Here Comes The Sun (2son)

Temporal

O brasileiro lutava para processar todas as emoções que o assolavam. A imagem idealizada que ele tinha de Son estava desmoronando, e a incerteza e o vazio começavam a se instalar em seu coração. Ele se sentia perdido, como se estivesse enfrentando um desconhecido, uma figura irreconhecível que se escondia por trás do rosto familiar de seu amado.

— Sabe o por quê?! Porque o Ethan é a porra de um estuprador de merda que mereceu TUDO o que aconteceu com ele!

As palavras de Son atingiram Richarlison como um soco no estômago. A acusação de que Ethan era um estuprador abalou suas estruturas. Um turbilhão de pensamentos invadiu sua mente, enquanto ele tentava conectar os pontos e compreender a verdade por trás das palavras de Son.

Uma mistura de preocupação e medo tomou conta de Richarlison quando ele finalmente encontrou coragem para perguntar:

— Ele fez isso com você? — Olhou em seus olhos, preocupado com a resposta.

O silêncio se arrastou, pesado de tensão e angústia. O coração de Richarlison batia descompassado, aguardando ansiosamente a resposta de Son. Um frio intenso percorreu sua espinha, como se estivesse prestes a confrontar uma realidade sombria e dolorosa.

Naquele momento, o mundo parecia suspenso. Passado, presente e futuro se fundiam em uma única existência.

— Não.

Richarlison sentiu um misto de alívio e confusão diante da resposta de Son. Parte dele se alegrava por saber que seu amado não tinha sido diretamente afetado pelos atos repugnantes de Ethan. Porém, a curiosidade o consumia, ansiando por respostas.

Richarlison sentiu um misto de alívio e confusão diante da resposta de Son. Parte dele se alegrava por saber que seu amado não tinha sido diretamente afetado pelos atos repugnantes de Ethan. Porém, a curiosidade o consumia, ansiando por respostas.

— Quem foi?

— Isso não importa. — A resposta brusca de Son ecoou em seus ouvidos.

Ele se manteve em silêncio um pouco com a cabeça baixa tentando assimilar toda aquela enxurrada de informações que invadiam a sua mente.

— Vocês vão me matar também? — Richarlison pronunciou com frieza e apatia, levantando o seus olhos para o encontro ao dos Son, que pareceu atordoado com a pergunta.

Son ficou em silêncio por um momento, processando as palavras de Richarlison. A pergunta fria e apática atingiu-o em cheio, revelando a profundidade do medo e da desconfiança que consumiam o brasileiro. A dor de Paulo ainda ecoava em suas mentes, e agora Richarlison temia que seu destino fosse o mesmo.

Son olhou nos olhos de Richarlison, vendo a angústia e a incerteza refletidas neles. Ele sentiu um nó se formar em seu estômago, incapaz de compreender como seu amado poderia pensar que ele representava algum perigo.

— Richarlison... — Ele tentou formular alguma resposta mas estava atônito com as suas palavras.

— Vocês mataram o Paulo porque ele descobriu o que vocês. Por que não me matam também?

Son lançou um olhar confuso para Richarlison, tentando compreender suas palavras. A ideia de que Paulo havia sido morto por ter descoberto a verdade parecia um delírio, uma teoria conspiratória que não fazia sentido para ele.

— Do que você tá falando?! — Son exclamou, sua voz carregada de incredulidade e preocupação. Ele não conseguia compreender como Richarlison tinha chegado a essa conclusão absurda.

— Falei com a investigadora hoje, ela me me disse que ele foi assassinado. Paulo descobriu e pagou com a própria vida. Não foi?