ARIELLA
A casa estava vazia como a maioria das vezes, eu havia terminado meu banho duas horas atrás e só agora terminei de me vestir, não queria parecer simples demais para minha avó e muito menos chique demais para ficar em casa.
Ensaei meu sorriso no espelho e então tomei um susto quando a imagem do homem de mais cedo surgiu, olho para trás não vendo nada além de minhas roupas, colocando a mão no coração eu volto meu olhar para o espelho, aquele cara parece ser bastante intimidador, será que ele é realmente ou ele só estava irritado? O quê que ele faz da vida? Ele é mais rico que papai? Ele seria capaz de me proteger? Eu com certeza pediria a ele para ser meu namorado falso até meu pai e vovó esquecerem essa história de casamento.
— Lamentando sua existência Ari? — viro meu corpo para encontrar minha cunhada querida parada no batente da porta do meu closet.
— Seu cartão foi cancelado para estar em casa a essas horas? — passo por ela esbarrando em seu ombro e ela ri alto.
— Você sabe que isso nunca aconteceria. — Petra encara suas unhas azuis.
— O que está fazendo aqui? — a olho.— Não tem o que fazer?
— Claro que tenho. — ela joga esses químicos que chama de cabelo pelos ombros e me encara com um sorriso mais diabólico.— Só vim te parabenizar pelo seu breve casamento. — Sorri. — Gavin... — Ela faz cara de nojo — com certeza é um bom partido — então ela ri e sai do meu quarto.
Me sento na cama frustrada e pego meu celular para ligar para Stella, pelo menos contar que fiz um cara extremamente sexy derrubar café e ele ficou parado como uma estátua.
Stella não atende e eu presumo que ela talvez esteja no trabalho, então, seguro meu vestido longo descendo, no segundo andar eu vejo a porta do estúdio de arte da minha mãe, caminho lentamente até lá.Meu pai e minha mãe se conheceram na faculdade, papai obviamente fazia administração e mamãe arte, ela pinta tão bem e tem um talento incrível, eu provavelmente herdei isso dela, mas ao se casar com papai ela não realizou mais seu sonho, com tudo que aconteceu em sua vida, papai criou um estúdio só para ela aqui em casa e ela se tranca lá na maioria das vezes, espio.
Mamãe está sentada em frente a uma tela branca enquanto a encara, ela tem a paleta e o pincel em suas mãos mas não está pintando, eu entro, tomando cuidado para não fazer barulho, mamãe e eu não somos muito próximas, ela não cuidou muito de mim quando eu era criança por causa de vovó, mas ela tentava seu melhor em se aproximar, eu também, porém quando Amareli foi internado ela parou de lutar.
— Mamãe! — chamo, ela não se vira nem nada, mamãe tem seus olhos presos na tela.— Mamãe. — cutuco seu ombro ela balança mas não faz nada.
Meu coração aperta ao ver seus olhos e rosto pálido, eu me ajoelho na sua frente tentando chamar sua atenção.
— Mamãe. — chamo, retiro os materiais de suas mãos e seguro nas minhas. — Mamãe, por favor olha para mim, por favor fala comigo. — minha garganta doi e meu peito aperta, minha mãe continua quieta — Mamãe! mamãe!
Agora estou chacoalhando ela mas nada, ela não vira seu rosto para mim.
— Mamãe por favor, para com isso, mamãe!— visto que ela não se move, pego meu celular e ligo para meu pai, ele não atende, então eu ligo para Lewis.
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SWEET NIGHTMARE
Hayran KurguTristan Falcone só queria uma propriedade para gerenciar seus negócios em Wallace Village, porém o que ele não imaginava era que a grande propriedade que ele queria pertencentia a herdeira dos Roux e tudo que ele poderia fazer, era se aproximar da t...