A Solidão

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Nicolas Narrando.

Mesmo com amora e agora Draco por aqui, todos os dias eu sentia falta da minha monstrinha.
Mesmo com seu mau humor e sarcasmos, os dias eram longos e não tinha quase nada para fazer, conversar com Blaise estava cada vez mais difícil.

Me destrai olhando pela janela.
-Niquito, o Hagrid tem trabalho para você, assim que tomar café pode ir a cabana?
Minha tia gritou da ponta da escada.

Além de tudo isso viramos faz tudo por aqui, amora dormia o dia todo e quando saia do quarto ajudava as tias com as poções de cura. Ela já tinha perdido a paciência comigo, além de estar ajudando a outra louca em alguma coisa. 
Draco parecia o sombra do Vovô, para todo lado ele estava junto.
Eu passava as manhãs com Hagrid e as tardes com a Mcgonagall, transfiguração sempre foi minha paixão.

Nem os fantasmas estavam circulando pelo castelo, ao longo das semana a solidão virou minha amiga.
No final da tarde a professora Mcgonagall pediu que eu procurasse a Trelawney as duas estavam tentando prever os próximos meses sem sucesso.

Eu nunca gostei de adivinhação, tarot, leitura de mãos, sempre foi o lance da minha irmã. Eu achava engraçado os métodos e tentativas falhas de desvendar o futuro, como tentar ver algo na xícara de chá.
Frequentemente a Trelawney era encontrada em transe o que era pavoroso.
Entrei na sala e ela estava parada com o olhar perdido.
Uma respiração funda foi o som emitido por ela antes de começar a falar.
-A magia é poderosa ela não está preparada, as Trevas vão dominar seu corpo e destruir sua alma.
Outra respiração profunda. -Jovem Nicolas como o senhor tem passado.

Eu fiquei cagado de medo, o problema com o futuro é que ele nunca vem de forma nítida, sempre codificado, eu gostaria que as mensagens fossem claras do tipo: Vai chover não saia de casa, ou Nicolas você será atacado por um caçador no Rio de Janeiro.

Mas não nada é fácil ou simples por aqui. Primeira pergunta, do que ela estava falando? Que magia é essa? Quem é ela?
Nem me atrevi a perguntar nada, essa estranha nunca lembra merda nenhuma.

-Olá professora, a Mcgonagall está procurando a senhora.
Sai do mesmo jeito que entrei calado. No Dormitório finalmente consegui alguém para conversar, Draco estava sentado lendo como sempre o chamei para fazer alguma coisa.

Fomos para o jardim ver o pôr do sol e soltar os familiares, a tarde estava agradável.
-É impressionante como uma comida mais forte faz milagres pela pessoa, em poucos dias você deixou de estar cadavérico.
Falei.

-Nossa, obrigado eu acho, eu amo meus pais mas minha casa deixou de ser um ambiente habitável a algum tempo, estar aqui com vocês me deixa menos preocupado.

-É estranho ver a escola assim vazia, e está longe dela pela primeira vez na vida.

-Ela sozinha lá me preocupa, aquela cabeça não pode ficar no ócio ou começa a ter ideias horríveis.
Draco me fez ter um estalo. Ela era Luisa na visão da Trelawney, ela deve está manipulando algum tipo de magia infernal perigosa.

-Você está certo, precisamos buscar ela, sinto que vem merda por aí.

-Nicolas e como vamos entrar no inferno?

-Não sei, geralmente Luísa resolve isso, sei que ela usa a chave de portal, precisamos de uma, vou pesquisar na biblioteca e você nos livros do Vovô.
Draco apenas concordou com o que eu disse e cada um de nós correu para um lado diferente.

Passamos dois dias procurando uma maneira de entrar no inferno escondidos, desconfiei que eu não era tão inteligente quanto achava, e nem o Draco. Ficamos mais algum tempo pensado em todo o plano, avisamos a todos que iriamos a Hogsmeade, parecia que tudo estava dando certo, ate amora chegar e acabar com a graça.

Save me  - Do Brasil  para  HogwartsOnde histórias criam vida. Descubra agora