Save me - Do Brasil para Hogwarts

O Escudo

Era a primeira ida para Hogsmeade, Nicolas já estava sem paciência esperando a irmã.

-Nossa linda, achei que ia demorar mais.
Ele disse batendo o pé direito de braços cruzados.

-A perfeição leva tempo.
Ela respondeu dando os braços para o irmão e a prima.

-Você precisa se arrumar tanto assim todos os dias.
Amora perguntou.

-Podem me chamar de chata mais de feia nunca!
Luisa apenas sentiu sua familiar saindo do seu ombro, se transfigurando e correndo em direção a alguém, os três correram atrás. -Nina não! Gritou Luisa em português.

-Está tudo bem, ela só queria brincar.
Respondeu Malfoy se levantando do chão.

-Nina é muito dócil, mas essa atitude de hoje é atípica, me desculpe.
Luisa pegou a familiar que voltou a ser um besouro e entrou na bolsa de Luisa.

O passeio para Hogsmeade era a oportunidade perfeita para o trio Tupari, voltar a passar um tempo junto, naturalmente Lyndsay se juntou a eles.

-Obrigada por me deixarem ficar com vocês.
Lyndsay estava verdadeiramente feliz.

-Imagina, é um milagre alguém além de nós suportar a Luisa.
Amora brincou.

-Ei! Sigo sendo desrespeitada por aqui.
Luisa falou.

-Não é bem verdade, toda noite um menino diferente está na nossa porta conversando com a Luisa.
Lyndsay soltou essa informação e ganhou uma olhada feia da amiga.

-Conte direitinho as coisas, Nott foi até lá para eu desfazer o feitiço, e ontem o Malfoy me ajudou a procurar a Nina.
Luisa tentava é justificar.

-Eu não fui com a cara desse Nott, algo nele não me passa confiança.
Nicolas falou enquanto eles entravam na dedos de mel, uma doceria que fez o coração do rapaz bater mais feliz.

-Você diz isso de todos os meninos que tentam se aproximar.
A irmã retrucou.

-Mentira, eu não tenho nada contra o Malfoy.
Ele revidou.

-Vocês lagartixas loiras se defendem então.
Amora fez graça.
O rapaz só olhou a prima de cara feia, enquanto comprava metade da loja.
O interesse de Luisa era passar no trapo Belo, uma loja de roupas local.

-Preciso de mais meias, esse buraco é muito frio, e eu me recuso a usar calças.
Ela resmungava tentando tirar o irmão da dedos de mel.

-Que seja vou esperar vocês na três vassouras, preciso sentar.
Nicolas já estava cheio de tantos doces. As meninas levaram no mínimo uma hora para voltar, nesse tempo ele ficou conversando com Miguel Corner e Antônio Goldstein, os dois de corvinal.

-Chegamos. Disseram as meninas e uníssono.

-Nossa já estava pensado em deixar vocês aqui e voltar sozinho.
Nicolas brincou.

A volta para o castelo foi tranquila, até Luisa resolver roubar a paz de todos.

-O senhor prometeu dar um jeito e já faz quase um mês.
Ela gritava com o avô.

-As coisa levam tempo para serem revolvidas, minha neta tenha paciência.

-Paciência, isso não fazia parte do combinado, eu não posso ficar sem ela.
Os gritos de Luisa podiam ser ouvidos a distância.

-Porque estão brigando dessa vez?
Amora perguntou baixo para as tias.

-Ela está sem contato com a terapeuta dela, aí resolveu dar um show.
Carolina respondeu.

Luisa tinha crises feias de ansiedade, geralmente relacionadas à pressão que ela mesma se colocava, em outras o peso de ser a herdeira do inferno, ela começou a terapia aos nove anos desde então nunca mais parou.

-Dois dias, em dois dias eu resolvo isso.
Respondeu o avô.

-Agora para de show que você não é a xuxa.
Gritou Nicolas.

-Aí Amorinha, você é a única normal dessa família.
O avô abraçou Amora.

-Puta né, beijou metade do sexto ano só nessa primeira semana de aula.
Nicolas como sempre era muito delicado com a verdade.

-Nicolas!
Amora gritou e correu atrás do primo.

-Tão louca quanto os outros dois, o que tem de errado com o DNA dessa família? Se perguntava Carolina.

Os três voltaram para seus dormitórios depois de quase deixar o avô enlouquecido, de fato ter os três juntos era um dos muitos problemas do professor Tupari.

-Aí eu preciso dar um jeito nesse Nott, ou ele vai conquistar a tonta da Luisa.
Como sempre Nicolas fala a sozinho andando de um lado ao outro do quarto.

-Sei que não estava falando comigo, mas as vezes devemos deixar que as pessoas mostrem realmente quem são, o Nott é um escroto, logo a máscara cai.
Longbotton respondeu a Nicolas, o pegando de surpresa.

-Eu não sou muito de deixar as coisa seguirem seu curso normal, mas ate ter um plano é isso que vou fazer.
O Loiro, sentou-se na cama e respirou fundo enquanto fazia carinho no seu familiar.

Já do outro lado, Luisa estava lendo na comunal, com seu pijama e pantufas.

-Nossos encontros noturnos vão virar rotina.
Perguntou Draco.

-Receio que sim, Lyndsay dorme cedo e precisa de escuro total, o que não me deixa ler, então tive que vir para cá.
Ela respondeu.

-Você fica diferente sem o uniforme, estava muito bonita hoje, não que não esteja agora.
Draco se enrolou com as palavras, ficando com as bochechas vermelhas.

-Aceita um chá?
Luisa conjurou uma segunda caneca cheia de chá para o garoto.

-Sim.
Ele se sentou ao lado dela. -O que está lendo?

-Bruxaria Natural, é mais sobre o uso de elementos da natureza na bruxaria.
Ela virou a capa para que ele pudesse ver.

-Sabe, eu te acho diferente das outras meninas desse lugar, e isso me deixa curioso sobre muitas coisas.
Draco estava baixando a guarda o que fez Luisa focar nele por instantes.

-Eu sou única, não sei se gosto de ser objeto da sua curiosidade, prefiro passar desapercebida pelos lugares e deixo a atenção para o Nicolas.
Luisa fechou o livro.

-Seria impossível passar desapercebida, além de ser muito perfumada, você se destaca das pessoas sem esforço.
Draco se aproximou, e encostou a mão no braço dela. -Não se esconda atrás do seu irmão, ele não merece se usado como seu escudo a vida toda.

As palavras de Draco ecoaram na cabeça da menina que se deixou levar pela raiva, e foi dormir sem se quer olhar para o garoto.