia, ela jogou pratos no Kaulitz sem pensar duas vezes. Aposto que ela foi a causa do término de Avril Lavigne e Tom Kaulitz, uma completa zé ninguém". Apesar desse comentário maldoso, Astrid Zimmer, namorada de Bill Kaulitz e irmã de Amelie, nos disse o seguinte "Eles eram apaixonados um pelo outro, desde sempre". Fizemos algumas outras perguntas para a mesma, mas se recusou a responder. Então, qual das histórias vocês acreditam? Acesse nosso site oficial e deixe sua opinião.

- Uou - é o que consigo dizer.

- Não liga para isso - ele tira a revista de minhas mãos e joga pela janela - Eles que vão pra casa do caralho.

Kiss Me - Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora