O início do Fim

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Nicolas Narrando.

Todos estavam claramente acabados com a morte do Dumbledore, o Harry deu uma surtada legal, era penoso de assisitir. Foram os piores meses de todos. Os alunos da sonserina se achavam donos da escola agora que Snape era diretor, o clima era de pura depressão nem o quadribol me animava mais, paramos de correr, Luisa vivia na torre de Astronomia ou andando atrás do Snape que a fazia de bode expiatório, para saber como Draco estava se saindo.

- Migo você viu o Harry terminou com a Gina no meio do Velório do Dumbledore, talvez você devesse falar com ela.
Como Lyndsay sabia de tantas fofocas não tinha o menos cabimento.

- Vou arrumar minhas malas, voltar para casa com o papai, ele esta rodeando o Harry como uma mosca varejeira.

As vezes eu ate esquecia quem era o pai dela, e o motivo dela saber tantas fofocas, voltar para casa? ninguém estaria seguro em lugar algum agora, os boatos de uma guerra já não eram mais boatos. Muitos alunos não tinham a esperança de voltar, nosso avô afirmou que ficará no castelo ou seja nos também ficaremos, nossa família tem enfrentado muita coisa unida desde as primeiras encarnações, não seria agora diferente.
Me despedi de Blaise sabendo que talvez estejamos de lados opostos no futuro, lutando pelo que acreditamos, não pude deixar e ficar triste, meu primeiro grande amor do lado errado da historia.
Sentindo melancolia fiquei sozinho no jardim vendo a todos irem embora. Todo o drama de Luísa e Draco, ela segurou-se ao máximo para não chorar na frente dele, mas não se aguentou quando ele finalmente saiu, juntando-se a mim em uma clara tristeza.

- Ei dupla.
Amora nos assustou

- Que susto Porra.
Falamos juntos.

- Credo, já falei para não fazerem isso, falar juntos é o lance dos Weasleys. Mas enfim o vovô esta chamando a todos.

- O que esse coruja velha quer agora.
Luisa estava com seu péssimo humor habitual.

- Vamos descobrir!
Amora estava ficando muito debochada para meu gosto, mas não tinha o que fazer.

Chegamos ao escritório, e toda nossa família estava lá, meu tio seguia na garrafa resmungando.
-Eita, todo mundo a coisa tá séria.
Falei e fui advertido com o olhar por Luisa.

-Não sabemos se as aulas voltam ou não, e também não sabemos o que vai acontecer, mas temos que ter consciência e coragem, alguém quer ir embora?
Vovô perguntou e ficamos todos em silêncio, mesmo com medo e cheios de incertezas.

-Não, o pior que pode acontecer é a morte, e sabemos que o ciclos nessa família são eternos então não tenho medo.
Amora surpreendeu a todos.

-Se uma guerra acontecer eu quero que salvem o maior número de pessoas que pudem, magia de cura, transporte, o que for necessário.
Meu avô seguiu falando.
-Se vamos ficar seremos parte da solução, lutar não é a melhor opção, mas se for necessário usem suas qualidades.

-Vovô e o Draco o Blaise?, pessoas que estão do lado errado por medo?
Luisa perguntou revelando um pouco do que meu avô já desconfiava.

-Lulu, na hora certa vamos saber o que fazer, acredito que os meninos também. Nicolas vamos aproveitar que a escola estará vazia e montar armadilhas como as de saci ao redor dos jardins, Luisa e Amora vao selar todas as janelas do castelo contra magia das Trevas. Regina e Carol produzir o máximo de poção de cura que pudermos.

-Certo.
Respondemos em uníssono.

Armadilhas eram minhas especialidade, passei anos testando várias com Luisa, não vai ter comensal da morte capaz de se soltar.
Sei que as meninas vão usar bruxaria natural, eu não posso fazê-la só as mulheres da família, mas posso ajudar a espalhar.
Enquanto nós ajeitávamos tudo as tias ficavam trancadas junto com a Mcgonagall e a Madame Pomfrey, sussurrando pelos cantos.

O Snape mal aparecia no castelo, quando voltava entregava bilhetes do Malfoy para Luisa, que fazia questão de mandar bolinhos para ele, como se outros comensais não os comessem antes, mas quem sou eu para falar do amor dos outros, escrevo cartas ao Blaise todos os dias, suas respostas são códigos, falando de quadribol, qualquer coisa pode ser motivo de morte para um de nós.

Devido a falta de outros jovens tivemos que voltar para o dormitório familiar, e eu estava dividindo o quarto com as duas criaturas mais desorganizadas do planeta.

-Chega eu cansei, não posso viver nessa zona, vou ficar na biblioteca do Vovô ou no jardim eu não fico mais com vocês duas.
Comecei a gritar.

-Gente gente não são nem oito da manhã, seria possível ter um dia de paz?
Regina falou encostada na pia.

-Não!
Amora e Luisa responderam juntas antes de me atacar e começar a me cutucar e dar beijos.

-Você vai ficar no quarto com a gente. Não tem para onde escapar.
Luisa falou.

-Será que Lilith me recebe no inferno? Ainda da tempo de fugir para casa?
Perguntei

-Cala boca viado, a cota gay de toda Hogwarts agora é você, vamos que tal voar um pouco.
Amora falou.

-Eu quero que vocês três saiam daqui agora!
Gritou Regina, não sobrou nenhum de nós para contar história.

Alguns professores, fantasmas e nos, e claro o Hagrid que adorava nossa visita ou fingia muito bem. Essas férias seriam as piores de nossas vidas !
Eu tive maior certeza disso quando voltamos para o dormitório e minhas tias estavam segurando uma carta com uma cara péssima, o envelope era preto com o brasão do Inferno.
- É Família chegou a hora, com a aproximação do aniversario dos Gêmeos recebemos a famigerada carta.
Disse Tia Regina entre as tragadas no seu cigarro.

- Credo gente que caras são essas.
Perguntei tendo medo da resposta.

- A Luisa foi convocada para passar uma temporada no inferno aprendendo dos oficio de Lilith, mas isso não significa que ela terá que ficar la definitivamente, é algo temporário.
Vovô se manteve calmo.

- Eu vou para onde?
Pude ver o pânico no olhar dela, seu maior medo estava se concretizando, no fundos nos todos sabíamos que Lilith jamais ia deixar o trono, mas a ideia de preparar uma herdeira era terrível.

- Calma boneca, são só algumas semanas, todas as herdeiras tiveram que passar por isso, sua mãe mesmo passou dois meses no inferno, e acho revigorante.
Minhas tias tentavam acalma-la.

O dia seguiu cinzento e com chuva, Luísa ficou sentada na beira da janela, com o olhar perdido. Não tinha muito que eu pudesse fazer além de tentar conforta-la.

- Pensa pelo lado bom, pelo menos lá é quentinho!
Fiz graça, e funcionou ela sorriu para mim antes de despencar no chão caindo sobre mim. - Sai de cima de mim sua bolota.

- São só algumas semanas, eu volto antes do início das aulas, certo ?

- Certo. Nada vai estar diferente.
Prometi não tendo certeza de nada!

Passei o tempo todo com a minha prima, Amora já estava mais adaptada a zona que era nossa família.   O tempo parecia passar mais lentamente, a Luisa sempre me acusou de ser o caos, mas o tempo todo o caos era ela. 
Era primeira vez que passaríamos nosso aniversário separados, sempre dizem que gemeos demoram a serem seres únicos seria essa a oportunidade?  





Save me  - Do Brasil  para  HogwartsOnde histórias criam vida. Descubra agora