Capítulo 1 - A Mudança

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Bishop não estava com medo de deixar Los Angeles, pelos contrário, estava feliz de estar caminhando rumo a sua mais nova conquista: Ser capitã de uma firehouse. Desde pequena ela sonhou alto, na verdade, seu pai sempre a incentivou a correr ( literalmente) em direção ao seus sonhos, tanto que foi graças a isso que ela conquistou uma medalha olímpica. Mas depois de carregar no peito a medalha de ouro, Maya sabia que era hora de ir atrás de outros sonhos, e assim se inscreveu para ser bombeira. Foram anos maravilhosos sendo bombeira na estação 7, em L.A., sendo os últimos dois como Tenente, mas quando a oportunidade de ser Capitã de uma estação em Seattle apareceu, a loira soube que não poderia negar, ainda mais que sua melhor amiga, Amelia Shepherd, precisava de sua ajuda.

Maya e Amelia haviam se conhecido anos atrás, quando a Médica morava em L.A., a história que as envolvia era meio trágica, mas isso só fortificou a amizade delas, e ela estava empolgada por estar se mudando para morar com a melhor amiga e poder abraçar seu pequeno filho, Scout.

Assim que pousou em Seattle a bombeira foi recebida por uma garoa. Ela arrastou com rapidez sua mala pelos corredores do enoerme aeroporto indo em direção ao local de Taxis. Ela estava feliz, ela sorriu ao sentir os pingos de chuva cairem em seu rosto na porta do aeroporto.  Ela estava feliz por não somente ter deixado sua antiga cidade, como também por estar indo ao encontro de sua melhor amiga, como também por, finalmente, ter se tornado Capitã.

Okay, em torno de toda essa felicidade havia um leve receio: ela estava ingressando como capitã numa estação que nunca tinha ouvido falar sobre ela, que ela não conhecia seus subordinados e nem seu Chief, mas ela estava torcendo para que se dessem bem. Afinal, ela não teria ganhado a oportunidade de ser Capitã se não merecesse, neh?

A loira conseguiu pegar um Taxi no meio de toda a movimentação e o mesmo se entregou ao transito da cidade grande até chegar na casa que seria dela por alguns meses. Maya ia morar com Amelia por 6 meses, já que o pai de Scout estava em Londres fazendo um aperfeiçoamento e não poderia dividir a guarda do menino de 7 meses nesse tempo, então Maya iria usar esse tempo para se acostumar com  a cidade, ajudar a amiga - não que tivesse muito conhecimento de bebês - e encontrar um local para viver.

Parada em frente a casa de 2 andares, Maya vasculhou o pequeno jarro de flores que havia ao lado da porta, a amiga havia deixado a chave ali porque estaria de plantão e não poderia receber a nova moradora da casa, então loira teria que se ajustar sozinha, já que a Médica só chegaria tarde da noite.

Maya entrou na casa , largou a mochila ao lado da mala, suspirou aliviada e sorriu. Ela Estava pronta. Pronta para abraçar sua nova vida.

- Lar doce lar - Ela olhou ao redor da casa e reparou que a casa era bem organziada. Tirando alguns brinquedos e um jaleco que estavam soltos pela sala, mas nada fora de comum para uma mãe solteira. Depois de alguns minutos admirando o local, Maya seguiu para o quarto no final do corredor do segundo andar, onde seria sua moradia. O quarto era espaçoso e bem iluminado, composto por uma cama queen, uma cabiceira e um armário bem grande, Também havia uma mesa de estudo e uma televisão que a loira duvidava muito que iria ligar, mas adorou a decoração.

Em cima da cama ja feita, havia uma toalha e um recado de sua amiga.

" Tome banho antes de eu chegar, devo chegar por volta das 22, você não irá tocar no seu sobrinho suja.
ah, e faça algo para jantarmos, eu não quero pizza. Obrigada. Te amo
"

A Loira sorriu do recado da amiga e olhou o relógio. Era uma da tarde, ela então decidiu tomar um banho e cochilar, para assim acordar e receber a amiga com um bom jantar.



Não muito longe dali,  no Grey Sloan Memorial Hospital estava Carina Deluca, a médica italiana, a morena dos olhos castanhos olhava fixamente para os exames na sua frente. Sua paciente, Lana, de 22 anos estava de 30 semanas e tinha acabado de ter um deslocamento de placenta, a médica sabia que era possível realizar o parto com grandes chances do bebê sobreviver, mas ela queria tentar aguardar um mês para que os pulmões do bebê estivessem mais forte, por isso havia orientado sua Residente a informar para Lana que a jovem poderia desmarcar todos os compromissos por um mês, porque a mesma teria que ficar de repouso.

Finalizado esse caso, ela marcou um lembrete no seu celular para visitar Lana antes de sair do hospital, já que a paciente só teria alta no dia seguinte, então passou para o caso seguinte, mas antes que pudesse ler os exames, o telefone de sua mesa tocou avisando que teria que avaliar uma paciente que havia acabado de entrar na clínica com leve sangramento.

Carina trabalhava no hospital havia alguns anos, nesse meio tempo ela havia sido promovida e agora era  chefe do setor obstetríca. Ela gostava do cargo a pesar da enorme carga e da responsabilidade, mas tudo ficava mais fácil com a staff que era maravilhosa, ou melhor, quase todos, porque sempre havia um interno que precisava de uma bronca e um Residente que queria participar de uma cirurgia como se sua vida dependesse disso. Ela não julgava, mas ela adorava Jo, sua Residente, e não gostava de trabalhar com outros, porque confiava na menina.

Saindo de sua sala começou a descer as escadas - ela preferia descer as escadas já que não tinha tempo para fazer excercicio - e no andar de triagem encontrou sua residente Jo.

 - Como Lana Lidou com as recomendações? - perguntou a médica à residente.
- Ela não gostou muito, mas entendeu, avisei a ela que você passaria lá mais tarde para dar mais algumas recomendações - responderu a Jo.
- Ela precisará seguir muito bem as recomendações. Não quero ter que fazer uma cesária de emergência.
Jo olhou pro horizonte sem opinar; ela gostava de cesárias.Não que fosse bom para o paciente, mas ela gostava quando surgia oportunidade de ajudar a italiana em cirurgias desse tipo.
- É, espero que ela siga as recomendações. Onde vamos agora? - perguntou seguindo a médica.
- Fui chamada para atender uma paciente que chegou com um sangramento, mas não deram mais informações que isso.

Ao cheagem no leito informado as duas médicas se depararam com uma mulher que, de acordo com a ficha, tinha 34 anos, se chamava Thelmy e estava de 35 semanas. O que elas não esperavam era que a Dra. Shepherd também estaria ao lado do mesmo leito, fazendo algumas perguntas para paciente.

- Você já veio aqui, não se lembra Thelmy?  Você me conhece, sou a Dra. Shepherd - perguntou a neurologista.
- Não - disse a boca com a voz tremula - Eu estou bem? 
- Thelmy, essa são as Dra. Wilson e Deluca, elas vão cuidar de você também, para você ficar bem, eu só preciso dar uma palavrinha com elas e já retorno para falarmos com você, tudo bem?
A mulher concordou, mas antes que as três médicas pudessem se afastar, ela segurou a manga do jaleco de Amelia e perguntou:
- Eu não lembro o que estou fazendo aqui. Quem é você?
Amelia sorriu para a Paciente e pegou a mão da mesma com todo o carinho.
- Eu sou Amelia Shepherd, sua médica. Eu já volto para cuidar de você, tá?
Thelmy mais uma vez concordou e as três conseguiram se afastar sem serem interrompiadas dessa vez.

Afastadas da paciente Amelia soltou o ar. Odiava casos assim.
- Essa é Thelmy, ela tem um tumor próximo ao hipocampo. Inoperável. Era para ser tratado com Quimioterapia, mas ela descobriu o tumor duas semanas depois que descobriu a gravidez quando foi fazer uns exames. Ela não quis arriscar a vida do bebê, mas ela sabia que era de grande risco o turmo crescer e afetar as memórias dela.

- E é Isso que está acontecendo - Afirmou Wilson

- Sim - concordou Amelia, mesmo sabendo que não era uma pergunta - Até 3 semanas atrás ela estava vindo as consultas comigo, e sendo atendida em outro local para monitoramento do bebê, só que nas últimas 3 sessões ela faltou, e hoje ela foi encontradada desorientada, andando na chuva com sangue escapando da virilha. Ela está perdendo a memória, e não acredito que consigo reverter isso.

- Então você quer que avaliemos o bebê? - Perguntou Carina.

- Nesse momento ela não entende que está gravida, mas precisamos monitorar esse bebê, irei chamar uma assistente social para cuidar do caso, porque ela precisará de auxílio. Eu não sei o que seria melhor para o bebê, mas sei que Thelmy não tem condições de  prosseguir as próximas semanas com essa gravidez até completar 40 semanas sozinha. Ela não tem ninguém. Então preciso que o bebê seja avaliado, ver o que é melhor a ser feito pelo bebê. Confio em você Carina, é a pessoa mais sensível e sensata desse hospital, e acredito que podemos tomar a decisão correta para ela e para o bebê. Juntamente a isso, também já contactei o setor de Psquiátria do hospital, para podemormos falar com ela da melhor maneira possível.

Carina olhou para a colega de profissão, conseguia ver uma leve dor transpassando pelos olhos da neuro, o fato de não conseguir ajudar sua paciênte e vê-lá se perdendo dentro de si mesma era algo que machuva a morena de cabelos curtos, mas ela tinha que pensar no bebê, porque era algo que Thelmy ia querer.

- Okay, eu vou esperar o setor de pisquiatria chegar para podemos abordar juntos os exames que precisamos fazer para saber se o bebê estaria pronto par nascer e falar isso com Thelmy, para que todos os exames sejam feitos da melhor forma possível. Assim que tiver os resultados eu te chamo, tudo bem?

Scrubs on Fire - MarinaOnde histórias criam vida. Descubra agora