O Pedido

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Luisa Narrando. 

Mas de um mês já tinha se passado, eu já estava mais que adaptada com os horários de aula. Recentemente consegui virar assistente do professor Snape, não era minha primeira opção  mas era melhor que outros professores Lunáticos.  Porque pensa um lugar com gente louca, a unica diferença para o hospício era a cor da roupa. 
Eu e Lyndsay estávamos muito próximas, nos tratávamos por  bem o tempo todo, era a palavra preferida dela em português.

Ouvi uma gritaria no jardim na hora do almoço, e tinha certeza que meu irmão estaria envolvido, dito e feito Nicolas estava brincado com as crianças do primeiro ano. Em castelo bruxo ele era monitor chefe das turmas de serie inicial, lá as crianças vão para a escola com dez anos eles passam apenas meio período na escola para aprender magias simples e se preparar para os outros anos. 

-Vem Luisa, estamos jogando camuflagem. 
Nicolas gritou e algumas crianças vieram me puxar, esse jogo era o nosso favorito e com magia ficava muito mais legal. - Comida ou agua! trita vinte e nove vinte e oito... 
Ele começou a contagem era divertido ver o desespero das crianças em se esconder, usei um feitiço de transfiguração e me escondi entre as pedras. Me diverti tanto quanto as crianças, a vezes eu me esquecia que só envelhecemos porque paramos de brincar, com o fim do horário livre voltei para minhas aulas.

A aula da Trelawney era um surto coletivo, a metade dos alunos a achava lunática, eu achava que ela era incompreendida. Por isso separar os alunos baseado nas aptidões fazia mais sentido, nem todos tem talento para adivinhação.  Assim como a tortura que era a aula de estudo dos Trouxas, a professora Burbage  tinha uma visão muito utópica sobre a sociedade trouxa, eu passei metade da vida convivendo com eles, não acho que ninguém é melhor que ninguém por nascer com magia, e acho que os mestiços tem lugar na nossa sociedade,  mas nossa professora estava muito fascinada por eles para ser um ensino imparcial. 

Estava sentido meu cerebro derreter de tedio na ultima aula.

- Oi gatinha. 
Theodore Nott sentou-se ao meu lado. 

- Olá. 
Respondi sem olhar para ele. 

- Senti falta das nossas conversas. 
Ele falou com a voz mansa, bem perto do meu ouvido, o que me deixou completamente arrepiada. 

- Sentir falta é um sentimento muito complexo para alguém que me conhece a tão pouco tempo. 
Finalmente olhei para ele. - Tenho que encontrar o Nicolas com licença.

Nott não era o garoto mais bonito de Hogwarts esse titulo ficava para o Deus grego do meu Irmão, mas também não era como os outros de uma beleza exótica, depois do incidente da boca acabamos ficando próximos, mas algumas de suas investidas me deixavam desconfortáveis. 

- Atrasada sempre atrasada. Nicolas brigava comigo. 
Nos temos uma reunião de familia e depois aula sobre o uso de varinhas com a coruja velha Dumbledore.

- Cala boca bicha. 
Respondi. 

-Para você é senhora Bicha. 
Entramos no escritório do vovô, Amora e nosso tio Rodrigo ja estavam lá. 

- Vou ser rápido, porque assim como vocês eu tenho mais o que fazer da minha vida, toda a família foi convocada para a vigília de todos os santos no inferno, além de comemorar a Ascenção de Lilith, e quanto digo toda a família, é toda a família. 
Vovô não era do tipo que media palavras para se expressar, e como todo mundo entendeu seguimos em silencio, ate o boca grande soltar uma asneira. 

- Eita eu nem tenho roupa para esse evento. 
Uma olhada fuzilante foi o máximo que consegui expressar,  eu Amora e Nicolas nunca fomos convocados ao inferno, essa seria a primeira vez que eu estaria com Lilith, de certo que já estava ansiosa. 

- Bora linda, ainda temos aula com o Dumbledore. 
Nicolas me puxava pelos corredores, parecia que gostava dessas aulas. 

- Não acredito que esta gostando de usar varinha ! 
Falei indignada. 

- Sim me sinto a fada madrinha, ou a glinda. 
Ele fez graça tirando a varinha e um pouco de brilho do bolso. 

- Você esta a quanto tempo com esse gliter no bolso para fazer esse piada? Alias eu sou a glinda você é a Elphaba. 
Falei esperando para entrar na sala da coruja velha. 

- O senhor sabe que posso fazer tudo isso sem a varinha, ou precisar desse feitiços em Latim. 
Reclamar de tudo em Hogwarts virou meu esporte favorito. 
-Eu sei senhorita Tupari, isso é apenas uma formalidade para as aulas. Respondeu  Dumbledore com toda a paciência. 

-Mas seria a mesma coisa que limpar o cu antes de cagar! 
Eu estava tentada a testar ate onde a paciência dele iria, graças ao meu irmão irritante eu me tornei ótima nisso. - Eu não preciso me igualar aos seus alunos, catalizadores de magia são um atributo infantil, Nicolas ficar brincando com a varinha, ela não tem utilidade nenhuma para nos, assim como para o senhor, que usa por status só porque é uma relíquia da morte. 
Olhei para ele com olhar de deboche. 

-Senhorita Luisa o que posso fazer para deixar sua estada aqui menos infeliz possível? 
Ele me quebrou nesse momento, não achei que poderíamos negociar. 

- Minha terapeuta aqui uma vez por semana, outras opções de extra curriculares, além do coral e quadribol, e uma carta de recomendação para mim e para o Nicolas enviadas para todas a faculdades de Magia que o senhor conhecer, nos precisamos da formação continua. 
Falei como uma metralhadora. Ate Nicolas sussurrar no meu ouvido. - Nicolas como Monitor da Grifinoria, acesso a internet. 

- Feito, mas a senhorita vai usar a varinha e assistir a todas minhas aulas se esforçando muito que fique claro. 
Ele estendeu a mão para selar o acordo. 

Eu concordei, afinal estava topando qualquer coisa para poder fazer terapia e outra atividade física que não fosse correr com o chatão todos os dias. 
Nem eu acreditava que tinha conseguido tantas coisas, finalmente eu podia respirar aliviada nunca senti tanta falta de alguém quanto da minha terapeuta. 





Save me  - Do Brasil  para  HogwartsOnde histórias criam vida. Descubra agora