"𝑀𝑖𝑛ℎ𝑎𝑠 𝑡𝑒𝑟𝑟𝑎𝑠"

323 40 17
                                    

Naquela madrugada, Irene acordou sentindo um desconforto em sua cabeça, se sentando na cama, a morena passou a mão sobre o rosto sentindo o mesmo quente e a cabeça latejar em algumas áreas.

Um suspiro pesado sai de seus lábios, ela descobre o corpo, e se levanta devagar, dando alguns passos pelo cômodo, se aproxima das portas do banheiro se apoiando sobre as madeiras fechadas.

A intensidade da dor, parecia maior do que quando foi dormir, que era apenas leve, mas agora estava mais perto da parte da frente de sua testa.

Passou a mão sobre o rosto e empurrou as portas com as mãos, se aproximando da pia, jogou um pouco de água em sua própria face e observou seu reflexo.

Passando alguns segundos, Antônio se remexeu sobre a cama, ao passar a mão sobre o lençol o sentiu gelado e não havia nenhum corpo ali o que o faz abrir os olhos.

Olhando ao redor sonolento, ele ligou o abajur para enxergar melhor o próprio quarto, porém não encontra a esposa no cômodo e nota que as portas do banheiro estavam abertas.

Se levanta lentamente do colchão e passa a mão sobre o rosto, caminhando de forma leve e sonolenta pelo quarto até chegar as portas do banheiro, onde vê a esposa de cabeça baixa, com os lábios entreabertos e a respiração ofegante.

- Que aconteceu? Questiona sussurrando ao olha-la.

A morena se assusta com a voz dele e ergue a cabeça rapidamente o olhando através do espelho.

- Dor de cabeça. Ela virou-se lentamente para olha-lo.

- De novo? Ele passou a mão sobre a barba enquanto a olhava. - Já é mais que uma vez essa semana.

- É só uma dor, vai passar, desculpe que te acordei.

- Vem deitar, descansar. Ele estende a mão para ela. - Cê tomou remédio?

- Antes de deitar. Ela pegou a mão dele a apertando contra a sua e sorriu fraco com a preocupação do marido.

Os dois seguiram de volta ao quarto, onde cada um se deitou em seu lado da cama, Antônio após apagar a luz do abajur, deitou-se de frente para ela, já Irene, permaneceu de barriga para cima por alguns minutos de olhos fechados.

A madrugada se acabou trazendo o sol raiando novamente, a senhora La Selva é a primeira a se levantar da cama, lentamente, colocou os pés no chão e suspirou seguindo em passos lentos até o banheiro.

A mesa de café da manhã estava posta, e Petra já estava lá a espera dos pais.

Segundos depois da herdeira dos La Selva se servir de uma xícara de café, Antônio e Irene desceram juntos e se sentaram em seu lugar.

- Olha só quem tá aqui, bom dia minha filha. O homem sorriu.

- É mesmo, bom dia meu amor. Ela sorriu.

- Bom dia pra vocês dois, eu tô empolgada e vou trabalhar com o meu pai. Ela sorriu os olhando.

- Que bom, então vamos juntos hoje! Ele sorriu a olhando.

Algumas outras conversas paralelas seguiram entre eles, deixando o ambiente leve e um clima tranquilos, Petra e o pai saíram juntos após o café da manhã e foram em direção a administração da fazenda.

Se vendo sozinha na sala, Irene suspirou e se levantou do sofá, seguindo em passos lentos pelas escadas, subiu até o andar de cima e cruzou rapidamente o corredor de aproximando das portas de Danielzinho.

Adentrando o quarto, percebeu que o mesmo estava vazio o que a faz suspirar frustrada por não ver o neto no berço, ela passou os dedos sobre a madeira das grades do berço e sorriu.

𝐷𝑒𝑠𝑡𝑖𝑛𝑜Onde histórias criam vida. Descubra agora