Capítulo 12 - A Flor

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Carina estava empolgada, na semana seguinte o projeto Hope iria finalmente abrir suas inscrições e mulheres grávidas poderiam se inscrever para achar pessoas responsáveis para adotarem seus bebês. Ela estava feliz, já que iria poder ajudar pessoas que não podiam ou não queriam engravidar a ter seus filhos, e ajudar pessoas que não queriam ser mães a terem certeza que seus bebês estariam em lares amorosos e seguros para poderem crescer numa boa vida.

Ela assinou a última papelada que precisava e se encaminhou em direção a sala de Bailey. Quando lá chegou, a morena estava sentada em sua mesa, como sempre com uma cara fechada, mas era só fachada.

- Dra. Bailey, trouxe os papéis - disse Carina com aquela alegria que só a obstetra era capaz de ter às 8 da manhã de uma segunda-feira.

Bailey levantou os olhos e não se sentiu contagiada pela alegria da médica, na última noite tinha ficado acordada até tarde esperando seus filhos voltarem de uma festa. Adolescentes...Mas sabia que sua falta de sono não poderia interferir em seu trabalho.

- Obrigada, Dra. Deluca - disse estendendo as mãos

Carina entregou as papeladas

- Obrigada mais uma vez, essa é uma...

- Não precisa agradecer, só vá lá fazer seus partos, amanhã eu te envio as cartelas de divulgação, haverá uma sala disponível para as reuniões e as psicólogas já vão estar disponíveis semana que vem.

- Obrigada, obrigada, obrigada - Disse Carina animada. Queria beijar as bochechas da americana, mas sabia que era provável que Miranda batesse nela com as folhas e cancelasse o programa, então apenas saiu e sorriu saltitante.

A Alegria de Carina era eminente, constatou Bailey, e ela sabia que estava relacionada muito além da aprovação do programa Hope, e sim a ver com uma provável bombeira. Bailey podia não falar muito, mas ela sabia das coisas, e sabia que nas últimas semanas Carina saia acompanhada de uma loira. Loira essa que ela tinha descoberto que era melhor amiga de Amelia ( informação da própria) e que tinha se mudado há cerca de 2 meses para Seattle. Bombeira essa que ela sabia, também era namorada de sua obstetra. Mas Bailey não se preocupava com isso, na verdade, até achava bom seus médicos terem relacionamentos, ainda mais quando não envolviam outros médicos do hospital. Só Miranda sabia quanta merda já havia ocorrido por relacionamentos internos.

Carina saiu saltitando em direção a sala de US, tinha um exame especial para fazer hoje e pela mensagem no seu pager sua mais nova paciente favorita já estava esperando.

Ao entrar na sala de Ultrassom encontrou Emily já vestida com o avental do hospital e ao seu lado havia um homem alto, de cabelos pretos e olhos azuis, tinha feições bem marcadas e um sorriso um pouco tenso, mas era um homem incrivelmente bonito, Carina teve que admitir.

- Olá!, bom dia Emily - disse sorrindo e encostando no ombro da amiga que já estava deitada na maca para fazer o primeiro ultrassom transvaginal, depois olhou para o pai do bebê e sorriu - sou a dra. Carina Deluca, irei fazer o Ultrassom do bebê de vocês.

- Tore - disse o homem e agora parecia levemente nervoso - Damon Tore - disse estendendo a mão. Carina aceitou a mão e sorriu. Ela não conhecia o homem, mas tinha descoberto que o mesmo era subordinado de sua namorada na semana anterior, quando ela saiu juntamente com Emily, Amelia e a namorada. Tinha sido engraçado quando Emily, durante o café em um restaurante, mostrou a foto para as meninas, e Maya pontuou que ele era seu tenente, e até comentou que agora fazia sentido ele andar todo estranho e nervoso nos últimos turnos.

Mas sem mais delongas Carina começou o exame, afinal tanto Tore como Emily tinham trabalho naquele dia. Ao iniciar, Tore ficou um pouco surpreso ao saber que o primeiro ultrassom não seria realizado pela barriga, e sim por 'outras vias', mas logo tratou de se recompor e segurar a mão de Emily enquanto ambos olhavam a tela.

Scrubs on Fire - MarinaOnde histórias criam vida. Descubra agora