Recomeçando

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Era o dia da partida, a família Tupari teria menos de um mes para se adaptar antes do início das aulas.
Mesmo relutantes os gêmeos estavam prontos, a família selou a casa, e partiu em um estalo de biribinha.
Todos do corpo docente estavam na entrada do castelo, esperando para receber a família Tupari.

-Finalmente vocês chegaram. Disse Dumbledore de braços abertos.
Logo foram caminhando para o dormitório dos professores.

-Queridos, as aulas começam em três semanas, até lá vocês ficaram com a família depois, iram para o dormitório com os outros colegas. Disse Mcgonagall com um tom muito gentil.

-Ah sim os gêmeos, animados em estar em Hogwarts? Perguntou Dumbledore.

-Nenhum pouco. Disse Nicolas

-Estamos aqui contra nossa vontade, tendo em mente que o currículo de hogwarts deixa muito a desejar em relação a Castelo Bruxo. Luisa completou.

Os dois foram encarados pela família, chocados com o decoro dos dois, mais Dumbledore não parecia ligar, caiu na risada e disse.

-Por isso a vinda da família de vocês é importante, estamos tentado trazer essa colégio para a atualidade. Faremos o possível para que vocês não sejam prejudicados.

Os gêmeos ficaram calados o restante do dia, afinal em menos de cinco minutos, já tinham feito merda.

Três dias presos foi o castigo, que a tia os aplicou pelo decoro, nesse meio tempo eles já tinham brigado por tudo que fosse possível.
Mas agora livres puderam andar pelo castelo, se perder algumas vezes, mas no final da semana já conheciam cada buraco na parede.
Nicolas já havia conversado com todos os quadros e fantasmas.

Luisa fez da biblioteca, uma segunda casa, anda a de patins pelos corredores ouvindo música.

-Lu, vamos para o jardim comigo.
Disse Nicolas.

-Nem morta, não pretendo expor minha figura. Ela respondeu

-Eu não tenho mais o que fazer aqui sozinho, vou começar a falar com as paredes. Ele completou

-Nick eu já vi você falando com as paredes, mas porque não testa sua vassoura nova, posso ficar na sombra enquanto você voa.
Ela sabia que isso deixaria o irmão feliz.

-Obrigado obrigado!
Ele correu para pegar a vassoura.

Eles passaram a tarde nessa paz, por horas sem brigar, nem pareciam que estavam no Castelo.
Eles ficaram próximos da Madame Hooch que ficou encantada com Nicolas, voando ele realmente era muito habilidoso.

Durante o jantar, os professores conversavam até que o assunto chegou nos dois.

-Jovem Nicolas,soube que você voa muito bem pretende se juntar a algum time de quadribol? Perguntou Dumbledore

-Se possível sim. Ele respondeu.

-Professor Dumbledore o Nicolas está sendo modesto, ele voa muito bem, toca violino com mestria dança é otimo em feitiços de conjuração e projeção, além de lutar judô. A Luisa soltou sem perceber.

-Tenho certeza que esses talentos vão ser muito bem aproveitados. Disse Mcgonagall. -Mas e quanto a senhorita Luisa?

-Não tenho talento para os esportes.
Luisa respondeu

-Ela canta, toca piano, dança, já fala trezentas e oitenta línguas, e sabe oclumencia, Legilimencia quiromancia necromancia.
O irmão disse.

-Nossa, até eu estou surpreso com todo esse amor de irmãos, mas de fato meus netos receberam a melhor educação possível, são os melhores nas suas turmas. O avô parecia um pavão falando dos dois.

-Porquê uma jovem ia se interessar por necromancia? Perguntou Snape com seu olhar fixo em Luísa.

-Curiosidade, muitos estudos bruxos antigos, vem sendo deixados de lado pelos jovens,não só a necromancia, a arte do tarot, Atmocinese, projeção astral,exorcismos, sou entusiasta das magia antigas.
Luisa falou sem pestanejar. -Além de não precisar de catalizadores de magia, como as varinhas que vocês adoradores de Merlin tanto amam.

-Então a senhorita é contra o uso de varinha? Insistiu Snape

-Sim, as primeira bruxas não precisam disso. Foi a reforma bruxa no século XV que começou com essa palhaçada, quando as bruxa passaram a ser pagãs ou pior bruxas cristãs.
Luisa não tinha freio na língua,aí dizer tudo que viesse a cabeça no momento.

Antes que ela pudesse soltar outra pérola, o avô a encarou com a testa franzida, a punindo somente com o olhar.

-Nos os criamos para ter sua própria opinião, mas as vezes ele gostam de da-lá a qualquer um que entre no caminho.
Disse a tia mais nova mudando o rumo da conversa.

A noite seguiu sem maiores constrangimentos, todos se retiraram para seus aposentos, durante a noite se ouviu muitos uivos, não de cachorros.

-Tem lobisomens aqui. Nicolas disse com a cara amassada após acordar.

-Não seja tolo, Hagrid não deixaria essas criaturas tão perto de crianças.
Disse Regina.

-Ah! Claro como se não tivessem dementadores também espalhados pelo terreno, Dumbledore não está nem aí para a segurança de ninguém.
Nicolas seguiu falando -Agora vou acordar o dragão.
Ele subiu as escadas e voltou com o cabelo chamuscado.

-Ela jogou fogo em você? Perguntou a tia.

-Sim, que criatura nefasta essa sua sobrinha.
Ele brincou.

-Existem um ditado bebê que diz não mexa com quem está quieto.
Regina acendeu seu terceiro cigarro do dia. -Fez ela levantar ao menos?

-Lógico que sim, vamos ajudar Hagrid com as criaturas hoje. Ele vestiu as botas de montaria.

Luisa desceu as escadas de cara feia e também com roupa para montar,calçou as botas ainda em silêncio, como se esperasse que sua alma volte para o corpo.

-Coisa um coisa dois, onde os dois vão com roupa de montar ?
Perguntou o avô colocando somente a cabeça para fora do escritório.

-Ajudar o Hagrid com as criaturas, eu já tinha avisado as tias.
Nicolas falou.

-Sim, mas não tem cavalos por aqui, o que faz o uso das roupas de montar desnecessário. O avô completou

-Testralios vovô, é o que vamos montar.
Luisa falou ainda com a voz rouca de quem acabou de acordar.

-Ok! Voltem inteiros.
O avô voltou para os afazeres.

Os dois saíram, indo para a cabana de Hagrid, conversando sobre criaturas mágicas, e o tal lobisomem.

Save me  - Do Brasil  para  HogwartsOnde histórias criam vida. Descubra agora