Draco Narrando*
Eu não a reconhecia mais, como sete meses podiam mudar tanto alguém, a aparência dela era outra e a cabeça também, todos tinham certeza que ela me perdoaria de primeira .
Eu achei que ela correria para os meus braços. Pelo contrário ela tem me evitado o máximo que pode mal olha para mim.Fiz o qualquer pessoa no meu lugar faria, pedi ajuda da família outra vez. O professor Tupari falava para eu dar tempo a ela, já Nicolas disse para eu insistir porque ela ainda me amava. Ninguém mais estava suportando aquilo.
-Luísa, se conversa comigo, e me deixar explicar as coisas eu vou embora. Finalmente eu consegui ter um tempo sozinho com ela.
-Certo, então comece. Ela sentou-se na varanda, deixando o sol tocar sua pele.
-Eu não queria sumir, mas precisei, todos os dias eu só queria estar com você e te contar tudo que eu estava sentindo, mas a verdade é que eu sou fraco, e não me sinto digno de estar ao seu lado, ou junto com a sua família.
-Eu achei que já tínhamos passado dessa fase. O olha lançado sobre mim era de total decepção. - Sabe Malfoy, eu sempre soube das suas fraquezas e elas jamais foram um problema para mim.
-Eu criei o costume de não acreditar que mereço coisas boas. Além disso meus pais precisavam de ajuda para esconder a crianças.
Falar dos meus pais, ou de como eu ainda seguia planos alheios deve ter a irritado.
Ela passou a lança feitiço atrás de feitiço sobre mim.-Não é possível... Nada te acerta.
-Eu fui protegido com amor. Luisa eu te amo,e não gostaria de ser quem sou, queria ser diferente por você.
-Nem por mim nem pelos seus pais, quando você vai fazer algo por você, algo que realmente sinta vontade?
-Agora... corri até ela, eu não tinha medo de perder a vida. A beijei na frente de todos, e ela retribuiu, eu tive certeza que o amor ainda existia entre nós.
-Bebeu? Só pode! Com que direito acha que pode fazer isso? Eu fiquei sete meses sem saber onde você estava, procurando feitiços para te achar, passei várias noites chorando.
As lágrimas voltaram ao rosto dela.- Eu estou aqui agora.
-Toda oportunidade tem prazo de validade, espero que entenda isso. Ela voltou para o quarto, todos me olhavam com pena, mas eu não desistiria fácil afinal a única certeza que eu tinha era o meu amor pela Luísa.
Na véspera de Natal a casa se ajeitava, bem menos pessoas estavam convidadas. Pouca música, mas a quantidade de comida era a mesma. Era bom saber que o Snape estava bem, feliz. Todos estavam bem, menos Luísa. O olhar dela era de alguém que tinha desistido de tudo, e como ela conversou comigo eu iria embora, mesmo com a insistência de todos para que eu ficasse.
O professor Tupari pediu que eu ficasse ate a manhã de Natal, eu não tinha muitas outras opções, afinal meu pais estava dando um baile de Yule com todas as poucas pessoas ainda dispostas a conviver com a nossa família, e assim poder achar alguém para cuidar da filha do Lorde.
Desci as escadas arrumado com sempre, esperando pelo tradicional jantar de véspera de natal, mas Luisa se recusava a estar no mesmo ambiente que eu.
- Draco faça a bondade de ir busca-la. Disse Regina, como se ela fosse vir comigo, eu era o motivo de tanto mau humor.- Lui...
-Saia! Você não disse que ia embora?
- Eu vou, seu avô pediu que eu ficasse, e sua tia me pediu para vir te tirar do quarto.
- Além de tudo ainda terei que acatar seus pedido? Ela finamente olhou para mim, senti o mesmo gelo na espinha que tive a primeira vez que a vi andando pelos corredores, com os cabelos coloridos milimetricamente arrumados. Não pude evitar de sorrir.
- Não precisa, mas o Nicolas disse que te buscaria pelos cabelos.
Um revirar de olhos foi a resposta que tive. Mas ela desceu as escadas, e finalmente pudemos jantar.- Eu tenho um problema a ser resolvido. Aparentemente alguém dessa mesa se casou, usando um Handfasting, sem comunicar a família, e agora não quer nem olhar para o marido. Quer disse que como chefe da família eu devo mata-lo. Mauro pegou a todos nos de surpresa .
Luisa engasgou e começou a tossir sem parar. - Matar? por qual motivo.- Honra! ele respondeu
- Mais nada aconteceu. Luisa recuperava o ar
- Você ainda não transou? Amora estava chocada. - Em nome da Deusa, esta esperando o que!
- Amora. Todos gritaram em uníssono.
- Chega! para anular um casamento com Handfasting, um dos dois tem que morrer e sendo Luísa a linha direta do trono do Inferno não pode ser ela, então pela manhã vou ter que matar o senhor caro Malfoy, uma pena porque eu gosto de você.
- Deve ter outro jeito! a morte não é uma solução plausível. Luísa parecia em desespero, eu comecei a a achar a morte uma boa ideia, afinal não tinha muitas mais perspectivas nas vida. O clima do natal ficou pessimo, eu escutei Luisa conversando com o avô, ela não me queria perto dela mas aparentemente não me queria morto.
Três batidas na porta, era ela com as pantufas de panda, e a nina o familiar que nos uniu. Os olhos estavam cheios de lagrimas e a respiração dela estava ofegante.
- Precisamos chegar em um acordo, eu não vou deixar ele te matar.- Esta tudo bem, minha vida não vale tudo isso, eu ficaria feliz em morrer para sua felicidade.
- Esse é problema, eu não estou feliz, e não estava sem você, e desconfio que não voltarei a ser se você for morto.
- Eu não preciso de pena, não quero manchar sua honra, vou morrer feliz pela manhã.
Ela se aproximou de mim, eu sentia a respiração dela e sua pela calorosa tocando a minha, seu cheiro invadia cada espaço do quarto. - Eu... eu eu ainda te amo, e vou te perdoar com o tempo, na verdade minha magoa era não ter você comigo, eu não te quero longe, ou fugindo de mim, eu sei das suas marcas do passado e amo cada uma delas.
- Ainda me ama?
- Todos os dias a algum tempo. E só gostaria que você parasse de fugir, eu não te deixaria por nada nessa vida. As lagrimas dela começaram a virar uma chuva forte do lado de fora, com um vento fora do comum, era uma chuva diferente de todas as que eu tinha visto.
- Me desculpe, eu tive que lidar com algumas feridas, e não sabia como fazer isso tento alguém ao meu lado, mas eu nunca te quis fora da minha vida.
A chuva ficava mais forte a cada segunda, todo os Tupari começaram a chamar por Luisa, ate que Nicolas abriu a porta e com uma voz levemente constrangida disse: - Eu sei que estão se reconciliando, mas a chuva esta fora do normal, Lu preciso que se acalme.
Ela ouviu e se concentrou em parar de chorar. - Obrigado Linda. Ele saiu e gritou a todos que tudo estava sob controle.- Preciso de tempo, mais isso não significa que não te quero, só que preciso de espaço para lidar com as minhas emoções, e preciso ter certeza que não vai fugir cada vez que não estiver bem. Ela não estava errada, eu fui egoísta em pensar só em minhas feridas.
- Eu só vou sair da sua vida se você pedir, mas antes disso alguém vai ter que me matar.
Eu não morri, acabei ficando para a festa de ano novo, aos poucos ela voltou a falar comigo, vez ou outra fazia uma piada, ainda se incomodava de ficar sozinha comigo, então passamos uma semana "namorando" acompanhados de Lyndsay que não ligava. O tempo seria o meu melhor amigo nessa etapa de nossas vidas.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Save me - Do Brasil para Hogwarts
FanficOla a todes Essa Fic tem muitas referencias diferentes. Sendo elas logicamente a SAGA Harry Potter, o Mundo Sombrio de Sabrina Castelo Rá Tim bum, o folclore e o espiritismo religiões de matriz africana minha família, e muitas coisas sobre o Bra...