Capítulo 11

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TRISTAN

— Humm...

— Nem uma palavra. — olho para Dominic que provavelmente queria falar alguma estupidez e ele sorri.

— Certo senhor. — ele assente e eu reviro os olhos, vendo que o carro de Ariella está longe de vista, me viro para Dominic.

— Vamos, temos muito o que fazer e você precisa preparar o contrato. — informo a ele já caminhando até ao carro. — Do contrato de namoro e da posse de propriedade. — entramos, ele ocupa o motorista e suspira jogando a cabeça para trás.

Senhooor. — Dominic me encara. — Isso não é trabalho de um advogado?

— Você pode ser meu advogado nas horas vagas. — sorrio seco.

— Eu odeio o senhor. — ele revira os olhos e liga o carro.

— Sim eu sei, nós podemos ir a um bar hoje a noite, você pode se distrair um pouco. — vejo ele sorrir de canto.

— Bem senhor. — ele vira à esquina. — Eu posso querer uma dose de vodca na sua conta. — fala satisfeito.

— Estarei descontando do seu salário idiota. — ele grunhe.

— Acho que não vou poder mandar a pensão do Júnior esse mês, neste caso. — eu rio dando um soquinho em seu ombro.

Quando chegamos em casa, Dominic vai a suas actividades e eu me tranco no escritório, jogo minha cabeça para trás e suspiro alto, me perguntando como é que a necessidade enorme que tenho para adquirir o palácio me levou a aceitar um namoro falso com a filha do dono. Isso com certeza irritará Roux, mas ter a casa já não será algo tão beneficiário assim.

Ariella é inocente demais, ela me deu a casa sem pestanejar, mas Roux não deixará isso acontecer facilmente, o palácio é uma renomada propriedade, uma grande história de Wallace e só os elites podem ter, obviamente eu faço parte da elite obscura, meu pai estava na caminha daquela casa quando morreu em seus 78 anos. Daven Falcone foi um dos primeiros homens a morrer ao tentar comprar a casa de Wallace, muito antes de Roux pensar em ter. Não sei como Barcode — pai de Casimiro a teve, mas eu vou terminar o trabalho de meu pai. Não interessa o que acontece no caminho para isso.

Eu. Preciso. Daquela. Casa. Aquele Palácio.

Aperto uma caneta que peguei no momento, estou pensando em Ariella, em seus grandes olhos curiosos, seus lábios cheios e rosados, as maçãs salientes de seu rosto, seu pescoço e pele pálida delicada facilmente quebráveis. Sempre fui um homem com feitiches controlados, como lider da máfia é esperado de mim que eu seja um homem cruel, um homem sem coração que quebra as pessoas, um vagabundo mulherengo que objetifica as mulheres.

Mas eu não sou assim. Mamã e Papa sempre me ensinaram a ser um homem decente, um homem justo, um homem de palavra, um homem que trata suas mulheres como rainha, papa era um lider cruel fora, em casa ele era a porra de um rei de cavalo branco, mamãe era sua rainha, eu era o príncipe deles, eles me tratavam como um, claro que: Para crescer e entender o mundo cruel que vivo, papai teve que me expor a certas situações em uma idade pequena, eu entendi, aprendi que aquele era meu mundo e sempre agi consciente disso.

Eu não me envolvi com muitas mulheres, na verdade conta-se nos dedos. Foram apenas duas e nessas duas nem cheguei de sentir nada por elas, atração sexual é algo que a maioria dos homens sentem com literalmente qualquer mulher, mas eu não, eu nunca sentia, eu pensava que era gay ou algo assim, papa disse para eu não me preocupar com isso, ele disse para eu focar no trabalho, quando eu achar a mulher certa, eu saberia, eu suspiro.

SWEET NIGHTMAREOnde histórias criam vida. Descubra agora