𝑉𝑒𝑟𝑑𝑎𝑑𝑒𝑖𝑟𝑎 𝑖𝑑𝑒𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒

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Ao ultrapassar os muros dos La Selva, o carro dela começou a diminuir mais a intensidade da velocidade, estacionou o mesmo em frente a entrada da mansão e desembarcou segurando sua bolsa em uma das mãos.

Caminhando pela varanda, ela optou por entrar pela cozinha, seguiu o corredor até o fim e assim que se aproxima das janelas observa que Angelina estava no telefone e suspira cruzando os braços.

Ao adentrar a cozinha, ficou atrás da mesma enquanto a ouvia conversar com a sobrinha Lucinda.

- Que bonito Angelina, usando o celular no horário de trabalho! Ela afirmou ao bater palmas com as mãos.

A governanta se assustou com o chamado e desligou a ligação na mesma hora escondendo o aparelho em seu bolso.

- Eu estou esperando você responder, Angelina, tá surda agora ? Ela começou a bater a ponta do pé sobre o chão impaciente.

Lentamente a mais velha se virou para ela e suspirou.

- Desculpa, Irene, eu só estava falando com a minha....

- Não me interessa com quem você estava falando, o que você não pode é usar o celular no horário de trabalho, pra isso você tem as folgas e o horário de descanso.

- Eu só estava falando com a minha sobrinha sobre o filho dela, só isso. Ela suspira nervosa.

- Então avise a seus parentes que você não pode usar o celular no horário de serviço, se voltar a acontecer vou ter que comunicar o Antônio...

Ela suspira dando os ombros e caminhando em direção aos corredores.

Angelina respira fundo com a fala dela e apenas deixou de lado, voltou a dar os ombros e pegar o celular correndo para a área externa da casa.

Caminhando pelas escadas, Irene suspirou e seguiu até seus aposentos, ao adentrar ela sorriu observando o cômodo, aproximou-se das prateleiras de vidro e pegou um quadro em mãos e encarou a fotografia.

- Hoje você vai ter uma surpresa, meu amor. Ela sorriu olhando a foto do marido junto a ela.

Deixando a mesma no lugar, após largar a bolsa sobre a poltrona ela seguiu até o banheiro, onde despiu-se lentamente e adentrou a ducha quente pensativa.

Sua cabeça voltou a pensar nas terras de Aline, que em breve ela assinaria o documento dando plenos poderes a Vinícius para que o geólogo possa vender as terras.

Estava anciosa para esse acontecimento, onde poderia presentear o marido com o que ele mais queria, os diamantes das terras vermelhas da viúva.

Com a cabeça embaixo do chuveiro, ela sentia a água cair e mudar seus pensamentos para como iria contar sobre a ficha criminal de Agatha, ela suspira passando a mão sobre o rosto sentindo a tensão tomar conta.

"𝐸𝑟𝑎 𝑎 𝑐𝑜𝑖𝑠𝑎 𝑐𝑒𝑟𝑡𝑎 𝑎 𝑓𝑎𝑧𝑒𝑟?"

Depois de um tempo, os carros de Petra e Antônio são estacionados na fazenda, ambos desceram de seus veículoa e adentram a casa principal juntos.

- Pai eu vou subir e tomar um banho que eu tô cansada, não vou jantar hoje não. Ela suspira seguindo pelas escadas.

- Vai lá minha filha. Ele sorriu enquanto a olhava. - Oh Irene...

Seus olhos vão em direção ao sofá e sua fala morreu por não ver a mulher sentada como de costume, ele suspirou e seguiu pelas escadas em direção ao quarto do casal.

Adentrando ao cômodo ele encontra com a esposa saindo do banho com um roupão branco no corpo.

- Boa noite. Ele se sentou na beirada da cama retirando os sapatos.

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