Carina não soube explicar o que aconteceu, na verdade ela nada conseguia ver, seus ouvidos ainda ecoavam o barulho do tiro e ela e ela olhava de um lado para o outro buscando uma saída. Sem perceber o bebê foi tirado de seus braços, ela tentou protestar, mas a enfermeira a impediu, e ela deixou a criança ir. Alguém também a tirou de perto do cadáver, a levando para um canto do berçário. Ela então olhou para o relógio, e viu que o mesmo ainda estava dentro dos 20 minutos estipulado pelo homem, mas Alguém chegou na frente dela e falou algo, fazendo ela desviar os olhos do relógio, mas ela não sabia quem era e nem o que falava, ela apenas sabia que era um policial, e não queria falar com eles agora, ela queria Apenas.... Foi então que uma voz se destacou entre todas as outras, uma voz autoritária e reclamona, que estava bastante agitada.
- Saiam da minha frente! - era claramente uma ordem
E nesse momento foi que Carina levou a cabeça em direção a voz, e entre todas as pessoas que estavam naquele local ela encontrou os olhos azuis que tanto almejava.
Maya saiu empurrando, não importava quem estivesse em sua frente, mas tomou cuidado para não empurrar as enfermeiras que estavam segurando os bebês, e finalmente chegou onde Carina estava. A mesma estava pálida e tinha lágrimas em seus olhos, ela tinha um semblante de derrota e os ombros caídos. Maya nem perdeu tempo e abraçou a namorada. Ela simplesmente queria sentir a amada em seus braços, precisava tocar nela, saber que ela estava bem, não estava ferida.
- Eu estou aqui com você. Tá tudo bem, meu amor. Acabou - Disse Maya apertando fundo a namorada. Ela nunca ia se esquecer o quanto foi anguistiante ver pela camêra o homem se aproximar de Carina com a arma, e como foi aliviante ver o homem se matar não machucando sua amada. Mas agora ela tinha seu amor na sua frente sofrendo - Venha, venha comigo - mas o mais importante, Carina estava viva, e não estava machucada.
Maya envolveu a namorada com um só braço e começou afastá-la de toda a cena no crime, não queria a namorada perto daquilo tudo. Em um momento um policial tentou puxar Carina para um depoimento. Mas Bailey apareceu e mandou o policial passear, dizendo que quem mandava no hospital era ela e que os funcionários só falariam quando ela liberasse
- Vá naquele quarto ali - indicou Miranda depois de olhar de cara feia para todos os policiais - Farei questão de ninguém interromper vocês.
Maya agradeceu com um 'obrigada' silencioso enquanto guiava a médica ao que percebeu ser um quarto de descanso dos médicos. Deixou a médica sentada e quando foi se afastar para pegar um papel e água sentiu a namorada puxar seu braço.
-Eu só vou até ali no canto, pegar um papel e uma água para você, eu não vou embora - Disse Maya olhando para os olhos de sua namorada que finalmente concordou e deixou a namorada dar os 5 passos que a separavam de onde se encontrava um bebedouro e um porta papel. A loira pegou ambos e se encaminhou de volta para perto do seu amor. Limpou as lágrimas e a make-up borrada de Carina e entregou o copo de água à morena, que bebeu tudo em um só gole. Maya estava com raiva do homem, Raiva por ter feito sua namorada de refém, com raiva do homem ter apontado uma arma para ela. Mas o homem estava morto, ela não poderia descontar sua raiva crescente no homem, e naquele momento tudo que Carina menos precisava era de Maya demonstrando raiva por um homem que já estava morto.
- Ele está morto? - perguntou Carina numa voz um pouco perdida.
- Sim, meu amor - respondeu Maya.
- Os bebês e a enfermeira estão bem? - quis saber
- Sim, nenhum bebê se feriu, graças a você, e a enfermeira está bem, só vai precisar de uns dois pontos.
Então carina se debulhou em lágrimas se jogando contro o abraço mais confortável e seguro do mundo. Ela nunca quis tanto se fundir com um abraço como naquele momento, queria se grudar em Maya e nunca mais soltar. Ela chorou todo o medo que sentiu durante todo o ocorrido.
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Scrubs on Fire - Marina
FanfictionNascida, criada e formada na Itália, Carina Deluca é uma médica obstetra de renome tanto na Europa quanto nos EUA. Porém, para fugir de seu pai, a médica criou raízes em Seattle, a cidade que conquistou o seu coração. Ela só não imaginava que uma bo...