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Nunca imaginei que "namoraria" uma celebridade. Na verdade, nunca imaginei que namoraria alguém. Andar com Tom Kaulitz na rua, gera muitos olhares e cochichos. Fotos de lá, fotos de cá. Confesso que isso me deixa bem desconfortável, e para Tom também.

- Ufa - ele suspira ao entrar no carro - finalmente só nos dois.

- Sim - forço um sorriso, limpando meu nariz ensanguentado.

- Deixa que eu limpo - o Kaulitz pega a manga de seu casaco - Você está melhor?

- Estou.

Quando estávamos no parque, um grupo de garotas nos parou para tirar foto com Tom. Me pediram para fotografar. Estava tudo bem, até elas se aproximarem demais de Tom. Passarem a mão nele, mesmo ele as dizendo para se afastar. Admito que talvez, só talvez, eu tenha me descontrolado.

- Se você tocar no que é meu de novo, te meto a porrada - meus olhos queimam de raiva, encarando uma menina em especial. As amigas delas me devolvem o olhar.

- Amelie... - Tom tenta me acalmar.

- Relaxa Tomzinho, aposto que essa sua peguete é interesseira - a garota me provoca.

- Interesseira é o caralho - devolvo, me aproximando da mesma - Vaza daqui.

- Se não, o que? - ela me encara. Estamos a milímetros de distância - Vai me jogar pratos também?

Sinto meu corpo pedir para socá-la, porém me contenho. Suas amigas estão gravando. Isso causaria muita polêmica pra cima de Tom, não quero que aconteça. Respiro fundo e sinalizo para o Kaulitz, para irmos embora. Sinto a mão do garoto de dreads pretos apertar a minha, ajudando a me controlar.

- Que lindo casaco, é do papai? - a garota continua - Ou melhor, de um defunto?

- Amelie por fav...

"A raiva é um veneno que bebemos esperando que os outros morram". Minha psicóloga me disse, em nossa última consulta. Não sei bem o que significa, mas não ligo agora. Não consigo pensar direto, sei que farei merda.
Desde criança, eu sentia raiva mesmo das menores provocações. Aprendi a conte-las, pelo menos a maioria. Sei que papai não gostaria de ver o que estou prestes a fazer. Me sentirei culpada depois, mas não ligo. Só quero amassar a cara dessa puta.

Me solto das mãos te Tom, indo na direção da garota. Ela tenta recuar, contudo, a alcanço antes. A empurro no chão, lhe batendo. Suas amigas puxam meus cabelos, tentando me tirar dali. Tom fracassa ao tentar nos separar, recebendo um soco meu. Foi sem querer, eu acho. Olho para a menina sangrando à minha frente. Merda. Sinto meu nariz arder, baixei a guarda. Sangue escorre pelo mesmo.

- NO VUELVAS A HABLAR DE MI PADRE, HIJO DE PUTA - grito ao me jogar em cima da garota novamente.

Seguranças aparecem e nos separam. A garota cospe sangue em meus pés, sorrindo. Desgraçada.
Tom me leva até o carro. Meu nariz não para de sangrar.

- Desculpa - digo, enquanto ele limpa meu nariz - Eu fiz merda, de novo.

- Relaxa, a gente resolve isso depois, tá legal? - ele faz uma careta, seu maxilar está vermelho.

- Desculpa pelo soco - tento rir mas minha cara dói.

- Adoro mulheres irritadas. Bravas. Explodindo de raiva - susurra, beijando meu rosto - Você fica muito sexy, tão charmosa. Aquele ar de que vai quebrar tudo e mandar o mundo pelos ares.

- Você gosta é? - digo entre seus lábios - posso ser assim sempre, se quiser.

- Acho que não seria tão agradável para os outros - seus olhos se fixam em meus lábios.

- Que se foda os outros - o devoro. Ambos ignoramos a dor de nossos rostos. Ignoramos o fato de estarmos dentro do carro.

Falta poucas horas, poucas horas para ele ir embora. Meu peito dói. Queria que ele ficasse... queria ir junto. Nenhuma das opções é possível.

- Vamos ir para onde agora? - pergunto baixinho.

- Nenhum lugar - ele me beija novamente - Quero aproveitar nosso último momento a sós. Só eu e você e você e eu.

- Aproveitar de que forma? - sorrio maliciosamente - só me beijando?

- Não se você quiser - ele me olha sério - você quer?

Que pergunta é essa? É claro que eu quero. Desejei ser tocada e explorada por Tom por tanto tempo. O desejo de nos conectarmos de uma forma diferente...

- Sim - respondo, como se estivesse implorando.

- Mas aqui não - ele olha ao redor - seria mais uma polêmica se nos pegassem. Vamos para o hotel.

- Mas os meninos não estão lá? - pergunto confusa.

- Não - ele sorri maliciosamente, ligando o carro - o lugar é todo nosso.

Entramos no cômodo checando se está realmente vazio. Tom por um lado e eu por outro.

- E aí? - ele se aproxima - Ninguém?

- Ningu... - antes que eu possa terminar, o Kaulitz já está com a boca na minha, me colocando contra a parede, beijando meu pescoço.

Suas mãos me exploram. Sinto um arrepio e solto uma gemido baixo quando ele me pega no colo. A pressão de nossos corpos me sufocando de um jeito que pensei que não era possível sentir. Entrelaço meus braços ao redor de seu pescoço enquanto ele me leva até o quarto.

De um jeito agressivo, ele me joga na cama. Tom me olha de cima, ofegante, com um sorriso malicioso nos lábios. Meu corpo todo grita por desejo e, enquanto sua boca não toca a minha novamente, me sinto sob tortura. Ele abre minhas pernas e fica entre elas. Uma calor enloquecedor bagunça todos os meus sentidos. Porra... isso é tão bom. Suas mãos insinuam tirar minha blusa mas, por um momento, o Kaulitz hesita.

- Faça o que quiser comigo - susurro.

Então ele me beija novamente. 
Tom tira, lentamente, minha blusa. Assim que me vê só de sutiã, solta um gemido fraco. Os olhos brilham, como estrelas.

- Você não tem ideia, do quanto desejei te ver assim - sua voz falha.

Levo minhas mãos até as costas. Tom percebe e me ajuda a tirar o sutiã. Ele fecha os olhos e ri. Não sei bem o que está acontecendo com ele, mas continua tão excitante quanto.

- Te quero tanto, cacete - suas palavras me atingem, ofego, assim que suas mãos agarram meus seios - É minha. Me pertence.

Não consigo dizer nada, apenas sons abafados saem de meus lábios. Ele beija e lambe meus seios. Levo minhas mãos até sua blusa e a tiro. Passo meus dedos pelo seu peito nu. Tom desce me beijando levemente, me causando arrepios. Ele começa a desabotoar as calças, enquanto eu abaixo a minha. Não sei o que estou fazendo, mas não me importo. O Kaulitz não tira os olhos dos meus, para ter certeza se quero o que ele quer.

Ele me toca em partes que nunca deixei ninguém chegar perto. Quando estou com ele, sinto meu peito aquecendo, sendo preenchido com algo forte, um sentimento devastador, no sentido bom. Algo muito parecido com... Felicidade.

- Você tem certeza? - ele pergunta, me deitando novamente, abrindo a gaveta de sua mesa.

- Tenho - imploro.

- Eu te amo - ele segura minhas mãos.

- Eu também te amo - aperto suas mãos, ao sentir uma dor penetrar dentro de mim.

Tom foi tão atencioso e calmo a todo momento... Acariciou minhas mãos até a dor se tornar prazer. Foi incrível. Ele me envolve em seus braços. Beijando o todo de minha cabeça.

Se eu tivesse a chance de mudar algo em minha vida, não mecheria em nada. Tudo que aconteceu me trouxe até aqui, até ele. Não me arrependo de nada...

Kiss Me - Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora