Capítulo 06

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TRISTAN

Eu sinto Ariella me agarrar com todas suas forças quando eu atiro no ombro desse filho da puta, não sei o que deu em mim, nunca me importei muito com o que acontece entre as pessoas que frequentam meu clube, eu já vi de tudo nesta vida e sinceramente não é da minha conta, mas uma raiva ferveu quando vi que seu futuro esposo estava prestes a agarrar sem seu consentimento.

Gavin Prince era o homem que seu pai estava escolhendo para se casar sendo que este homem tem uma lista de várias prostitutas que ele fode diariamente neste mesmo clube, eu não duvido que ele tenha pegado algum tipo de doença.

— Dominic chegue aqui — falo no relógio comunicativo e ele apita verde significando que ele recebu a mensagem e está a caminho.

Ariella está assustada provavelmente nunca presenciou uma cena dessas, seu futuro marido grita como uma garota em perigo.

— Senhor. — Dominic chega segundos depois e olha para mim e Ariella então volta seu olhar para Gavin.

— Livre-se disto. — aponto, estarei lá em cima. — ele assente — Venha comigo — puxo Ariella que cambalea atrás de mim, soluços presos em sua garganta se soltando lentamente.

Será um trabalho difícil. Quando Dominic me informou sobre as reservas de Ariella e sua amiga Stella para meu clube, eu fiquei de olho nas cameras desde que ele abriu as oito da noite, duas horas depois elas chegaram, eu reconheceria Ariella mesmo com essa máscara de coelho em seu rosto, ela estava parecendo a porra de uma fantasia e todos estavam a olhando, fiquei posesso e nem entendi.

— Você o matou? — ela sussurra quando chegamos a minha sala, é pequena apenas para eu controlar as coisas no clube enquanto estiver aqui.

— Você não o ouviu gritar? — meu tom a assusta, ela da dois passos para trás. Suspiro e massageio as têmporas. — Não, não o matei. — seus grandes olhos me encaram por baixo dos cílios, aperto minhas mãos em punhos duros quando meus olhos acidentalmente caem por seu corpo.

Suas botas pretas são compridas até seus joelhos, ela usa uma meia calça de rendas me permitindo ver pedaços de sua pele lisa, seu short é quase como uma calcinha de couro de tão curto que é, ela tem um top preto que pouco cobre seus seios redondos mas não esconde o decote, sua maquiagem é obviamente combinada com a porra das orelhas da máscara em sua cabeça.

Deus me ajude.

— Vista isso — atiro meu casaco nela que segura e passa pelos seus braços finos, o material cobre todo seu corpo graças a Deus.

Engolino em seco, Ariella me espia curiosa, então ela brinca com seus dedos.

— Hum... obrigada por me salvar. — fala timidamente com sua voz doce um pouco mais calma — Eu tomei um susto. — confessa. — Nunca presenciei nada assim — conta e eu quero me jogar.

Primeiro porque meu quarto de repente pareceu muito pequeno e está bastante quente.
Segundo porque sua voz soa demasiadamente erótica para ser verdade e suas espiadas em minha direção se parece com minha perdição.

— Sem problemas. — digo, ela sorri fraco e abraça seu corpo cheirando meu casaco, ela sorri.

— Cheira tão bem. — algo dentro de mim borbulha com sua confissão — Eu lembro de você. — ela me olha — Você é o cara do café, eu esbarrei em você, desculpa mais uma vez — franzo as sobrancelhas e ela fica confusa — Você não lembra? — balanço a cabeça em negação apesar de ter protegetado aquela imagem vinte e quatro vezes desde que aconteceu.

Suas bochechas ficam vermelhas, ela é admiravelmente linda.

— Você... — ela respira me estudando. — Você parece ser um homem importante — diz um pouco inquieta e eu olho para ela a estudando também, parece que ela quer alguma coisa de mim. — Você.... quão rico você é? — eu a olho incrédulo.

Que tipo de pergunta é essa?

— D..desculpa, não quis ser indelicada é.. — gritos femininos interrompem sua fala, Dominic entra na pequena sala com sua amiga escandalosa sobre os ombros, ele deixa ela no sofá enorme de couro.

— Seu filho da puta! Como ousa me tirar de lá, eu estava prestes a... — ela para quando nos nota — Uuuh. — Stella enrola seu dedo no fio de cabelo — Eu já entendi, Ari sua tarada, o que é isso? Vamos fazer uma orgia? — Ariella fica corada enquanto Stella já está baixando seus shorts — Estou dentro.

— Grm! — Dominic a impede. — Por favor senhorita, recomponha-se. — O tom do meu segurança faz Stella voltar a sobriez, ela olha alarmada para amiga mas sem deixar o olhar safado no rosto.

— Por favor sentem-se senhoras. — eu aponto, Ariella obedece e Stella olha entre mim e Dominic então suspira e vai se sentar. Eu aceno para Dom falar porque eu já não tenho energias.

— Vocês sabem que este Clube não é um clube qualquer certo? — eu olho para Ariella, ela parece uma menina a ser repreendida pelo pai, quero pedir para Dominic falar mais devagar e cauteloso mas ele já está fazendo isso — Vocês invadiram uma propriedade privada e ainda se disfarçam de prostitutas, vocês quase arruinam nosso negócio — Ariella me olha pedindo desculpas.

— Ah a gente sente muito, não é Ari? — Stella se levanta e agarra os braços de Dom.— queríamos nos divertir um pouco.

— Mas isso acabou deixando o chefe irritado, você sabe o que isso significa? — Stella faz um biquinho e joga a cabeça para o lado.

— O chefe? O chefe mafioso? — ela pergunta parecendo animada demais — O Falcone? — ela olha sorridente para Ariella que está tensa. Dominic me olha, ambos confusos — Você sabe onde ele está? Você sabe como ele é? Você sabe me dizer que ele é alto jovem e gostoso de pau grande ou velho barrigudo de pau pequeno? — Stella chacoalha Dom — Por favooor!

Pigarreio Alto fazendo os três me encararem

— Prazer Stella Gianni — estendo minha mão — Tristan Falcone, dono deste clube e obviamente líder da máfia italiana.

Os olhos da amiga de Ariella quase saem de órbita e ela cobre a boca com a mão, Ariella está igualmente chocada, sua boquinha levemente aberta e tudo que posso imaginar é meu pau enterrando nela. Merda.

— Você é o Falcone? — ela olha para amiga.— Ariella é seu jackpot!! — ela fala eufórica — Ai Meu Deus! — ela me analisa, me olha todo corpo, não sei qual é a delas.

— Hum.. — Ariella finalmente se levanta. — Eu sinto muito por tudo senhor Falcone.— sua voz treme. — Eu e minha amiga já estamos saindo. — diz.

— Ariella! — sua amiga parece adverter.

— Sim, certo — ela me olha — Posso conversar com você a sós?

Eu olho para Dominic.

— Hoje não vai dar — ele entrega meu cartão para ela — Mande uma mensagem neste número — Ariella pega e então sorri ao se retirar.

— Eu vou mandar — ela tira meu casaco e puxa sua amiga que murmura coisas aleatórias.

Quando elas saem eu olho para Dominic confuso.

— Que porra? — pergunto e ele da de ombros. —  Certifique-se que elas cheguem bem, e que aquele filho da puta mantenha sua língua fedida em sua grande boca.

— Sim senhor. — Dom sai, eu me sento na poltrona da couro e puxo meus cabelos.

Alguém pode me explicar que porra foi essa? Eu estou prestes a enlouquecer.

CONTINUA...

SWEET NIGHTMAREOnde histórias criam vida. Descubra agora