O Cuidado

46 9 0
                                    

Mais uma semana de aulas começou, Luisa andava de um lado a outro do castelo tentado acompanhar  o máximo de aulas possíveis.
Durante o almoço ela encontrou o irmão, que tinha bolado mais um plano.

-Sua cara está me assustando.
Disse Lyndsay olhando para Nicolas.

-Eu sou um gênio incompreendido.
Ele respondeu. -Luisa meu amor todinho.

-Nao sei o que você  quer mais a resposta é  não.
Luisa respondeu.

-Credo eu nem falei nada, só quero te amar de perto.
Nicolas abraçou a irmã, que o empurrou.

-Lyndsay o que ele está tramando?
Ela perguntou  a colega  de quarto.

-Não sei e não estou envolvida, aliás tenho medo dele.
Ela fugiu antes que fosse chamada de cúmplice.

-Eu chamei o Zabini para dar uma volta no campo hoje, mas ele precisava ajudar o Draco com Herbologia, pensei que você  poderia quebrar essa para mim.
Nicolas fez biquinho.

-Não.

-Por favor, não te peço mais nada.
Ele insistiu.

-Mentira, você sempre pede.
Luisa cruzou os braços  e ficou seria, enquanto o irmão fazia sons de filhote. -Tá Nicolas!

-Obrigado obrigado  obrigado, antes do Jantar na biblioteca.
Ele saiu correndo antes que ela mudasse de ideia.

A última aula era de Trelawney, quiromancia, para variar sua dupla era Lyndsay, mas ela estava envolvida  no plano de Nicolas  e não foi a última aula.

-A senhorita  pode ajudar o Malfoy, que parece não fazer questão nenhuma de se esforçar  para essa aula. Professora Trelawney a fez sentar com ele, e explicou a leitura  de mãos.

-Acho essa aula completamente  banal.
Draco falou baixinho.

-Porque vocês não tem as habilidades  necessárias para fazer previsoes.
Luisa retrucou.

-E você  tem ?

-Claro que sim, me de a sua mão.
Ela segurou sua mão gelada, e começou  a analisar  cada milímetro. -Veja, aqui diz que você  está dividido  entre o certo e o que acha que é  o certo, também diz que tem medo de decepcionar, sua linha da vida é  longa.

A Professora se aproximou  ao ver a facilidade  de Luisa e fazer a leitura da mão do colega. -Vinte pontos para sonserina. Disse a professora.

Luisa soltou a mão de Draco, e se calou.

-Faltou a linha do amor senhorita Tupari.
Então a professora pegou a mão de Draco olhou e puxou a de Luisa e sorriu. -A senhorita leu a linha do amor e preferiu  se calar?
Luisa só balançou  a cabeça, Draco não entedia mais nada então também se calou.

-Sei que tinha combinado com Zabini  hoje, após essa aula, mas preciso pegar a Nina se importa  de espera um pouco.

-Não, te encontro na biblioteca.
Draco respondeu.

Rapidamente  os dois se encontram, Draco não parecia estar com dificuldades em Herbologia, só então Luisa se tocou.

-Foi o Nicolas  não  é  mesmo, que armou tudo isso.
Luisa  fixou furiosa. -Eu vou matar aquela criatura  desbotada.

-Calma, eu pedi que ele me ajudasse, eu queria falar com você.
Draco segurou a mão  de Luisa.

-Fale, eu tenho uma ou mais pessoas para matar hoje.
Ela já estava de pé  com os braços  cruzados possuída pelo ritmo ragatanga.

-Se acalme, desde o Baile eu quero entender o beijo que você  me deu.
Draco se aproximou.

-Fui acometida por um mal súbito, você  não soube, eu estava completamente  fora de mim.
Luisa o afastou. -Agora eu preciso ir.

Draco segurou o braço  de Luisa.
-Me solta, tá ficando louco. Ela gritou.

-Eu quero falar com você!

-Segurnando meu braço, Malfoy  me solta!  Nina Não!

Draco foi atacado pelo familiar  de Luisa, que entrou em completo desespero. Já na enfermaria  Draco  seguia desacordado, Madame Pomfrey  corria de um lado para o outro, como os familiares  não existem  mais na Europa, ela não tinha o que era necessário  para cuidar  dos ferimentos.

-Com licença. Carolina Tupari  chegou cheia de vidrinhos, para cuidar do ferimento. A perna do garoto já estava melhor, mas ele teria que passar  a noite lá.

-Eu não  sei o que aconteceu, e honestamente  não quero saber, mas para limpar a sua barra você  vai ficar aqui de enfermeira  particular  do Malfoy  até ele ser liberado.
Carolina  juntou seus vidrinhos  e saiu.

Nina se escondia na roupa  de Luisa, que seguia furiosa  com toda essa situação, e não podia deixar  de culpa o irmão  e seis planos infantis.
Luisa conjurou um livro  e muitas xicaras de chá, seria uma longa noite para ela.
Draco ainda estava apagado, de tempos em tempos Madame Pomfrey  vinha ver como ele estava.

-Preciso mesmo ficar aqui Madame Pomfrey?
Perguntou Luisa.

-Sua professora disse que sim, então sim !
Ela respondeu  voltando  aos seus afazeres.

Cada minuto  passava como uma tortura, metade do livro já havia sido  devorado, Nina dormiu e se transformou em capivara, então Luisa a colocou na cama com Malfoy  assim poderia ficar de olho nos dois.
Não era costume  Nina atacar ninguém, mas depois do trauma que Luisa  ficou, seu familiar  andava mais tensa que o normal.

Os pensamentos  da garota foram tomados  pelas falas de Lilith  no inferno, como assim um salvaria ao outro, não fazia sentido nenhum.

-Estou vendo as engrenagens do seu cérebro funcionando. Draco finalmente  despertou.

-Isso acontece  com mais frequência  que eu gostaria.
Luisa respondeu. -Como está a perna?

-Eu ainda tenho perna?
Ele brincou sentando-se  na cama e pegando Nina no colo.

-Uma perna por um braço.
Ela respondeu  com o olhar triste.

-Ei, eu não quis passar dos limites com você, juro, mas  é impossível  conversar  com você, vive fugindo.

-Eu só  quero envolver  o menor número  de pessoas na minha bagunça.

-Eu deveria poder escolher  se quero ou não ser envolvido,  você  me bejia e some, bebe e se declara, depois me ignora...

-Eu fiz o que?
Luisa se levantou  e ficou com as bochechas  rosadas.

-Se declarou,  e ainda pediu segredo, e como viver de migalhas.
Draco voltou  a se deitar.

Luisa voltou para sua cadeira e o silêncio  ficou mortal depois disso, horas se passaram a ferida de Draco estava quase completamente  cicatrizada.

-Eu não deveria ter tomado vinho.
Luisa soltou.

-Ainda está pensando nisso.
Draco virou para ela.

-Pensar é uma coisa que eu realmente  sou boa.
Ela sorriu e fechou o livro.

- Até agora não vi nada que você  não fosse perfeita.

-Não me viu voando, sou um desastre depois das aulas de voo eu nunca mais quis chegar perto de uma vassoura.

-O que tem na minha linha do amor que você  não quis me contar.
Draco era curioso  e ficou com aquilo na cabeça.

Luisa se levantou  pegou a mão dele e colocou junto a dela.

-Não é  bem a linha, você tem a marca da alma gêmea assim como a minha.
Ele olhou para as duas marcas e sorriu.

-Eu sou sua alma gêmea ?
Ele perguntou.

-Parece que sim.
Luisa voltou a ficar vermelha.

Assim os dois ficaram em silêncio com uma mão do lado da outra.

Save me  - Do Brasil  para  HogwartsOnde histórias criam vida. Descubra agora