014

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- Nossa - Tom fala de boca cheia- esse bolo tá muito bom.

- Melhor que os da mamãe - Josh elogia. Fico surpresa.

Tom disse que queria ficar um pouco mais, para me ajudar a cuidar das crianças. Josh e Karl parecem gamados por Tom. Fazem tudo que ele faz. Comendo tudo que ele come.

- Vem cá, vocês jogam vídeo game? - aponta o Kaulitz para o controle na sala.

- As vezes sim, mas é meio chato jogarmos juntos - Karl aponta para ele e para o irmão - Sabemos os pontos e fracos e fortes um do outro.

- Sabe quem jogava muito bem e me deixava no chinelo? - Tom continua - A Amelie.

Olho para os meninos que estão boquiabertos, eu até jogaria se isso não me causasse tanta dor. Meu companheiro fiel era eu pai. Ele partiu desse mundo. Enfiei todos os jogos em uma caixa e guardei nas profundezas de meu quarto, jamais tocaria novamente. Tom percebe meu olhar e muda de assunto.

- Talvez ela jogue outra hora, eu posso jogar com vocês se quiserem - Tom sorri para os meninos que se levantam correndo, indo até a sala.

Limpo a cozinha e horas se passam. O Kaulitz ainda está aqui. A mãe dos meninos entra toda animada.

- Meus filhos!! - diz ela os abraçando - Oh Amelie, esse rapaz bonito é seu namorado?

- Longe de mim senhora - brinco olhando para Tom - Josh e Karl se comportaram muito bem hoje.

- Ah que bom saber! - ela deposita um pequeno beijo em cada filho - Já pode ir Amelie. Venha sempre meu caro rapaz.

- Com certeza, essas crianças são muito maneiras - ele acena - Até mais.

Chegamos para fora de casa e um silêncio permanece. Até eu quebrá-lo.

- Como foi o encontro com Avril? - pergunto me lembrando.

- Foi incrível - ele sorri sozinho - ela faz exatamente o meu tipo.

- Então ela não é sem graça, irritadinha, orgulhosa. É loira, e usa roupas na moda - brinco forçando um sorriso.

- Amelie... - começa Tom.

- Relaxa, isso não me afeta nenhum pouco - ando até meu carro - nos veremos depois, Até logo.

- Até - deixo ele ali plantando e vou para minha casa.

Eu menti. É claro que me afeta, mesmo eu lutando contra isso. Não aguento mais. Meu coração insiste em querer pertencer a ele. Acho que o que Avril disse sobre ele me olhar, foi só um surto coletivo. Não notei nada disso hoje, seus olhos estavam distantes, pensando em outra pessoa. Pensando nela.

Almoço e Astrid começa a se arrumar. Vou até seu quarto onde a mesma está passando chapinha. A observo da porta. Minha irmã é uma das garotas mais bonitas que já vi. E não só sua beleza é perfeita, mas como seu humor e personalidade. Não diria que sou feia, mas não chego nem perto de sua beleza.

- Amelie, venha aqui! - escuto minha mãe da cozinha - Por que você não lavou se prato?

- Eu esqueci, desculpa - respondo secamente - eu já vou lavar.

- Deixa que eu lavo, pode ir se arrumando - ela me lança um sorriso.

Mas que porr... O que aconteceu com minha mãe? Por que ela agiu assim? Tão carinhosa? Agradeço com a cabeça ainda chocada. Me arrumo para sair com o Kaulitz. Será apenas um encontro entre amigos, não é? Não tem porque ficar nervosa. Mas eu estou nervosa.

Uma limousine para na frente de nossa casa. O motorista abre a porta e entramos. Fico surpresa ao ver todos os meninos ali, principalmente Georg e Gustav. Não sabia que viriam.

- Ah, desculpa - Bill nota meu olhar e o de Astrid - Tom insistiu em chamar Georg e Gustav também.

- Não vejo nenhum problema - dou de ombros. Isso me ajudará a não ficar tão nervosa.

- Trouxemos um chapéu para cada uma de vocês. Com certeza terá gente nos gravando e tirando fotos. Não querermos que suas vidas sejam invadidas - Bill nos entrega os chapéus sorrindo amigavelmente.

- Você nem precisava ter passado chapinha Astrid, mal vai aparecer agora - brinco.

- Ah, verdade - suspira ela.

- Mas você fica linda de qualquer jeito - Bill a motiva. Um silêncio se apossa do ambiente. Bill e Astrid ficam se olhando por alguns segundos. Olho para os meninos que estão se segurando para não rir.

- Que gado - Tom diz por fim.

- Foi fofo - fala Georg sorrindo.

- Foi bem gado - o Kaulitz mais velho repete.

- Para de encher o saco Tom - Bill o cutuca.

- Aliás, para onde estamos indo? - Astrid muda de assunto.

- Vocês devem conhecer já que moram aqui, Orla da praia - responde Gustav.

- Fui com Astrid lá, mas fui poucas vezes, não sou fã de água do mar - faço uma careta.

- Por isso senti um cheiro ruim daqui - provoca Tom.

- Não tomo banho com água salgada, besta.

Chegamos ao nosso local de destino. O vento atinge meus cabelos fazendo-os voar para dentro da minha boca. Tom ri de minha situação e mostro o dedo do meio.

- Astrid, era pra trazer biquíni? - pergunto ao ver os meninos tirando as blusas.

- Ah eu esqueci de avisar, peguei um pra você - ela me entrega. Levanto as sobrancelhas. Esse é o biquíni que eu mais odeio - Eu sei o que você está pensando, mas ele cai bem em você.

- Eu não gosto dele porque tem uma tamanho menor, e se meu peito saltar pra fora? - arregalo os olhos.

- Relaxa, não vai não - Astrid diz indo até o banheiro - Eu espero.

Ela me deixa ali sozinha. Suspiro e ganho um susto ao ver todos os garotos atrás de mim.

- Que susto cacete - xingo - O que vocês querem?

- Você poderia fazer a gentileza, de passar protetor solar em nossas costas? - Gustav pergunta.

- Por que vocês não revesam? Bill passa na do Tom e Tom na de Bill, Georg na de Gustav e Gustav da de Georg - sugiro.

- Na última vez não deu boa, não confio em nenhum deles - semicerra Georg olhando para os amigos.

- O que aconteceu na última vez? - pergunto olhando para eles.

- Ah... Tom passou protetor nas costas de Georg, mas desenhou uma rola. Ficou marcado depois - Bill reponde segurando o riso.

Fico observando os meninos. Solto uma gargalhada repentina, fazendo todos ficarem surpresos.

- Eu acho... - começo tentando recuperar o fôlego - que é melhor vocês pedirem para Astrid. Vocês terem me contado isso me deu uma grande vontade de fazer o mesmo.

- Esqueci que você joga igual o Tom - ri Bill - Vocês sempre aprontavam quando crian...

Bill olha além de mim, me viro vendo Astrid saindo do banheiro. Seu corpo é extremamente perfeito. Seu biquíni realça todas suas curvas. Não me importo muito. Eu gosto do meu corpo.
Os meninos vão em direção a ela. Cachorrinhos procurando a dona. Olho para frente vendo Tom ainda ali.

- Você não vai lá também? - levanto as sobrancelhas.

- Não, não quero entrar na fila. Quero ir direto pro mar - ele me entrega seu protetor.

- Vira ae então - peço.

- Com todo prazer - o tom de seu voz me faz arrepiar.

Passo o protetor em minhas mãos e esfrego em suas costas. Elas deslizam em sua pele macia. Sinto um calor emanar de seu corpo. Sua nuca se arrepia. Começo a arranhá-lo lentamente. Sinto sua respiração ofegante. Paro assim que tomo conta do que estou fazendo.

- Quer passar na frente também? - pergunta ele provocativo.

- A vai se foder.







Kiss Me - Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora