Capítulo 07

44 3 0
                                    

TRISTAN

Estou sentando na poltrona do meu escritório bebendo whiskey e fumando um cigarro quando Dominic entra sem bater, eu ergo uma sobrancelha em sua direção e ele pigarreia.

— Roux está aqui — informa, franzo as sobrancelhas me perguntando qual Roux — Casimiro — eu assinto e sinalizo para ele o deixar entrar.

Faz dois dias desde o evento no meu clube, desde então tenho olhado o celular como um maníaco esperando pela mensagem de Ariella eu quero ansiosamente saber o que ela quer comigo, mas parece que a bonitinha está brincando com minha cabeça por me fazer esperar dois porra dias.

— Foi você não foi? — Roux entra na minha sala exasperado lançando papeis na minha mesa.
Eu escondo o sorriso e então seguro as planilhas do seu hotel em Manhattan.

— Ora, o que é isso? — mordo o lábio porque minhas bochechas estão se alargando involuntariamente. — Índice de falência? — faço um som de negação enquanto balanço minha cabeça em negação.

— Escuta aqui Falcone, não tente foder comigo porque você não vai gostar dos resultados finais. — ele me arranca suas planilhas.

Eu iniciei nos cinco hotéis dele localizados só em Manhattan, um queimou drasticamente a cozinha, outro houve furto aos hóspedes, outro o gerente tomou algumas más decisões e outro à polícia achou uma grande quantidade considerada  de LSD nos depósitos, nada que a própria bófia não tenha ajudado. Então por mais que ele investigue, nada será ligado a mim, eu não tive absolutamente nada haver com isso, teoricamente e estou apenas começando.

— Se você tivesse me vendido o palácio não chegaríamos a esses extremos. — eu sorrio sinceramente.

— Escuta aqui... —

— Escuta aqui você — é minha vez de apontar meu dedo em seu rosto — Não me teste, Roux, você pode ter bilhões em seu conta mas eu continuo no topo. — sorrio para sua carranca — E se você me irritar, eu vou atacar não só em seus negócios, não se esqueça que tem uma filha — aí, era tudo que eu queria.

Seu rosto se contrai e ele aperta as costas da cadeira já que se encontra de pé.

— Não ouse em tocar um dedo na minha filha. — fala irritado, eu tenho vontade de dizer "tarde demais" mas me controlo apenas olhando para seu rosto.

— Você sabe o que fazer. — me espreguiço.

— Jamais! — ele diz — E fique sabendo, isso não acaba aqui — apenas assino e dou tchau quando ele sai do meu escritório irritado. Dominic entra logo em seguida.

— Devemos partir para os hospitais? — ele pergunta olhando qualquer coisa em seu tablet.

— Não tão já. — seguro meu celular espreitando se tem alguma mensagem de Ariella — Ele pode usar isso como provas, afinal de contas ele tem muito dinheiro e pode recomprar os agentes para a investigação — Dominic franze as sobrancelhas — Vamos relaxar e ver o que Ariella tem a dizer.

— Certo — ele guarda seu tablet no bolso do seu paletó — Ela ainda não entrou em contacto?

— Já. — minto não querendo fazer ele pensar que estou em espera. — Estou pensando onde irmos nos encontrar, ela quer falar pessoalmente — digo e ele sorri de lado. — O que foi?

— Nada, vou me retirar agora. — ele sai antes que eu possa o xingar.

Dando o gole final na minha bebida eu ouço meu celular apitar, eu bato o copo na mesa e seguro o celular desesperado ao ver o número desconhecido brilhando na tela, meu coração pula eufórico e eu engulo, por que tanto nervosismo? Eu pareço um adolescente do caralho.

Número Desconhecido: Oi.. hum, aqui é Ariella, podemos conversar?

Eu quase posso imaginar ela falar assim cabisbaixa me espiando por cima dos cílios e olhos curiosos, suspiro não pensando muito quando deslizo em seu contacto e coloco meu celular na orelha.

Tristan! — sua voz é a porra de um sussurro sensual enviando toda a radiação para a porra do meu pau. E quem deu a ela autorização de me chamar pelo primeiro nome? — Você está ai? — eu aperto o celular na mão.

Ela não tem esse direito de parecer tão sensual só ao falar ao celular comigo.

— Por que demorou tanto para entrar em contacto? — pergunto, minha voz soa irritada até para mim.

Eu..hum.. — posso imaginar ela brincar com seus dedinhos enquanto tenta falar. — Fiquei um pouco confusa, não sabia como abordar essa questão. — diz finalmente — E ainda estava me recuperando do que aconteceu no clube dias atrás, desculpa se o fiz esperar — pede e eu jogo a cabeça para trás.

Essa linda mulher será minha provável perdição.

— O que quer? — tento ser o menos grosso possível.

Eu queria fazer uma propósta, podemos falar pessoalmente? — seu pedido é quase doloroso de negar, não costumo abrir espaço para falar com pessoas que eu não tenha interesse primeiro, mas novamente ela é uma Roux e eu quero a propriedade em seu nome, Ariella parece ingênua demais e não parece se importar com a porra do enorme palácio.

Dependendo do favor que ela vá me pedir, eu posso a persuadir a me entregar o palácio. Muitas pessoas podem ver aquela casa enorme como uma mansão avaliada em bilhões de dólares, mas eu vejo um palácio para minha mercadoria e esconderijo de várias coisas, estúdios, sala de tortura e sem contar que serve para residência pessoal, tudo isso sem interferir nos meus negócios, o quê que uma princesa como Ariella vai fazer com aquele lugar enorme? Eu preciso dele para mim.

— Meu assistente vai mandar a você a data hora e local onde vamos nos encontrar. — eu digo e não espero por sua resposta, desligo o celular mas não por grosseria e sim porque a caminhar nesse ritmo eu provavelmente irei querer falar com Ariella até as três da manhã.

Eu olho para a tela do celular como se ela estivesse lá e suspiro.

— Dominic! — chamo e ele entra em segundos.

— Sim?

— Mande o endereço para Ariella, vamos nos encontrar no terraço do Fales Empire. — é um prédio de advocacia da máfia.

— Certo. — ele está sorrindo.

— Algum problema, Dominic? — eu o encarro e ele da de ombros.

— Jamais — reviro meus olhos e saio dali o deixando sozinho com seu sorriso arrogante.

Bem, espero que o que Ariella tenha a dizer seja algo grande a ponto de eu ter a mansão como recompensa.

CONTINUA...

SWEET NIGHTMAREOnde histórias criam vida. Descubra agora