𝑀𝑎𝑢𝑠 𝑇𝑟𝑎𝑡𝑜𝑠

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Ela ficou alguns segundos calada apenas encarando a loira de cima a baixo.

- Não vai me comprimentar? O gato comeu sua língua? Sorriu irônica.

- O que você tá fazendo aqui? Ela cruza os braços.

- Eu quem pergunto, você não deveria estar em casa, na cama descansando? Ela se aproxima ainda mais. - Que eu lembre, você estava doente.

- Quem te disse isso? Franzi a testa.

- Quem você acha? Sorriu. - A Angelina sua boba... E então, tá fazendo o que de pé?

Ela revira os olhos passando por ela, mas Agatha não a deixaria sair assim, sem mais nem menos, ela a segurou pelo braço a fazendo parar onde estava.

Irene olhou indignada em direção a mão de Agatha e em seguida nos olhos dela o que a faz sorrir a olhando por completo.

- Por que está de preto? Questiona apontando a roupa.

- Não é da sua conta, agora me dá licença...

- Vai com Deus. Ela sorriu irônica. - Ah, e cuidado no caminho, coisas inusitadas podem acontecer...

Irene a olhou enquanto se aproximava do farol para atravessar a rua e percebeu que Agatha sorria como nunca, era um sorriso diabólico no qual lhe deu alguns calafrios.

Virando-se de costas, ela se apressou em atravessar a avenida e seguir para seu carro, adentrando o mesmo ela ficou alguns segundos observando Agatha.

A mãe de Caio adentrou a loja e Irene conseguiu ver nitidamente ela se aproximar do carrinho e tentar pegar Danielzinho nós braços.

Com aquela imagem, seu sangue ferveu e um ódio imenso cresceu dentro de si somente de imaginar ele nos braços daquela ordinária.

Respirando fundo algumas vezes, apertou o volante em suas mãos com uma certa força enquanto seus olhos estavam fixos sobre a cena que estava presenciando.

O menino não queria ir no colo dela, tanto que virou de costas quando se aproximou, o que lhe arrancou um sorriso.

Após alguns minutos apenas observando os dois, a morena deu partida no carro e seguiu pela estrada principal.

Seu celular tocou novamente e era uma mensagem de seu marido, o que lhe arranca um sorriso sincero que deixava suas covinhas à mostra.

"𝐼𝑟𝑒𝑛𝑒, 𝑒𝑠𝑝𝑒𝑟𝑜 𝑞𝑢𝑒 𝑒𝑠𝑡𝑒𝑗𝑎 𝑒𝑚 𝑐𝑎𝑠𝑎 𝑟𝑒𝑝𝑜𝑢𝑠𝑎𝑛𝑑𝑜, 𝑚𝑎𝑖𝑠 𝑡𝑎𝑟𝑑𝑒, 𝑛𝑜 𝑗𝑎𝑛𝑡𝑎𝑟 𝑡𝑒𝑟𝑒𝑖 𝑢𝑚𝑎 𝑠𝑢𝑟𝑝𝑟𝑒𝑠𝑎 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑣𝑜𝑐𝑒̂"

Ela guardou o celular e continuou dirigindo pela estrada, quando estava no farol, ficou alguns segundos pensativa, ela não poderia ir para casa, ela iria tentar resolver aquela situação conversando com uma pessoa que poderia lhe entregar o bebê.

Chegando no condomínio ela diz ao segurança em que casa iria e ele permitiu acesso a ela, acelerando novamente estacionou em frente a uma das primeiras casas e retirou o cinto, porém continuou parada apenas encarando a entrada principal da casa dos pais de Graça.

Saindo de seu carro, ela suspirou pesadamente e se aproximou da poeta, tocou a campainha e aguardou por alguns minutos a resposta do dono da casa.

A porta é aberta e Tadeu se surpreende ao ve-la.

- Irene... É um prazer receber... Por favor, entra. Ele deixou-a passar. - O que te trouxe aqui? O Danielzinho não tá e a Graça também não.

- Eu sei, eu os vi na loja dela, mas eu queria conversar com você mesmo, Tadeu, podemos ir no seu escritório? Será mais reservado e eu não quero que ninguém nos ouça, por enquanto.

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