Save me - Do Brasil para Hogwarts

O Diario

*Luisa narrando.

Seguindo as orientações da minha terapeuta comecei a escrever um diário, me lembrei do pedido do Dumbledore, porque colocar meus sentimentos em um pedaço de papel era tão importante? Comecei a escrever e senti vergonha raiva e mais vontade de chorar, aquilo não estava me fazendo bem de forma alguma.

E como começar a escrever? Querido diário? Meu dia de hoje? Ora como posso ser tão ridícula. Fechei o diário novamente e desci as escadas.

-Como está a tarefa? Draco esticou seu pescoço de girafa para ganhar um beijo.

-Impossível ! Tem reunião com os comensais? Ou vai a algum funeral assim todo de preto.

-Nossa sarcasmo! estamos evoluindo meu amor. Ele sorriu para mim.

-Leve nina com você, eu não gosto de pensar em você desprotegido na sua casa. Coloquei nossa famíliar no bolso dele. -Vou sentar no jardim e tentar escrever.

-Luisa, você sempre teve domínio das palavras e só não pensar nelas deixa fluir gatinha! Ele saiu como se tivesse me dado um ótimo conselho.

Domínio das palavras, a tempos eu não tenho domínio de nada em minha vida. talvez sentar assistir a TV seria melhor, caminho das índias estava reprisando, nada melhor que algo culturalmente muito errado para melhorar meu dia, desde que tivesse um lanche junto.

Amora estava na cozinha pegando um pedaço de bolo, quase de maneira furtiva de dentro da geladeira, quase como um ratinho, sem perceber que eu estava ali ela seguia dançando uma música que deveria está em sua mente, a pobre assustou comigo, escorregou caindo de bunda estatelada como uma Panqueca, o bolo espalhou-se para todo lado.

Eu ri tanto que tive falta de ar, as bochechas ficaram doloridas de tanto rir, me senti viva. E descobri o que escrever, peguei o diário e me sentei no escritório do Vovô.

Eu sorri, na verdade gargalhei pela primeira vez, desde que tudo aconteceu. Imagino que essas palavras não cheguem a você mais escrever vai registrar a minha dor e como exatamente farei para que ela diminuía. Nicolas eu sinto sua falta, todos os dias, mais que meu irmão você é meu grande amigo, mesmo com os gritos e perturbações. Não sei como essa decisão se formou em sua cabeça mais vou respeitar.
 Amora caiu  na verdade despencou no chão da cozinha , como sempre é eu passei mal de rir. Suas fotos ainda estão pela casa, e me pego olhado para aquela sua com o braço quebrado.
Não importa os lados dessa história e sim o amor que tenho por você, por nós. Para alguns aqui parece que a vida seguiu, ninguém toca em seu nome, como se fosse uma lembrança, mas algumas vezes durante o dia parece que você vai entrar do nada e perguntar se eu estou bem. Draco tenta me tirar da concha mais esta tão louco quanto eu. Vovô vive pelos cantos com o olhar perdido, pensado nessa tal guerra. Dizem que poucos alunos vão voltar, a verdade é que todos estão com medo. Eu também, mas pretendo lutar e não desistir.

A escrita fluiu sozinha, me senti leve e realizada mas ainda triste, estava em paz até ver o estado em que Draco voltou da casa dele, cada dia mais magro, com olheiras, atormentado. Um encantamento foi sussurrado para mim, pela voz que me chamava no darkhold, e o que era um peido para quem está cagado. Resolvi fazer, era um tipo de encantamento de proteção, manter Draco seguro e bem era tudo que eu precisava.

-Nossa você está bem melhor.

-E você malfoy esta péssimo, mas te preparei um banho de ervas, e pedi por proteção enquanto o preparava.

-Tem ervas suficientes para o lago todo? acho que vamos precisar eles querem colocar mais e mais comensais aqui dentro. Ninguém vai está seguro Luisa.

-Você vai. E precisa se alimentar, eu não quero namorar um saco de ossos, dona Darci mandou a receita da sua sopa levanta defunto, eu vou fazer e você vá fazer o banho.

-Da cabeça para baixo, sal grosso primeiro? Ele perguntou.

-Aprendeu!

Ele não podia saber que o banho de ervas abrigava outra coisa, mas agora eu tinha legumes para cortar, a sopa não tinha magia mas era poderosa tudo cozido com com amor, batata cenora mandioquinha abóbora, inhame tudo plantado aqui, a professora Sprout foi gentil em me deixar plantar tantas coisas alem das batatas que ja eram daqui.
Macarrão de letrinhas, e muitos muitos temperos.
Em meia hora a casa estava tomada pelo aroma da sopa. Em cada ingrediente acrescentado eu pedi por proteção e saúde, sabedoria e calma.

-Isso é a sopa da Darci? Meu avô foi guiado pelo ofato até o caldeirão, me tirando do transe.

-Sim, acho que não ficou igual mas fiz meu melhor.

-Tenho certeza que sim meu amor, essa sopa é a única capaz de curar a dor na alma! Mesmo sem magia. Vovô me deu um beijo na testa. E deixou um ideia marcada em mim.

Minha familia reuniu-se pela primeira vez para jantar sem Nicolas, a devido a energia que coloquei na sopoa ela acabou por consolar as tristezas mais profundas de todos, ela não tinha o poder de cura, mas ajudava bastante.
Os rostos e expressões estavam leves.
Draco no final do jantar já estava mais corado, pronto para enfrentar o que fosse preciso.
Mesmo com o coração pequeno de dor resolvi encontrar meios de devolver a magia para o Darkhold sem envolver mais ninguém em meu caos. E escrever o Dumbledore me pediu, coisas que pudessem curar a dor das almas, comecei pela receita da sopa o que não fazia sentido algum, mas me pareceu o correto.

As aulas estavam voltando,grande parte dos professores já estava de volta, alunos vindos de mais longe já começaram a chegar.
-Luisa! Alguém gritou.
Corri ao perceber que Longbotton estava de volta e estava bem bonitão, o abracei apertado.
Ele respirou aliviado em me ver, não sabíamos ao certo quem ia voltar ou não. Cada rosto conhecido que voltava era uma dor a menos no momento.

-Luisa! Draco me advertiu.
-O que eu te falei de usar Legilimência comigo Malfoy. Olhei brava para ele, sabendo Do histórico de ciúme dos dois.
-Pare de pensar besteiras com o Longbotton então! Ele passou o braço sobre mim, algum tipo de tentativa de marcar territorio.

Lyndsay me avisou que talvez não voltaria, fiquei a procurando entre as pessoas, e devido a sua estatura seria difícil a encontrar.
Ouvi ela assoviando, mais uma que aprendeu com meu avô, o abraçou foi um completo alívio para minha alma. Agora já seria mais fácil enfrentar as coisas que estão por vir !

-Eu soube do Nicolas, eu sinto muito ele é um bom amigo para mim.
Longbotton e ele tinham uma amizade diferente, mas que funcionava.- Vou procurar a Luna!

Seguimos para os dormitórios , para colocar os uniformes. Três batidas na porta era o Snape e o vovô com cara de funeral.