- Para aqui. Isso - Tom diz, descendo rapidamente do carro e entrando no mercado. O que ele está fazendo? O Kaulitz volta depois de alguns minutos com sacolas em mãos - Pronto. Podemos ir.
Tivemos a ideia de irmos à praia. Apesar de estar de noite, o clima está ótimo. Não tem ninguém nesse horário, por incrível que pareça. Tom desce com suas sacolas e pego uma toalha velha que estava no meu carro. Estendo no chão e nos sentamos. Posso nem acreditar no que aconteceu hoje. Fixo meus olhos no garoto de tranças, que me observa também. Começamos a rir pelo clima estranho que ficou.
- Toma - falo, tirando a carteira do bolso - É tudo que eu tenho no momento.
- Pra que isso? - ele arqueia as sobrancelhas.
- Por você ter pago a multa do meu carro - lhe ofereço o dinheiro.
- Não precisa - ele diz - Você levou a multa por minha causa, então...
- Precisa sim - insisto.
- Não precisa - ele recusa minha mão com um a aceno.
- Precisa sim - repito, colocando o dinheiro em seu colo.
- Não - Tom devolve o dinheiro.
- Sim - o entrego novamente.
- Não.
- Sim.
- Sim - ele sorri.
- Não... - fecho os olhos aceitando a derrota - Vai se foder. Eu tenho que te pagar sim.
- Paga de outra forma - sorri maliciosamente, me olhando com intensidade.
- Tipo o que? - o olho da mesma forma.
- Me beijando - seu sorriso se alarga. Me derreto toda - me beijando e me beijando.
- Ah é? - me aproximo, ficando com minha boca a milímetros da dele - Só farei isso se aceitar o dinheiro, não quero que pense que estou me aproveitando de você.
- Nunca pensaria isso, moreninha - seu polegar passa suavemente pelos meus lábios - Tá tudo bem, não precisa me pagar.
- Tem certeza? - sussurro.
- Em dinheiro físico sim, mas ainda vai ter que me pagar de outra forma - suas palavras me fazem arrepiar.
Nossos lábios se aproximam. Me inclino ainda mais para frente. Nosso beijo se intensifica, me fazendo tremer. Tom me puxa para seu colo. Ele aperta minha bunda com força, sua outra mão em minha nuca, agarrando meus cabelos. As minhas estão ao redor de sua cabeça. Só quero chegar mais perto. Só quero beijá-lo infitas vezes. O poder que Tom Kaulitz tem sobre mim, é inimaginável. Meu corpo vibra em desejo. De querer mais. De sentir mais. Tom me deita, olhando fixamente para meus lábios.
- Você não tem... ideia do quanto eu... desejava por isso - ofega, me olhando por inteira - De te ver assim... ah.
Antes que eu possa dizer alguma coisa, seus lábios atacam os meus agressivamente. Minha respiração fica desregulada, assim como a dele. Isso só pode ser um sonho. Suas mãos acariciam minha coxa. Arranho levemente suas costas, sentindo sua nuca arrepiar. Ele beija meu pescoço lentamente, me fazendo soltar gemidos baixos. Tom levanta minha blusa, beijando minha barriga, então ele para de repente. Quase fomos longe demais. Uma frustração me atinge. Eu queria mais. Ele deita ao meu lado ofegando. Sua mão aperta a minha. Sorrio. É a primeira vez que me sinto feliz por completo.
- O céu está lindo essa noite - murmuro.
- Está - ele se vira para mim - e sabe quem é mil vezes mais lindo que ele?
- Quem? - levanto as sobrancelhas, já sabendo a resposta.
- Eu - Tom ri. Lhe dou um pequeno soco e ficamos ali. Deitados. De mãos dadas. Apreciando o momento.
- Cacete - me sento de repente, passando a mão pelos cabelos - Esqueci completamente que eu não apresentei minha peça hoje. Minha professora vai me matar.
- Relaxa, foi por uma boa causa - Tom tenta me motivar - Se você contar a verdade, ela entenderia.
- Espero que Avril e Astrid tenham feito isso por mim - suspiro - Que horas são?
- 23:40 - Tom responde olhando seu relógio.
- O que?! Porra - me levanto, limpando a arreia de minhas roupas - Eu tenho que cuidar de Josh e Karl amanhã.
- Então eu irei junto - ele se levanta também.
- Por que?
- Porque quero aproveitar meu tempo com você - sua voz sai rouca.
- Ah, sim - me frustro novamente. Tinha esquecido que ele terá de ir amanhã fazer turnê.
- Fica de boa - sua mão aperta a minha - temos 24 horas para fazermos o que quisermos amanhã. A não ser que você queira começar hoje, poso dormir com você.
- Ata, vai nessa - sorrio, revirando os olhos, ajuntando as coisas.
- Sorriu é porque quer - ele me lança um um olhar malicioso.
- Aliás, por que você trouxe essas sacolas? - aponto para as mesmas.
- A merda, esqueci. Comprei algumas comidas. Minha mente desviou completamente. Só queria te dar uma "comidinha", bem boa, bem saudável - ele arqueia as sobrancelhas.
- Vai nessa vai. Se pegassem a gente "comendo" aqui, daria mierda.
- Repete - ele entra na minha frente.
- O que? - arregalo os olhos, tentando lembrar se disse algo errado.
- A última palavra... - susurra.
- Mierda? - ele está bem?
- Isso, seu sotaque é tão lindo - ele diz e gargalho.
- Debe estar loco - o provoco.
- Loco por ti - ele me dá um pequeno beijo - Acho melhor nós irmos, Bill não para de me mandar mensagem.
Deixo Tom em seu hotel. Ele desembarca e dá a volta, chegando na janela do motorista.
- Não quer dormir comigo mesmo? - pergunta.
- Sim Kaulitz - rio de sua cara.
- Problema é todo seu - ele me beija levemente - Até amanhã.
- Até amanhã - sorrio entre seus lábios.
Tom acena e entra no hotel. Espero que quando eu acordar amanhã, o que aconteceu hoje continue sendo real. Está vendo papai? Eu consegui.
Chego em casa com mamãe me esperando. Me preparo para mais um sermão.- Eu fiz bolo - ela diz - Se você estiver com fome pode comer. Irei me deitar.
- Ah... tudo bem. Boa noite mãe - não me caiu a ficha que mamãe está diferente comigo. Já havia esquecido.
- Como foi?! - Astrid surge na cozinha, me fazendo levar um susto.
- Porra Astrid, quer me matar do coração? - coloco a mão no peito, tentando me acalmar - Foi incrível.
- EEEEEEEEEBBBAAAAAAA - ela me abraça.
- Silêncio sua doida, mamãe está dormindo - tento me afastar, mas ela me segura com toda sua força.
- Que bom que deu tudo certo - ela choraminga.
- Sim, que bom - aceito seu abraço - Obrigada. Você e Avril colocaram minha cabeça no lugar.
- Sempre estarei aqui para te ajudar, maninha.
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Kiss Me - Tom Kaulitz
RomanceEles eram vizinhos antes de Tom ficar famoso. Eram amigos. Melhores amigos. Amelie tinha uma paixão secreta por ele, mas o garoto nunca sequer se importou com os sentimentos dela. Ele era profundamente apaixonado pela irmã de Amelie, Astrid, que era...