O Vôlei

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Luisa Narrando.

Acordei com a pior dor de cabeça da história, estava com a mesma roupa de ontem e sem memória, resolvi tomar um banho, Lyndsay estava no sétimo sono.
Me troquei e desci para o café, ao menos não era só eu que estava mal, metade da turma do sexto ano estava acabada.

-Bom dia meu amor.
Nicolas sentou-se do meu lado e Blaise do outro.

-Eu não lembro, de quase nada de ontem, mas quero deixar claro que assim que eu lembrar vocês dois estão mortos.
Eu falei os fazendo rir.

-Enfim o dia está lindo, achei um cantinho com um solzinho para você, e organizei um joguinho de vôlei, a pergunta é sim ou sim.
Nicolas sentia falta de poder jogar com os amigos, e um pouco de sol não ia me fazer mal.

-Tá.
Vou acordar a linda que chegou agora de manhã e já encontro vocês.

Tive que arrancar Lyndsay da cama, ela fazia birra igual criança chorando de batendo os pés.

-É sua punição por me largar com o Nicolas, agora vamos.
Falei sem dar oportunidade para ela voltar para o quarto.

Mais pessoas que eu esperava estavam no jardim, o lugar que ele deixou para mim era realmente gostoso, eu deitei com os óculos escuros e fiquei sentido o pouco sol aquecer a minha pele.
As vezes ouvia o Nick gritar, o vôlei desperta o pior lado dele.

-O que foi aquilo ontem.
Lyndsay me perguntou.

-Não sei, tenho alguns flash e mais nada.

-Você parecia outra pessoa, estava sorrindo cantou em francês, e vomitou no sapato do Draco quando ele tentou te fazer parar de beber.
Fiquei completamente chocada com a revelação da minha amiga.

-Pela Deusa, que vergonha.
Eu queria afundar minha cabeça na terra, isso tudo era culpa do Nicolas, ele adorava me ver assim. O que as pessoas iam achar de mim.

-Acho que não importa o que acham de você.
Uma figura tapou o sol, era o Malfoy usando Legilimencia.

-Saia da minha cabeça, obrigada.
Falei me sentado, ele sentou-se ao meu lado.

-Como está, achei que não te veria hoje.
Ele perguntou.

-Com dor de cabeça e muita vergonha, me desculpe pelos sapatos.
Eu finalmente olhei para ele.

-Pode vomitar neles sempre que quiser.
Ele disse.

-Eita que cantada ruim.
Lyndsay nos fez olhar para ela, e voltou a fingir assistir ao jogo.

O silêncio foi mortal depois disso, eu não tinha o que falar, primeiro eu roubo um beijo e o ignoro por vários dias e depois vômito em seus sapatos.
Que princesa eu sou.

-Eu nunca tinha escutado você cantar até ontem, achei incrível.
Ele quebrou o silêncio.

-Ela canta dormindo.
Lyndsay falou de novo, eu a olhei com a cara feia. -Acho que vou buscar umas frutas para nós.
Ela saiu.

-Eu não costumo fazer essas coisas, não sei o que aconteceu comigo ontem.
Respondi olhando fixamente para o jogo.

-Você deveria fazer mais, afinal todos gostamos desse seu outro lado.
Ele falou também olhado para o jogo.

Logo Lyndsay voltou cheia de frutas, era engraçado ver como ela estava tentando disfarçar que ouviu toda nossa conversa.

-Bem, o pessoal vai se reunir e fazer uma fogueira depois desse jogo que eu ainda não entedi.
Ela disse.

-Você poderia cantar novamente.
Draco olhou para mim, e eu o olhei simultaneamente.

-Não sei.
Graças a Deusa Nicolas ganhou o que tirou a atenção do momento.

-Oi minha linda, as Trevas já deixaram o seu corpo?
Nicolas parou na minha frente, eu encostei minha cabeça na sua barriga.

-Já sim, inclusive não estou de mau humor.
Falei ainda com a cabeça abaixada.

-Sabe o que eu tenho, um saco de marshmallow para assar.
Ele disse recebendo minha total atenção.

-Eu quero.
Olhei para meu irmão que sorria.
Eu não era tão chegada a doces quanto ele, mas marshmallows eram meu top três.
Era mais um truque dele para me obrigar a socializar, mas resolver isso era simples, só comer e ficar caladinha.

Eu quase me senti normal, era estranho ver pessoas reunidas sem as divisões das casa, só conversando e sorrindo.
Nicolas tirou o violino sabe-se lá de onde e começou a tocar evidências, eu fiquei me coçando para cantar.
O clima estava maravilhoso não parecia em nada com os dias cinzas de Hogwarts, eu queria saber quantos meninos do sexto ano amora já tinha beijado, era difícil acompanhar o ritmo dela.

Nicolas estava encantado pelo Blaise era muito fofo, acho que eu deveria está com um sorriso bobo no rosto.

-Lulu, canta para mim.
Ele falou.

-Por favor bem, canta.
Lyndsay também pediu.

-Certo.
Pensei sobre o que cantar, naturalmente eu escolheria MPB, mas dessa vez fui de QUEEN Somebody to Love.

Can anybody find me somebody to love?
Ooh, each morning I get up I die a little
Can barely stand on my feet
(Take a look at yourself)
Take a look in the mirror and cry (and cry)
Lord, what you're doing to me? (Yeah, yeah)
I have spent all my years in believing you
But I just can't get no relief, Lord
Somebody (somebody), ooh, somebody (somebody)
Can anybody find me somebody to love?
Yeah
I work hard (he works hard) every day of my life
I work 'til I ache my bones
At the end (at the end of the day)
I take home my hard earned pay (goes home)
All on my own (goes home on his own)
I get down (down) on my knees (knees)
And I start to pray (praise the Lord)
'Til the tears run down from my eyes
Lord, somebody (somebody), ooh, somebody
(Please) can anybody find me somebody to love?
Every day (every day), I try and I try and I try
But everybody wants to put me down
They say I'm going crazy
They say I got a lot of water in my brain
I got no common sense
(He's got) I got nobody left to believe in
Yeah, yeah, yeah, yeah
Ooh, somebody, ooh (somebody)
Anybody find me somebody to love?
(Can anybody find me someone to love)
Got no feel, I got no rhythm
I just keep losing my beat (you just keep losing and losing)
I'm okay, I'm alright (he's alright, he's alright)
I ain't gonna face no defeat (yeah, yeah)
I just gotta get out of this prison cell
One day (someday) I'm gonna be free, Lord
Find me somebody to love

Em algum momento fechei os olhos e me entreguei a uma das minhas músicas favoritas, quanto terminei vi algumas pessoas atônitas, Lyndsay sorria e batia palmas.

-Aí gente, estou acostumada com isso, ela canta o tempo todo, mas eu prefiro quando ela canta em português.
Lyndsay falava e não parava de sorrir.

-Magnifica.
Draco soltou e me fez ficar morrendo de vergonha.
Voltei a me encher de marshmallow.
Nicolas tocou mais algumas músicas, e ficamos do lado de fora até o sol se pôr.

-Porque não entra para o coral ?
Gina Weasley me perguntou.

-Não gosto de sapos.
Respondi, ela sorriu para mim.

-Eu também não.
Era primeira vez que eu conversei com ela, era gentileza pura.

-A última música. Nicolas gritou e começou a tocar stand by me. E para nossa surpresa Blaise sabia a letra, eu fiz o coro, essa música é maravilhosa, ate entender que aquilo estava mais para uma declaração de amor.

Até Lyndsay começou a cantar, seus olhos naturalmente já eram pequenos quando ela cantava era impossível os enxergar.
Que final de tarde maravilhoso.

Ao voltar para dentro do castelo, segurei o dedinho de Nicolas, como fazíamos para andar juntos.

-Obrigada, seu chato! Eu te amo as vezes.
Falei e corri para dentro, já estávamos atrasados para o jantar.

Save me  - Do Brasil  para  HogwartsOnde histórias criam vida. Descubra agora