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Mais um dia cansativo começa. Minha cabeça lateja. Josh e Karl inventaram de fazer uma banda. Pegaram algumas panelas e Josh é o baterista, enquanto Karl usa a vassoura como se fosse uma guitarra.

- Amélia - Karl fala de repente - onde está seu namorado?

- É Amelie não Amélia, e ele não é meu namorado - corrijo secamente - Estou pouco me importando para onde quer que ele esteja.

- Achei que ele fosse seu namorado, porque disse muitas coisas boas sobre você - o menino faz uma careta.

- Coisas boas? - fico imaginando Tom falando bem de mim. Só se fosse em outro mundo - Ata.

- Mas ele disse mesmo - Josh continua - disse que você é incrível, em todos os assépticos.

- Aspectos - repreendo-o. Incrível em todos os aspectos? Droga Kaulitz.

- Amélia, joga video game com a gente, por favor - Karl implora.

- Eu não jogo mais - forço um sorriso.

- Por que não? - o mais velho questiona.

- Porque... - olho para as crianças à minha frente. Elas entenderiam se eu explicasse? Talvez sim - jogar video game me faz lembrar do meu pai. Nós jogávamos juntos, e ele não está mais aqui, virou uma estrelinha.

- Será que nossos pais se conhecem? - Josh fica animado.

- Por que? - percorro meu olhos pelos meninos.

- Porque ele também virou uma estrelinha - responde. Uma enorme compaixão me atinge. Eles são tão pequenos e já provaram a dor de uma perda significante.

- Acredito que eles estejam conversando lá no céu agora, nos observando - tento ser amigável - Querem que eu faça algumas panquecas?

- SIM! - respondem ao mesmo tempo.

Chego em casa cansada novamente, vou direto para cozinha. Astrid me vê e fecha rapidamente o notebook, me olhando estranho.

- Você está assistindo pornô? - semicerro os olhos.

- O que? Credo Amelie, não - ela refuta.

- Então me deixe ver o que é - levanto as sobrancelhas em desafio.

- Eu não sei se você vai querer ver - ela suspira me entregando o aparelho.

Meu sorriso se desfaz. Eu imaginava que isso iria acontecer... mas me afeta. E por que me afeta? Mas que cacete.

Uma notícia postada recentemente, aficializando o namoro de Tom Kaulitz e de Avril Lavigne.

Olho para Astrid que me encara tristemente

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Olho para Astrid que me encara tristemente. Sei que ela está se culpando.

- Tudo bem - digo entregando o notbook para ela - Isso aconteceria mais cedo ou mais tarde.

Subo para meu quarto. Respiro fundo, tentando deixar isso de lado. Abro o guarda-roupa vendo ali, bem à minha frente, a blusa que Tom me emprestou no dia da festa. A pego em mãos. Sinto o cheiro do perfume de Tom ainda presente, mesmo eu tendo lavado.
Lágrimas descem pelo meu rosto sem eu perceber. Por que eu tenho que ser tão orgulhosa? Damos valor as pessoas, depois que a perdemos. Essa frase nunca foi tão verdadeira como agora. Me jogo em minha cama fitando o teto. Tudo bem. Vai ficar tudo bem. Vou expulsá-lo de mimha mente.
Sinto meu celular vibrar em meu bolso.

- Alô? - minha voz falha.

- Alô... espera aí, Amelie? - escuto a voz de Tom do outro lado - Porra, não acredito.

- Pois acredite, me ligou por que? - pergunto sem ânimo na voz.

- Precisava de alguém para passear com Capper, me passaram um número mas não sabia que era você - ele murmura irritado - Se eu soubesse nem teria ligado.

- Quem é Capper? Seu filho? - brinco.

- Meu cachorro - responde secamente - Vou procurar outra pessoa, Tchau.

Ele desliga na minha cara e começo a rir. Minutos depois, meu celular vibra novamente.

- Então... - ouço a voz do Kaulitz mais uma vez - Não achei ninguém que poderia confiar para ficar com Capper, você poderia vir até o meu hotel?

- Quer dizer que você confia em mim? - o provoco.

- Não - ele diz - Caso maltrate meu cachorro, sei onde fica sua casa.

- Ok Ok - me levanto suspirando - Me mande o endereço.

Chegando ao hotel, há várias fãs sentadas ao redor do edifício, junto com vários repórteres. Os olho com desinteresse e subo de elevador para o quarto dos meninos. Ao entrar, dou de cara com Avril.

- Amelie... oi - ela me olha surpresa - Não sabia que viria.

- Ah, oi Avril... Tom me ligou para passear com o... Copper - justifico adentrando o cômodo.

- É Capper - o Kaulitz mais velho aparece junto com um ponteiro alemão de pelo curto. Um clima estranho se apossa do ambiente. Não me caiu a ficha que Tom Kaulitz me ama, ou amava - É... só avisando que ele não é de se acostumar com as pessoas rapidamen...

Antes que ele possa terminar de falar, Capper vem correndo em minha direção. Ele começa a lamber minha mão.

- Ow que cachorro mais lindo - afino a voz - Capper né. Você é tão grande e bonito. Me chamo Amelie.

- Capper vem aqui - Tom chama mas seu cachorro não obedece - Capper.

- Acho que ele já me ama - sorrio dando carrinho nele, amo cachorros.

- Só não parta o coração dele - sussura Tom se aproximando de mim. Ele prende a coleira em Capper evitando me olhar.

- Vocês... vão sair? - pegunto olhando para Avril, fugindo do pedido de Tom.

- Sim - ela sorri - Iremos comemorar - a mulher me mostra o anel em seu dedo.

- Ah é, parabéns - forço um sorriso - para vocês dois.

- Tom onde está... Amelie! - vejo Bill saindo de seu quarto. Ele me abraça - Que bom te ver aqui - Tom, você sabe onde está meu salto rosa?

- Sei sim, Capper mijou em cima e está lá na lavanderia - brinca o gêmeo mais velho.

- O que!? - Bill arregala os olhos e contenho uma risada.

- Brincadeira, não sei onde está - diz Tom pegando Avril pela cintura. Eles se beijam e eu e Bill fazemos cara de nojo - Já vamos indo. Tchau Bill, Tchau Capper.

Finjo que Tom não ignorou minha presença e olho para Bill. O mesmo me devolve um olhar com pena. Georg e Gustav aparecem no cômodo.

- Amelie, eae - Ambos me cumprimentam

- Olá - sorrio ao ver a cara de Bill. Georg está usando os saltos do Kaulitz.

- Vocês notaram como está fazendo um lindo dia lá fora? - o garoto de cabelos compridos anda até a janela. Suas pernas estão bambas por não saber andar de salto.

- Georg sua vadia, devolva meus sapatos agora. Você vai torcer o tornozelo e estragar meu salto - bufa Bill.

- Vem pegar BiloBilo - o mesmo pega um travesseiro e arremessa na direção de Georg. Ele se esquiva e uma guerra de travesseiros começa.

Kiss Me - Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora