𝑆𝑜𝑛ℎ𝑜𝑠

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Após sair de sua casa, Irene adentrou em seu carro e deixou a bolsa sobre o banco do passageiro, irritada, ela bateu algumas vezes sobre o volante e respirou fundo.

- Maldita, maldita, infeliz, desgraçada... Ela Sussurrou para si mesma enquanto encarava as portas fechadas da fazenda.

Deu partida no carro e o retirou de onde estava estacionado, seguindo pela estrada para fora dos muros dos La Selva.

A estrada estava vazia, o que a ajudava ir um pouco mais devagar para conseguir pensar no que Angelina havia dito a ela.

Isso tudo é o que ? Medo de perder o doutor Antônio pra outra ? Será que ele tá apaixonado por outra mulher? Você perdeu seus encantos?

Aquelas palavras estavam martelando em sua cabeça, a deixando angustiada e tensa, mas sabia exatamente que era isso que Angelina queria, vê-la nervosa, tensa e até Assustada, mas não a deixa vencer esse jogo.

Aproximando-se da cidade, estaciona o Porsche em frente ao salão, pegando suas coisas, a morena desceu do veículo e o fechou com a chave.

Ao adentrar o local ela atrai todos os olhares dos presentes, principalmente de Anely que largou as escovas no chão para admirar a esposa de Antônio na porta.

- Dona Irene como vai? Eu vou bem e a senhora? Ou melhor você, dona...

- Anely... Kaká se aproxima colocando as mãos nos ombros dela. - Dona Irene que bom receber a senhora aqui.

- Obrigada. Ela sorriu retirando os óculos de sol. - Eu só vim fazer as unhas, tem um horário ?

- Na verdade....

Antes de outra funcionária continuar a dizer, o cabeleleiro colocou a mão em sua boca.

- Tem sim, claro, sente-se por favor. Ele apontou o local escolhido.

Ela sorriu e apenas se sentou no lugar apontado pelo homem.

- Kaká eu posso fazer as unhas da imperatriz do soja? Anely questiona ao mais velho com empolgação.

- Que? Anely você tá doida ? Ele a segura pelos braços. - Por favor, as unhas da dona Irene eu faço...

Passando alguns minutos, Irene sentiu-se incomodada com o falatório que estava ao redor de si, o salão estava cheio e haviam diversas conversas paralelas entre algumas meninas do bar.

Sua cabeça começou a latejar pela gritaria entre eles e rezava a todos os santos para que o rapaz terminasse suas unhas de forma mais rápida.

Estava com uma das mãos na água e sua cabeça latejava fortemente, era uma dor mais aguada no centro onde vinha e ia aos poucos, ela olhava impaciente para o homem a sua frente e respirava fundo.

E quase uma hora depois, ela deixou o estabelecimento e seguiu em seu carro para um restaurante. Irene pensava que sua dor de cabeça poderia ser por fome, tinha tomado café muito cedo e já se passava as 13:00.

Uma sensação ruim lhe abraçou o corpo, uma leve cólica iniciou-se em seu ventre.

Almoçou pouco em um restaurante e depois de pagar a conta e adentrar seu carro outra vez, ela ficou alguns minutos parada esperando a dor pelo menos diminuir.

Após alguns minutos, a dor persiste e ela suspira dando partida no veículo em direção a sua casa.

Atravessando as portas principais da sala, ela largou a bolsa sobre a poltrona e caminhou até a cozinha onde encontra Neide guardando a louça recém lavada e Angelina limpando a geladeira.

- Neide cê faz um chá de camomila pra mim? Perguntou. - Eu tô cansada, com uma dor de cabeça, cólica... Leva lá no meu quarto que eu vou tomar um banho.

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