O Anjo

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Nicolas Narrando

Acordei para correr, Luisa já me esperava do lado de fora dessa vez Lyndsay estava com ela, já reclamando fazia sentido as duas serem amigas, com a chuva de ontem deixou a grama molhada Luisa deve ter caído umas três vezes, sua roupa ficou cheia de barro e o coração cheio de ódio.

-Você ri né viadao.
Lyndsay gritava enquanto tentava me acompanhar.

-Nicolas olha!
Luisa gritou. -Um anjo, acabou de passar está atrás da cabana do Hagrid.

Ah! Pronto ficou louca agora, o que um anjo faria aqui, aliás anjos eram raros de serem vistos.

-Tô falando sério Nicolas um anjo.
Ela seguiu insistindo nessa história.

-Celestial ou infernal? Respondi de maneira irônica.

-Como se eu soubesse assim de vista.
Vi que ela começou a se alterar.

-Calma sua grossa,aí está muito cedo, pode ser um dementador, vamos para dentro e falamos com o vovô.
Eu estava preocupado com essa situação anjos não são criaturas muito bacanas de se conhecer, poucos saem vivos desses encontros.

Elas foram se arrumar para as aulas, e eu fui falar com meu avô.

-Meu Louro, que honra a sua visita, só vejo vocês três nas aulas, e bom saber que se esqueceram da família.
Ele falou em tom bem carregado de sarcasmo.

-Eu não tenho tempo para o drama, Luisa acha que viu um anjo hoje enquanto nós corríamos.
Falei e vi meu avô ficar paralisado.

-Um anjo aqui? Isso não é coisa boa, nossa família tem um péssimo histórico com anjos.
Ele começou a caminhar de um lado para o outro. -Não quero mais vocês correndo sozinhos até eu tirar essa história a limpo.

-Tá bem, devo avisar as tias?
Perguntei afinal o velho ficou louco.

-Não, eu as aviso, e o Rodrigo também, vamos ter que fazer uma reunião de família.
Ele pegou papel e pena e escreveu muito rápido, mandou a coruja para o ministério e depois saiu como um furacão.

Se aquilo era um dementador, e esse circo foi armado atoa eu vou matar aquela criatura roliça.
Voltei correndo para meu dormitório para tomar banho e ir para as aulas.
Desci correndo para o café e vi a cena mais tosca do planeta, Luisa e Draco se paquerando com o olhar, como pode a criatura mais cheia de atitudes, ser uma banana quando se trata da própria vida amorosa.

Falando em vida amorosa, eu não via amora em lugar algum, desde ontem quando tive minha sobrancelhas e cabelos arrancados por um feitiço. Ela deve está por aí beijando alguém.

Nossa primeira aula Dcat, com Snape trevoso, sua respiração me incomodava parecia que ele estava sempre com o nariz entupido.
Longbotton se cagava de medo dele, mal de movia na aula.

-Professor Snape com licença, pode me ajudar com uma dúvida?
Lyndsay levantou a sua mini mãozinha.

-Sim senhorita Flitz.
Ele respondeu.

-Porque algumas bruxas temem os anjos?
Cara que garota curiosa.

-Bem, primeiro precisamos entender que existem muitos tipos de Bruxas e bruxos, e que existem vários tipos de anjos, as bruxas da antiguidade eram sua maioria celtas ou satanistas, e os anjos celestiais tinham como função o extermínio dessas bruxas, nas Américas em sua grande maioria são wiccas ou da igreja da noite, ou são de covens pequenos, lá os anjos atacam com frequência.
Ele respondeu correndo mais cheio e preconceito.

-Com licença professor, acredito que os anjos não ataquem aqui porque em sua grande maioria são bruxos que seguem o cristianismo ou completamente pagoes, então não tem porque serem caçados.
Luisa não aguentou ficar com a língua dentro da boca. -Essa sua fala é preconceituosa, já que grande parte dos alunos daqui de puro sangue são descendentes de bruxas que foram mortas e queimadas por líderes do cristianismo, o próprio Nazareno que por sinal nunca precisou de varinha, foi morto pelos seus, então vir aqui e falar essa quantidade de asneira é propagar a desinformação de todos os seus alunos, que vão seguir se achando melhor que outros bruxos.

-Senhorita Tupari, já que se sente tão bem em falar sem permissão, acredito que vai adorar conversar com o Diretor Dumbledore sobre o seu decoro em minha aula hoje. Favor Retirar-se.
Eita mais uma vez minha amada irmã serviu uma torta enorme de climao.

-Com todo o prazer.
Ela saiu e começou a gritar em português. Escroto do caralho, zero didática, zero informação, professor de merda.

A aula seguiu sem nenhuma outra polêmica, irônico como a pessoa que sempre me manda respirar e ponderar as palavras, abriu a boca sem filtro.

-O que ela gritou em português?
Longbotton perguntou baixo para mim.

-Melhor não saber, vamos evitar outras polêmicas.
Respondi.

Encontrei a bicuda no almoço de cara feia para variar.

-Você viu a Amora, ela está sumida desde ontem.
Luisa me perguntou.

-Não vi, mas ela some as vezes. Aliás qual foi o castigo?
Eu estava morrendo de curiosidade.

-Esse lugar é insano e Dumbledore é completamente bipolar e ambíguo, os alunos são proibidos de irem a floresta, advinha onde vai ser meu castigo?

-Na floresta proibida!
Eu disse.

-Sim! Entende a loucura nisso.
Ela estava louca de raiva, bem estilo Carminha em avenida Brasil.

-Mas foi um lacre com a cara do beiçola, ele ficou sem reação, eu amei.
Não era mentira, ele merecia cada palavra.

-O vovô vai me matar.
Ela encostou a cabeça no meu ombro.

-Acho que você já fez coisas piores, mas sabe irmã você precisa ser menos reativa as coisas, usar os argumentos com clareza, as palavras as vezes saem como espinhos e podem ferir as pessoas.
Finalmente consegui fazer o discurso que ela sempre faz para mim, me senti vingado por todas as lições de moral.

-Cala a boca Nicolas, eu sou a voz da razão, precisamos achar a Amora, se tem um anjo por aqui, nos três estamos na linha de tiro.
Ela falou e me puxou.

Usamos alguns feitiços para tentar achar nossa prima, e como a criatura não andava com o familiar ficou mais difícil achar, resolvemos avisar a familia afinal nenhum colega tinha a visto desde ontem.

Save me  - Do Brasil  para  HogwartsOnde histórias criam vida. Descubra agora