Capítulo 33

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ARIELLA

Meus olhos abrem lentamente quando registro o movimento de carro, bocejo devagar e percebo que estou deitada nas pernas de Tristan, sua mão está no meu cabelo fazendo círculos lentos, se eu fosse um gato estaria ronronado.

— Finalmente acordou, dorminhoca? — sorrio levemente antes de me levantar e olhar para ele, as lembranças frescas do que aconteceu antes de pousarmos invadindo minha mente deixando minhas bochechas coradas, percebo também que estou com o casaco de Tristan e que a noite caiu. Puxo seu casaco sobre meus ombros.

— Onde estamos? — minha voz soa um pouco rouca.

— Parioli, — Tristan segura meu rosto e eu fecho os olhos com a sensação de sua mão em minha bochecha. — dois minutinhos até chegarmos na minha casa. — Meu coração acelera, sinto que, de alguma forma ele esteja indo me apresentar aos pais dele, engulo em seco e me sento reta. — Por que está nervosa? — olho para ele surpresa.

— Amm... — dou uma risadinha. — está tão na cara assim? — ele assente. — Eu não sei... — suspiro, minhas mãos no meu colo brincando com meus dedos. — acho que isso é um passo grande e íntimo no nosso rel... — Me calo, não sei se realmente temos um relacionamento, nunca sei o que Tristan está pensando, mesmo agora, seu olhar parece me perfurar e ele está mais próximo do que o habitual, isso aumenta meu medo, será mesmo que ele está mudando isso? Com que fins? Ele está gostando de mim? Suspiro.

O carro para mas eu não me movo, não até Tristan virar meu rosto na direção dele, ele se inclina e deixa um selinho nos meus lábios.

— Chegamos. — diz, sua porta é aberta e ele desce, engulo em seco quando ele estende sua mão e aceito, o clima está fresco aqui fora, o que me faz tirar o casaco de Tristan, o homem que abriu a porta pega, olho para frente dando de cara com uma mansão.

As luzes quentes da fachada iluminavam o tom de marfim, fazendo com que os detalhes da antiga arquitetura italiana brilhassem sob a luz suave da lua. O portão de ferro forjado também iluminado parecia ainda maior do que aparenta, como um guardião silencioso dos segredos, sem contar com os verdadeiros guardiões, o portão estava cercado de homens grandes, fortes e armados.

— Vamos? — Tristan segurou minha mão, sua mão era quente sobre a minha, aquilo fez meu corpo formigar e meu coração acelerar.

Os portões se abriram e seguimos um caminho de pedras, agora refletindo a luz, ele me conduziu através de um jardim que parecia vivo, com as sombras das árvores antigas dançando sob o brilho das lanternas. Os ciprestes, altos e sombrios, criavam um ar de mistério, enquanto as esculturas de mármore pareciam vigiar cada movimento meu, até me arrepiei mas Tristan nos parou e se virou para mim.

— Está tudo bem, sim? — assenti, não convencido, ele segurou meu rosto com as duas mãos. — Te trouxe aqui para você conhecer um pouco de mim, não para te apresentar nos meus pais, eles estão mortos, relaxa. — acabei dando um sorriso.

— Não entendo o meu nervosismo. — ele se inclina na minha direção e faz algo que não esperava. Tristan me beija, não um beijo feroz como demos deste então. Ele desliza lentamente sua língua na minha boca e suas mãos dessem para minha cintura onde ele segura com delicadeza, minhas mãos abraçam ele quando retribuo e derreto em seus braços, eu ouço ao fundo o chiar da água das fontes e um corvo cantando, suas asas batendo, o vento uivando contra as árvores e eu juro que até ouvi pirilampos, é como se a natureza estivesse comemorando nosso beijo, o qual Tristan termina com uma mordida no meu lábio e um selinho.

Estamos ofegantes quando terminamos, ele sorri para mim e eu juro que é a coisa mais linda que já vi, meu coração está quente assim como meu corpo inteiro, ele volta a entrelaçar nossas mãos e continuamos nossa pequena caminhada até a entrada.

SWEET NIGHTMAREOnde histórias criam vida. Descubra agora