Deeply Into It

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Após vasculhar as anotações e o notebook de Ethan, Richarlison decidiu sair do seu dormitório com os materiais em mãos. Sentindo a necessidade de um ambiente diferente para se concentrar e assimilar as informações que encontrou, ele optou por ir a um café próximo.

Ao chegar no estabelecimento, Richarlison escolheu uma mesa isolada em um canto tranquilo e se acomodou. Ele colocou o notebook e as anotações em cima da mesa, observando-os com uma expressão determinada. Pediu uma xícara de chá para acompanhar sua jornada de investigação.

Enquanto esperava o seu chá chegar, Richarlison mergulhou novamente nos registros e nas anotações, buscando pistas, conexões e qualquer indício que pudesse ajudá-lo a desvendar os segredos que envolviam Son e o incidente de Ethan.

As anotações do seu antigo colega de quarto não pareciam fazer sentido algum, eram um emaranhado de palavras e números que não levavam a lugar algum, era como se só fizesse sentido na cabeça afetada de Paulo.

Ou talvez ele só fosse muito estúpido para entender o que aquilo significava. Só tinham se passado 15 minutos desde que tinha sentado com as anotações em mãos mas sentia sua energia toda ser sugada com aquilo.

Pegou o notebook tentando ter alguma idéia do que tinha acontecido, mas a senha não o permitia acessar o conteúdo do aparelho. Então, pegou o seu celular, se sentindo frustrado e entediado com a investigação mas também procurando alguma luz naquilo tudo. Normalmente ligaria para Son quando estava se sentindo perdido, mas não tinha como se dar ao luxo de fazer aquilo.

Richarlison deslizou o dedo pela tela do celular, navegando por suas mensagens e contatos. Ele hesitou por um momento, mas acabou por ligar para Emerson. Não que o rapaz fosse um poço de sabedoria também, mas pelo ao menos serviria para lhe dar uma outra perspectiva.

A chamada tocou por duas ou três vezes antes de Emerson atender ao seu telefonema. Richarlison sentiu um leve alívio quando Emerson finalmente atendeu a chamada.

— E aí, Richarlison! O que tá rolando? — A voz animada de Emerson ecoou pelo telefone.

Richarlison respirou fundo antes de responder, tentando transmitir sua preocupação.

— Emerson, estou passando por uma situação estranha e preciso de um conselho. É sobre Son. — Richarlison mantinha sua cabeça baixa, sentindo o seu estômago revirar dentro de si. — A gente pode conversar? Pessoalmente.

Emerson ficou em silêncio por um momento, antes de responder. Era dez da manhã de um sábado, normalmente usaria aquele dia para passar com a sua namorada, mas sentindo o senso de urgência na voz do amigo, optou por concordar com o encontro.

— Onde você tá? — Richarlison demorou um pouco para conseguir pronunciar o nome do café que estava, mas quando conseguiu, Emerson concordou em encontrar com ele.

Enquanto esperava por Emerson, sua mente estava cheia de pensamentos e emoções conflitantes. Ele se perguntava se estava exagerando ou se realmente havia algo errado com Son. A incerteza o consumia, e ele ansiava por conselhos e uma perspectiva imparcial.

— E aí, cara. O que tá pegando? — Emerson cumprimentou-o com um aperto de mão.

— Emerson, tenho notado algumas coisas estranhas com o Son ultimamente. Ele anda agindo de maneira diferente, mentindo sobre certas coisas. Eu não sei mais o que pensar ou em quem confiar. — Richarlison olhou para seu amigo, sua expressão séria e preocupada.

— Você acha que ele tá te botando chifre?

— Que? Não! — Richarlison riu levemente com a idéia mas negou com a cabeça. — Não, não. É muito pior.

Here Comes The Sun (2son)Onde histórias criam vida. Descubra agora