A Marca

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Draco Narrando

A família Tupari era de longe o caos completo, eles eram barulhentos e muito comunicativos.
Acordaram animados e muito cedo para ir a São Paulo.
O professor Tupari era a pessoa mais simpática que conheci na vida, ele já estava pronto e tomado seu café da manhã.
-Sabe garoto, acho que você vai curtir mais ficando aqui, o centro do comércio Paulista está cheio de Trouxas.
Ele disse.

Como seu convidado acreditei que ele teria razão.
Todos saíram cedo, e Luisa ainda não tinha dado sinal de vida. Resolvi dar uma volta no jardim da casa, a propriedade era enorme, muito maior que a minha casa.
Cheia de árvores frutíferas, plantações, animais de várias espécies.
Encontrei os Duendes chegando para o trabalho.
-Bom dia querido.
Disse a governanta ao entrar.

-Bom dia.
Respondi
Voltei para dentro, estava muito sol e não eram nem dez da manhã, notei que a governanta preparava uma bandeja e a levou para o quarto de Luisa.
Escutei as duas conversando, mas não ouvi o conteúdo.
Ela finalmente saiu, usando mais um de seus vestidos, sua pele estava bem mais amostra do que o normal.

-Bom Dia Malfoy.
Ela sorriu para mim. -Dona Darci me avisou que um dos doentes faltou hoje, então vou ajudá-la, tenho que ir no centro e fazer outras coisas, quer ir comigo.

-Se não for um incômodo.
Me perdi olhando para ela, enquanto ela enrolava os cabelos.

-Magina.
Ela me sinalizou para descer as escadas, eu a segui, na cozinha a governanta entregou duas caixas Luisa pegou uma eu peguei a outra.

-Boneca não se esqueça de fazer as minhas compras. Gritou a governanta.

-Sim senhora vossa majestade.
Luisa gritou com um ar de deboche.

-O que tem nas caixas?
Fiquei curioso com o som de vidros batendo.

-Podes de Geleia, nossa propriedade produz muitas frutas, e para não estragar nossa cozinheira faz geleia com uma boa parte dela, e sempre distribuímos para os vizinhos.

-Nossa que costumes diferentes, eu mal conheço meus vizinhos.
Falei.

-Sabe, é um vilarejo pequeno, metade são bruxos então meio que somos um grande coven, e a comunidade se ajuda.
Ela falou parando em frente a um carro, abriu a porta traseira e colocou uma caixa, e a outra no porta malas.

-Covens são raros de onde eu venho.

-Vocês são muito isolados, não são uma comunidade de fato.
Ela entrou no carro, no banco do motorista, eu achei que alguém fosse dirigir para nós. -Pode entrar, eu não pretendo te matar hoje.

-Você sabe pilotar essa coisa?
Perguntei entrando com muito medo.

-Sim, desde os treze, vovô ensinou ao Nicolas primeiro, mas ele prefere motos e vassouras.
Ela sorriu e ligou o veiculo.

A cidade parecia só ter descidas, o som do carro estava ligado, ela conhecia cada música e cantava a todas, seus cabelos se desprendiam do rabo de cavalo por causa do vento.

-Sua familiar não deveria nos acompanhar?
Perguntei e ela abaixou a música.

-Sim, mais esta a muito tempo sem assumir sua forma real e visitar a própria comunidade, então ela deve está no meio da mata atlântica agora.
Ela sorriu para mim e parou o carro.

Chegamos em outra propriedade tão grande quanto a dos Tupari. Descemos do carro ela pegou alguns potes de geleia, e foi em direção ao portão, apertou uma campainha.

Uma criança veio correndo abrir.
-Luisa que saudade de você.
A garotinha abraçou Luisa tão forte que poderia quebrá-la ao meio.

-Eu também senti muito sua falta, como andam as aulas de magia? Animada para o próximo ano.
Luisa se abaixou na altura da garota.

-Estou sim, já estou lendo em Latim, e francês como você me disse, espero poder ter as mesma aulas que você tinha na minha idade.
A garota não parava de sorrir. -Tome mamãe mandou mel para levar.

-Obrigada Genevive, eu trouxe alguns potes de geleia acha que pode levar sozinha?
Luisa perguntou a ela.

-Claro que sim, esse é seu namorado? Ele não toma sol não?
A garota fez Luisa ter uma crise de riso.

-É um amigo da escola nova, eles são inimigos do sol. Preciso ir Genevive,nos vemos na festa de ano novo.
Luisa beijo a testa da garota e saímos.

-O que foi aquilo, você parece uma encantadora de crianças, eu vejo como os alunos do primeiro ano ficam quando você chega.
Falei enquanto voltávamos para o carro.

-Se chama simpatia, você deveria tentar em alguns momentos.
Ela brincou.

Já era quase meio dia, entregamos muito potes de geleia, o carro estava cheio de outras coisa, era estranho ver esse lado de Luisa, ela sempre estava centrada no colégio, andando com suas perninhas para todo lado carregando livros.

-Nunca te imaginei fazendo trabalho de camponês, você tem cara de mimada.
Falei, a fazendo olhar para mim.

-Eu mimada? Fomos criados fazendo todos os trabalhos da casa, e sem magia, para dar valor a isso, eu não sou mimada só gosto das coisas do meu jeito.
Ela voltou a se concentrar na estrada.

Chegamos a propriedade, dois Doendes vieram descarregar o carro, Ela me chamou para dentro, fomos a cozinha onde o cheiro mais maravilhoso tomava conta do ambiente.

-Que cheiro é esse?
Perguntei.

-Estou fazendo o prato preferido da família, espero que o senhor também goste.
Disse a governanta.

Luisa surgiu com um avental de cozinha, ela estava graciosa, só então percebi que o avental era para mim, ela me vestiu e dobrou minhas mangas, pela primeira vez viu minha marca de comensal, ela passou a mão suavemente pela marca e olhou nos meus olhos.

-Agora o senhor vai fazer trabalho e camponês, cortar couve para a feijoada, eu vou te ensinar.
Ela puxou as cadeiras, e me mostrou como enrolar a hortaliça, e como cortar.

-A minha não está ficando igual a sua!
Reclamei.

-Tem que ter mais paciência, e cortar mais fino.
Ela soltou o sorriso mais lindo que já vi.

A Governanta fazia milhares de coisas ao mesmo tempo, jurei que ela enlouqueceria os elfos domésticos da minha família em segundos, ela me contou histórias da infância de Nicolas e Luisa.
Não vi a hora passar, acabei cortando couve tomates cebolas e outras coisas.

-Malfoy, está de avental de cozinha rosa?
Blaise me tirou do momento que eu estava vivendo.

-Sim, ele está aprendendo como ser um ótimo dono de casa.
Luisa respondeu a ele enquanto abaixou minha manga rapidamente para esconder minha marca.

-Sim devo aprender a cozinhar lavar e passar, só assim conquistarei a garota ideal.
Falei olhando diretamente para Luisa.

-Eita como paquera.
Disse Lyndsay fazendo Nicolas gargalhar.

-Vamos Niquito, leve seus amigos para arrumar a mesa, o almoço será servido em vinte minutos.
A governanta falou.

-Obrigado por abaixar minha camisa.
Sussurrei no ouvido de Luisa.

-Eu sei o que é ter uma marca e não se orgulhar dela.
Ela abaixou um pedaço do vestido , revelando sua marca no ombro, eu já tinha visto um pedaço, mas nunc a marca inteira. -Bruxas satânicas nascem com marcas, e mesmo eu não sendo uma eu nasci com ela.

Arrumei seu vestido de volta no lugar e fomos para a mesa.

Save me  - Do Brasil  para  HogwartsOnde histórias criam vida. Descubra agora